Pular para o conteúdo principal

Postagens

O PT e o pecado do pregador

O PT surgiu , e surfou  durante muito tempo, numa  onda que quebrava na praia , batizada pelos surfistas  da política de “moralidade pública”. O Lula das greves do ABC criou o partido com o assessoramento qualificado de figuras exponenciais da  esquerda e da democracia cristã, casos de Francisco Wefort, Marilena Chauí , Plínio de Arruda Sampaio, Helio Bicudo  e um pouco mais adiante, o sociólogo Florestan Fernandes, o mais notável dos marxistas brasileiros. Sobre Florestan, que tive a honra de entrevistar para a revista POIS É quando ele esteve em Maringá para uma aula inaugural na UEM, há fato interessante a registrar no que diz respeito ao seu ingresso na política partidária. Isso me foi contado por ele próprio, quando  perguntei : “O que explica um intelectual de esquerda, marxista de quatro costados  ingressar num partido político , disputar uma eleição e praticamente, sem fazer campanha, se eleger deputado constituinte?”. A explicação estava toda na importância que Florestan

Os nós táticos de Randolfe e Lindberg em Janaína e Reale

O jovem senador Randolfe Rodrigues preparou uma pegadinha para a advogada Janaína Paschoal e ela caiu como uma pata, daquelas amarelas que desfilam sempre defronte a frente a Fiesp. Randolf indagou se podiam mesmo ser considerados crimes os decretos suplementares relatados na denúncia. Sem pestanejar, a histriônica jurista foi categórica na afirmação de que a presidente Dilma Roussef cometeu crime sim ao assinar tais decretos. Foi aí que o senador contra-atacou deixando Janaína  constrangida : “Esses decretos foram assinados pelo vice-presidente, Michel Temer”. Diante do inesperado, a advogada, que voltou a dar o mesmo espetáculo que deu na Câmara, quando parecia estar exorcizando demônios , ficou sem argumento para sustentar a tese de crime de responsabilidade. Mas , claro, isso não muda a situação, porque a oposição, PSDB e DEM à frente, querem é impichar tenha ou não havido crime. Para eles, vale o conjunto da obra, embora até o Baianinho Engraxate saiba que o conjunto da obra

O Senado e a dimensão burlesca do golpe

O pedido de impeachment é um lixo que carece de fundamento jurídico. É um ventilador de besteiras nas bocas de personagens dantescos. Jeferson Miola (Carta Maior) O pedido de   impeachment   defendido no Senado ontem, 28 de abril, pelos advogados do PSDB Miguel Reale Jr. e Janaína Paschoal, não seria sequer aceito para discussão em qualquer Parlamento digno e sério do mundo moderno.   Além disso, está por ser inventada uma republiqueta na face da Terra capaz de aceitar como válida para a deposição de uma Presidente eleita por 54.501.118 votos uma denúncia tão desqualificada apresentada daquela maneira tresloucada.   O pedido de   impeachment   é um lixo que carece de fundamento jurídico e de razoabilidade intelectual. É um ventilador de besteiras nas bocas de personagens dantescos.   É impossível conter o sentimento de vergonha alheia causado por Miguel Reale e Janaína Paschoal: são seres burlescos que causam vergonha nos demais seres humanos que pertencem à espé

Vergonha, vergonha!

Blog do Angelo Rigon “Recentemente a prefeita de Campo Mourão, Regina Dubay (PR), ganhou o noticiário nacional ao substituir os cargos comissionados de sua administração por parentes deles. Eram cinco, que se desincompatibilizaram para disputar a eleição deste ano, mas, diante da péssima repercussão da notícia, três deles foram exonerados. Pois não é que o prefeito Carlos Roberto Pupin (PP) fez a mesma coisa em Maringá? Dos vários cargos comissionados que deixaram a administração no final de março, prazo fatal para a desincompatibilização, pelo menos três tiveram parentes nomeados na sequência. Sergio Marcos Bueno, pastor da Igreja Universal do Reino de Deus, que veio de São José dos Pinhais no ano passado, pré-candidato pelo PRB, foi substituído pelo próprio filho, William Marcos Scheffer Bueno. O filho vai ganhar o mesmo que o pai: R$ 7.140,83. Bueno estaria em disfunção; nomeado no Gabinete do Prefeito, dava expediente no CSU Deputado Rivadávia Vargas. Outro caso é o d

O impeachment aos olhos do mundo

Show de hipocrisia

por Conceição Lemes A hipocrisia despudorada da deputada federal Raquel Muniz (PSD-MG), na sessão da Câmara de 17 de abril de 2016, jamais será esquecida. Ao proferir o 303º voto a favor da abertura do impeachment contra a presidenta Dilma Rousseff, a saltitante parlamentar afirmou: “Meu voto é em homenagem às vítimas da BR-251. É para dizer que o Brasil tem jeito,  e o prefeito de Montes Claros mostra isso para todos nós com sua gestão . O meu voto é por Tiago, David, Gabriel, Mateus, minha neta Júlia, minha mãe Elza. Meu voto é pelo Norte de Minas, é por Montes Claros, é por Minas Gerais, meu voto é pelo Brasil. Sim, sim, sim, sim, sim, sim…”

Imperdível

A mídia internacional fala em golpe,que só não existe para a grande imprensa brasileira

Olha quem vai pagar o pato?

por Francisco Luís, especial para o Viomundo Os empresários que financiaram o impeachment, bancando inclusive os jatinhos para deputados votarem nesse domingo, já começam a cobrar a fatura de um possível governo Temer. Segundo o jornal  Folha de S. Paulo,  pretende-se acabar com a obrigatoriedade de gastos fixos na Educação e Saúde (diminuindo os recursos para essas áreas), fazer a reforma da previdência e das leis trabalhistas, e talvez recriar a CPMF. No jornal impresso, o título da matéria é “Empresariado pede reformas impopulares em seis meses”, mas agora, na versão  online , foi alterado para  “Reformas impopulares são sonho de empresários no governo Temer”. A sinalização é clara. Eles elegeram os trabalhadores para pagar o pato da crise e a fatura chegará nos próximos meses. Muitos que festejaram o impeachment, logo, logo  sentirão o amargo gosto de seu ódio. Ódio pode destruir muito coisa, mas jamais ajudará a construir algo de bom. Os que foram às ruas defender

Detalhe prosáico, mas nem tanto

A imprensa não comentou e nenhum cientista social gastou minutos do seu tempo para analisar a questão. Passou batida, talvez por ser mesmo um detalhe prosaico, a separação que Eduardo Cunha fez no Plenário da Câmara para evitar o contato físico mais direto entre  os parlamentares manifestamente contra e os manifestamente a favor do impeachment. Os da oposição ficaram à direita da mesa diretora e os da situação, em sua maioria vinculados a partidos vermelhos (ou rosa - choque) à esquerda.  Teria sito proposital ou foi uma separação aleatória? Em se tratando de Cunha, ardiloso que só o cramulhão , é difícil imaginar que não tenha sido de caso pensado. Bem, os termos direita, para quem está do lado do rei (no nosso caso aqui, o rei mercado) e e esquerda (teoricamente os que se colocam do lado do povo)  podem ser sintetizados a partir de explicações, como esta do O filósofo inglês Roger Scruton, em sua obra “Os Pensadores da Nova Esquerda”: “ O uso moderno do termo 'esquerda

Deputado pernambucano detona Cunha e Temer, para ele, dois canalhas

Vale a pena ouvir

O republicanismo suicita do PT

Paulo Nogueira, no Diário do Centro do Mundo Imagine um jogo de futebol em que um time compre o juiz e entre com 13 jogadores. Você sabe disso. E mesmo assim entra em campo com 11 jogadores e finge não notar a roubalheira do árbitro. Este é, em suma, o republicanismo à PT. O melhor adjetivo para qualificá-lo, como se vê hoje, é suicida. Republicanismo suicida. Na política, sobretudo num país dominado por uma plutocracia corrupta e predadora, você tem que jogar o jogo de acordo com o adversário, e não com princípios românticos que podem ser facilmente destruídos por gente interessada em manter a sociedade num estágio de desigualdade primitiva. Nas circunstâncias brasileiras, republicanismo é uma palavra que a direita usa para minar os outros – sem que jamais pratique. O republicanismo conservador é FHC nomeando Gilmar Mendes para o STF ou Mário Covas colocando seu chapa Robson Marinho no Tribunal de Contas do Estado. Roosevelt, nos Estados Unidos, só conseguiu impla

"Um bando de ladrões querem atentar a uma presidenta honesta" Ciro Gomes

Sinal de alerta

"O clima de punição a todo custo em voga no Brasil tem levado instituições e opinião pública a naturalizarem ilegalidades. Com a democracia em jogo, o movimento que o País vive hoje é temeroso e lembra o cenário de países que foram palcos de  golpes de Estado recentemente na América Latina . O diagnóstico é feito pelo magistrado Roberto Caldas, presidente da Corte Interamericana de Direitos Humanos (CIDH), órgão judicial ligado à Organização dos Estados Americanos (OEA). Caldas, ex-membro da Comissão Nacional para Erradicação do Trabalho Escravo e à frente da Corte desde o início do ano, alerta para características de um curso similar aos casos da Venezuela em 2002, quando da tentativa de golpe contra o presidente Hugo Chávez, de  Honduras  em 2009, quando Manuel Zelaya foi retirado de casa ainda de pijamas e enviado em um avião para a Costa Rica, e do  Paraguai  em 2012, quando o Congresso votou em menos de 48h pelo impeachment de Fernando Lugo".      .  Carta Capital

Um golpe na agenda social do país

Faz parte do pacote , embalado pelo projeto “Ponte para o futuro”, do PMDB de Michel Temer: desvinculação de 25% de receitas dos estados, municípios e do Distrito Federal dos recursos de áreas vitais como saúde, educação e tecnologia. A PEC 143/2015 foi aprovada na surdina pelo Senado. Digo na surdina porque não mereceu uma linha nos grandes jornais e nem qualquer menção nos telejornais das grandes redes de televisão, que só tem olhos para o impeachment. Adverte o senador Requião que isso é apenas uma mostra do que virá por aí, caso Michel Temer vire presidente da república, com Eduardo Cunha na vice. Veja o discurso feito no senado sobre o assunto pelo senador paranaense Roberto Requião que, gostem ou não, ainda é um dos poucos que levantam no parlamento brasileiro a bandeira da justiça social.            

Acreditem, mas aplaudiram o assassinato dos sem terra na ALEP

Na sessão de sexta-feira na Assembleia Legislativa do Estado, muita gente que ocupava as galerias, aplaudiu a morte dos sem-terra na Fazenda Araupel. A PM se disse surpreendida por uma tocaia, mas o senador Requião denuncia que um dos trabalhadores mortos levou um tiro nas costas. Como pode alguém que está de tocaia ser alvejado nas costas? O aplauso pelo assassinato de dois seres humanos  seria caso de prisão em qualquer país democrático  do mundo, por incitação à violência. Ainda mais que está provado que as terras da Araupel são devolutas. Já há decisão judicial determinando que tal propriedade pertence à União. Portanto, os invasores da fazenda não são exatamente os trabalhadores sem-terra.

Carta Aberta à Comunidade Acadêmica Internacional

"Nós, pesquisadores e professores universitários brasileiros, dirigimo-nos à comunidade acadêmica internacional para denunciar um grave processo de ruptura da legalidade atualmente em curso no Brasil. Depois de um longo histórico de golpes e de uma violenta ditadura militar, o país tem vivido, até hoje, seu mais longo período de estabilidade democrática – sob a égide da Constituição de 1988, que consagrou um extenso rol de direitos individuais e sociais. Apesar de importantes avanços sociais nos últimos anos, o Brasil permanece um país profundamente desigual, com um sistema político marcado por um elevado nível de clientelismo e de corrupção. A influência de grandes empresas nas eleições, por meio do financiamento privado de campanhas, provocou sucessivos escândalos de corrupção que vêm atingindo toda a classe política. O combate à corrupção tornou-se um clamor nacional. Órgãos de controle do Estado têm respondido a esta exigência e, nos últimos anos, as ações anticorrupçã