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A falência da elite perdulária

Nem festa luxuosa de casamento escapa mais da onda de protestos de uma sociedade cansada de tanto esbanjamento e futilidades. Ainda mais quando quem esbanja tem no bolso do povo a fonte da sua fortuna.Foi o que aconteceu no Copacabana Palace (Rio de Janeiro), onde se casaram filho e neta de empresários do transporte coletivo. A festa custou a bagatela de R$ 3 milhões para mil constrangidos convidados. Este não é um fato prosaico, não. Ao contrário, é emblemático. Isso mesmo, emblema de uma elite decadente, que ao tampar os ouvidos e fechar os olhos para a realidade que a cerca, acaba se dando mal, como de fato se deu nesse caso específico. Uma coisa é certa: o casamento de Beatriz Barata, neta do “rei dos ônibus” do rio e Francisco Feitosa Júnior, filho de Francisco Feitosa, grande empresário do setor de transportes do Ceará será sempre lembrado quando alguém desse meio decidir ostentar. É assunto para os sociólogos se debruçarem sobre ele, mas no meu modesto exercíci

O rico vai pra pública e o pobre, pra privada

Essa é uma discussão que os intelectuais e acadêmicos em geral se recusam a fazer. Ou simplesmente passam ao largo. Refiro-me ao paradoxo do ensino superior, onde o rico tem mais condições de passar no vestibular da universidade pública e ali estuda de graça, principalmente nos cursos mais concorridos, como medicina. O estudante menos aquinhoado, que precisa ralar o dia todo e não tem tempo e nem dinheiro para frequentar bons cursinhos, acaba tendo que entrar numa escola privada, onde a concorrência pelas vagas é menor mas, passando, terá que desembolsar uma boa grana para levar o curso adiante. A discussão sobre a elevação de mais dois anos para o curso de Medicina enseja um pouco este debate. É muito interessante a análise feita pelo jornalista Elio Gaspari (Folha de São Paulo e O Globo): “Imagine-se dois estudantes. Aloizio é filho de um banqueiro, estudou em bons colégios e entrou para uma das melhores faculdades de medicina. Como são todas públicas, fará o curso s

Não deixem o "Zé Baêta" fora dessa

A Câmara aprovou e o prefeito Pupin vai privatizar o Parque do Japão. A obra, que custou uma nota preta aos cofres municipais, foi um delírio do ex-prefeito Silvio Barros II que, praticamente, ignorou a importância da Acema na preservação da cultura japonesa em nossa cidade. O fato concreto é que a obra está pronta e não pode continuar subutilizada. Mas é de bom alvitre que a dita sociedade organizada, SER e Observatório Social à frente, não deixe de passar o edital de concorrência sob seus filtros de moralidade. Até como forma de evitar que haja uma ampliação dos prejuízos e também de garantir que o povo tenha facilitado o seu acesso àquele espaço público, que tão caro lhe custou. Nada contra a colônia japonesa, de inegável importância no processo de desenvolvimento de Maringá. O problema é que o projeto megalomaníaco ensejou a necessidade também, de se fazer aqui, pelo menos, um Parque da Itália, um da Alemanha e outro de Portugal. Imagine só, o município faz uma

Requião relaciona espionagem americana ao governo FHC

O Portal Carta Maior e a revista Carta Capital trazem uma bomba em sua última edição: o governo FHC  teria tudo  a ver com a espionagem americana no Brasil. E com base nas informações publicadas, o senador Roberto Requião (PMDB-PR) fez hoje  um pronunciamento que chamou a atenção da Comissão de Relações Exteriores do Senado, na presença do ministro Patriota. Com base em informações do sítio e da revista impressa, o senador paranaense  fez um relato que deixou muita gente no Congresso Nacional de cabelo em é. Ouçam:

Até profissional liberal faz greve. E porque não?

Segundo release do Sindicato dos Servidores Municipais 90% dos engenheiros, arquitetos e agrimensores da Prefeitura de Maringá aderem à paralisação, num dia de protesto que vai até 17hs. O protesto é contra o descaso do prefeito Pupin para com a categoria que assim, intensifica a luta pelo pagamento da gratificação por responsabilidade técnica, que já é concedida a procuradores e contadores do município. O Sismmar lembra que “recentemente, a Câmara Municipal estendeu o benefício também a arquitetos, engenheiros e agrimensores, mas o prefeito Carlos Roberto Pupin (PP) vetou o projeto de lei aprovado pelos vereadores”.

A indignação do professor

Compreendo a indignação do professor Gilberto Pavanelli, ex-reitor da UEM, após assistir em telejornal da RPC a uma uma reportagem sobre centenas de livros jogados no lixo em Bela Vista do Paraíso, sua cidade natal. É mesmo caso de polícia e motivo para muita indignação, mesmo daqueles que não têm nenhuma vinculação com a cidade. Teria sido muito bom se o professor Pavanelli, com todo o seu prestígio e peso político, tivesse se indignado com o descarte que fizeram tempos atrás do acervo da Biblioteca Municipal de Maringá.

De fato, a mudança continua...

Soa estranho ouvir o ex-prefeito Silvio Barros II discorrer sobre sustentabilidade, falar, por exemplo, em meio ambiente e sensibilidade social. Para quem acha que estou de birra, que pesquise os fundos de vale da cidade para ver em que estado se encontram; faça um levantamento do número de árvores sãs que acabaram cortadas e o número de árvores doentes que ainda estão por ser substituídas. Será que a cidade já esqueceu o escandaloso caso da canafístula? No que diz respeito à questão social, que atentem para o descaso dos seus 8 anos de gestão para com as cooperativas de reciclagem e os catadores. Como se pode ver pelos primeiros seis meses da administração que Roberto Pupin compartilha com Ricardo Barros, a mudança realmente continua. Mas claro, trata-se de uma mudança à Lampeduza:”Tudo deve mudar para que tudo fique como está”.

O drama nosso de cada dia

Não há médico suficiente para um atendimento pelo menos razoável em algumas especialidades. Na ortopedia, onde a demanda é enorme,a situação é de caos. Pior só a neurologia, onde o risco de morte é iminente em muitos casos. Mesmo naqueles mais graves, onde os pacientes se veêm em situação quase irreversível, a urgência esbarra nas extensas listas de espera da central de leitos, que vive tropeçando na ineficiência de um sistema criminosamente relapso. Não estou aqui para falar de dramas pessoais, porque essa não é uma postura ética recomendável a um jornalista que tem um mínimo de consciência do seu papel social. Mas nos últimos dias, tenho me deparado com alguns dramas familiares, que deixam de ser pessoais na medida em que constato, in loco, a barra que é precisar de uma cirurgia urgente, de alta complexidade. Agora mesmo estou às voltas com um cunhado que sofre com um coágulo no cérebro,mas apesar da família ter procurado o Ministério Público na sexta-feira, ele conti

Chagas, vitima da canalhice

Todo mundo sabe que o jornalista Carlos Chagas, um dos mais respeitados analistas políticos do país, foi porta voz do presidente Costa e Silva. Isso, no entanto, jamais representou qualquer mancha na biografia desse grande profissional, que tive o prazer de conhecer pessoalmente quando fiz o estágio universitário na Câmara Federal, representando a UEM, por indicação do deputado   Walber Guimarães e a aquiescência do então reitor Rodolfo Purpur (+). Falo de Chagas porque ele vem sendo vítimas de uma canalhice . Um radialista de Brasília   leu no seu programa   texto do jornalista, mas acrescentando um parágrafo que Chagas jamais escreveria. Veja:   “Nenhum deles mandou fazer um filme pseudo-biográfico, pago com dinheiro público, de auto-exaltação e culto da própria personalidade. Nenhum deles usou dinheiro público para fazer parque homenageando a própria mãe. Nenhum deles usou o Hospital Sírio Libanês. Nenhum deles comprou avião de luxo no Exterior. Nenhum deles enviou nosso dinh

Leitura atualizada dos protestos

“A periferia não está presente nas manifestações”. Essa frase do presidente do Ipea Marcelo Neri dá o que pensar. Não resta dúvida que na medida em que os dias vão passando e as ruas se esvaziando, necessário se faz que os cientistas sociais procurem definir com mais clareza o verdadeiro perfil desse agitado mês de junho. Ninguém em sã consciência pode negar à classe média o direito de brigar por um Brasil melhor e menos injusto. Mas não ignoremos a lenha que a Casa- Grande colocou nesta fogueira. Um amigo advogado me chama a atenção para o fato de não ter observado nas manifestações, a presença de pobres e muito menos de negros. “Tem muita gente bem nascida nesse meio que gritam a todo pulmão que o gigante acordou”, observa, indagando sobre: “ que bandeiras foram agitadas nas ruas?”. Não nos esqueçamos dos quebra-quebra, dos roubos de joalheria, da violência que acabou dando a muitos policiais o pretexto que eles queriam para ripar o pau na massa enfurecida. A bandeira

O problema do HU é um só: excesso de demanda

Aproveitando o gancho da crítica de leitor à saúde pública em Maringá, quero falar um pouco do HU. Há muito defendo que a UEM deveria fazer um debate amplo por meio da Amusep sobre esse negócio dos prefeitos das cidades do entorno comprar ambulâncias para transportar doentes para Maringá ao invés de construir hospitais. A demanda no Hospital Universitário é simplesmente absurda. Meu genro está lá, num corredor, esperando há uma semana por cirurgia no braço direito. Vou diariamente visitá-lo e fico horrorizado com a situação. Mas que não se culpe o HU por isso. Faço questão de registrar a maneira respeitosa como o corpo clínico trata os pacientes. Meu genro recebeu sexta-feira a informação de que deverá ser operado amanhã no Hospital Metropolitano de Sarandi. Resignado, anoitece e amanhece no corredor, deitado num leito improvisado. Desconforto total, mas nenhuma reclamação por parte dele, que diz estar sendo bem tratado, dentro das condições que a estrutura do hospital permite. Vend

R$ 6 bi a menos no C.U.

O Conselho Nacional de Justiça manteve liminar concedida à OAB/Pr que impede a transferência para o tal Caixa  Único do  governo Beto Richa dos R$ 6 bilhões dos depósitos judiciais que estão sob a guarda do Tribunal de Justiça do Paraná (TJPR). É menos dinheiro da C.U. para o governador trabalhar pensando na reeleição.

A linha tênue que separa a crítica do ataque às instituições

Que não se acuse a presidente Dilma Rousseff de estar de braços cruzados diante das mobilizações populares que tomam conta das ruas em todo o país. Depois de se reunir com governadores e prefeitos de capitais e propor soluções que ainda estão pra ser digeridas pela sociedade, hoje ela se encontra com os presidentes da OAB, do Senado e do Supremo Tribunal Federal. Vai conversar com os três, principalmente sobre o plebiscito da reforma política e tentar, a partir dessa reunião, definir os caminhos a serem seguidos a partir de agora. Dilma é culpada pela crise e pela explosão de insatisfação coletiva? Claro que tem sua parcela, como chefe suprema da nação. Mas as mazelas todas vêm de longe, passaram por vários governos. Cada presidente deixa para o sucessor a sua cota de demandas reprimidas. Por isso é que acho injusta a maneira como certos segmentos do reacionarismo nacional vem tratando a questão. Não se faz críticas ao governo, ridiculariza-se a presidente, chegando-se invaria

Haja interrogação

Na medida em que as ruas vão se esvaziando e os manifestantes se dispersando, fica na cabeça da gente uma grande interrogação: que movimento de massa é esse? Sem lideranças e sem um foco definido, o que se esconde por trás de palavras de ordem como “a democracia não precisa de partidos”? A destruição de bandeiras partidárias e os ataques a representantes de partidos de esquerda que sempre estiveram na linha de frente   das mobilizações populares, dão o que pensar. O jornalista e estudante de Filosofia da USP, Artur Scavone lembra, a propósito,   que “a explosão   das massas enraivecidas com suas mazelas pode conduzir a muitas coisas, progressistas ou fascistas”. Realmente, movimento de massas sem pauta de reivindicações não deixa espaço para o diálogo e nem canaliza forças para um horizonte transformador. Tudo bem, as manifestação vem chamando a atenção do poder político, fazendo com que as lideranças se espertem e comecem a tomar medidas emergenciais para resolver um monte d
. Do facebook

A voz rouca do pato...

Naquela mesa está faltando ele...

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