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As ambivalências de um sistema que ora é Deus, ora Diabo

                                                                                                           J. Carlos de Assis* Existe uma teosofia segundo a qual Deus e o Diabo são a mesma pessoa, com aspectos diferentes. Isso de certa forma se concilia com o zoroastrismo e com a teologia cristã que faz Deus criador de todas as coisas, e necessariamente de Satanás. Foi a infinita ambição de Satanás, querendo se igualar a Deus, que o levou ao desastre. Do contrário, se ele não fosse tão ambicioso, a hierarquia do céu seria eternamente preservada, com a contrapartida de que todos morreríamos de um tédio cósmico inapelável. Essas divagações servem para avaliarmos as ambivalências da Laja Jato, segundo um roteiro que me foi inspirado pelo senador dissidente do PMDB, Roberto Requião – do qual, para minha honra, sou assessor. Requião, pela manhã, aplaude Moro, o juiz Torquemada da Lava Jato. À tarde ele está enfurecido com ele, por suas violações do Direito. À noite, revira na c

Apesar de tudo, viva o Brasil!!!

Ele morreu ontem de morte natural, após viver 365 dias tirando nosso sono, prendendo nossa respiração, nos dando calafrios e nos impondo coisas que se tivéssemos força pra reagir, repeliríamos. Não digo que se foi tarde, porque o conceito de tarde nos parece perverso, fruto de insensibilidade e de incompreensão total do momento histórico. Mas se foi . E se quer saber, estou meio aliviado porque se foi. O sucessor  chegou chegando, com palavras nada alentadoras mas trazendo na mala bastante esperança. Chegou dando ordens e recomendando: mexa-se, coloque seu tijolo na construção que se inicia , senão o edifício não se sustenta quando chegar na última laje. De pronto , dei razão ao seu espasmos de arrogância, porque de olhos abertos e antenas ligadas sempre, sei que não falou besteira, apesar do tom ameaçador. Tá certo, vou ser compreensivo com 2016 e dizer: vá com Deus, meu velho. Descanse em paz. Afinal, nos proporcionou dias amargos, momentos de decepção, mas foi-se, de

Vale a pena ver esta entrevista

Uma reflexão importante e necessária

Combater a corrupção é fundamental, embora em outros tempos essa era uma disposição que não existia, nem por parte da Justiça e nem do Ministério Público. O experiente jornalista Mauro Santayana analisa o outro lado da moeda da operação lava-jato. É o lado do desmonte de grandes empresas brasileiras da área da construção civil, que sucumbem ante a transformação de doações de campanha e caixa 2 em propina, sem levar em conta que o problema não está na empresa A ou B, no político B ou C, mas em todo um sistema corrompido, este sim, a ser alterado com a máxima urgência. O combate a corrupção, da forma seletiva e de potencialização do ódio como fazem os procuradores e o juiz Moro, já provocou , segundo Santayana, “um prejuízo ao país de R$ 140 bilhões, demissão de milhares de trabalhadores, interrupção de dezenas de projetos na área de energia, indústria naval, infra-estrutura e defesa, quebra de milhares de acionistas, investidores e fornecedores”. Não se trata de aliviar a barra do

Eis uma prova de que o governo Temer está entregando nossas reservas estratégicas a preço de banana

          por Conceição Lemes (Blog Viomundo) Na última quarta-feira (21/12), a Petrobras fechou um acordo com a petroleira francesa Total estimado em US$ 2,2 bilhões. Ele prevê a cessão à Total dos direitos de exploração destas áreas do pré-sal: 22,5% do campo de Yara e 35% do campo de Lapa, que começou a operar no dia anterior na Bacia de Santos. O acordo envolve ainda compartilhamento de terminal de regaseificação e transferência de fatias em térmicas, entre outros negócios. Para a imprensa francesa, a Total fez um bom negócio com a Petrobras. O   Les Echoes   ( tradicional diário francês de economia ) destaca ( o negrito é nosso ): Esses campos “guardam   reservas gigantescas de petróleo e o valor pago foi interessante . (…)   as reservas do grupo francês serão acrescidas de 1 bilhão de barris, a um custo estimado entre US$ 1,75 e US$ 2,4 o barril.   Nas reservas adquiridas anteriormente pela companhia, o preço do barril custou US$ 2,55 . A   Radio France Internat

Um pequeno chega pra lá no grande escárnio

OPOSIÇÃO FRUSTRA PLANO DE DOAÇÃO DE R$ 100 BILHÕES COM DINHEIRO PÚBLICO ÀS TELES O plano do governo era aprovar a toque de caixa, enfiando goela abaixo do Senado o Projeto de Lei Complementar, já aprovado pela Câmara, que altera Lei Geral de Telecomunicações . Na pratica significa a doação da frequência e bandas para as teles que, somada ao perdão de multas alcança a soma de R$ 100 bilhões. Ou seja, o governo Temer daria essa fábula de presente de Natal às teles, inclusive à  falida OI. Mas aí a oposição, puxada pelo senador paranaense Roberto Requião botou a boca no trombone e foi ao STF. A ministra Carmén Lúcia acatou mandado de segurança e deu 10 dias para que o presidente do Senado Renan Calheiros se explicasse. Fazia parte da estratégia não submeter o assunto ao plenário, que é exatamente o que pedia Requião desde o início. Por tratar-se de assunto explosivo (nitroglicerina pura) o Palácio do Planalto acertou com o ímprobo Renan para tratorar o Senado da República . C

Cadeia só para os corruptos que não têm nossa simpatia, ora pois…

Continuam poluindo as redes sociais , especialmente o facebook, manifestações de ódio contra o PT , e especialmente contra Lula. Na verdade, também acho que Lula deve ser punido, caso haja provas das denúncias que fazem contra ele. Ninguém pode estar acima da lei, nem mesmo que tem o dever de aplicá-la e às vezes extrapolam no direito (e dever) que tem de investigar, sentenciar, punir e absolver. Também não  podem estar acima da lei aqueles que participaram e participam ainda de esquemas escabrosos de corrupção e estão sempre livres, recebendo a todo momento, salvo conduto, da mídia e dos indignados do face. A sujeira do passado não pode continuar sendo varrida para debaixo do tapete e os enlameados de ontem , menos ainda, podem ser apresentados como limpinhos de hoje. Pombas, o escândalo Banestado foi há pouco mais de uma década, a privataria tucana, que saqueou o país de uma maneira absurda parece que foi ontem e já caiu no esquecimento. As delações envolvendo políticos que s

Filho de Jango explica porque o presidente não resistiu ao golpe de 64

Entidades deverão ir à justiça contra “Plano Ricardo Barros”

                                             . Da Rede Brasil Atual Entidades prometem mover ações judiciais contra o governo de Michel Temer caso ele autorize a venda dos planos, que terão menor preço, mas com restrições de serviços e atendimentos Gestores e especialistas em saúde não acreditam no sucesso do chamado Plano de Saúde Popular que está em estudo pelo governo Temer. O Instituto de Defesa do Consumidor (Idec) e a Associação Brasileira de Saúde Coletiva (Abrasco) prometem mover ações judiciais contra o governo de Michel Temer caso ele autorize a venda dos planos. Segundo o Idec, o Plano de Saúde Popular tornaria pior a cobertura mínima atual exigida pela Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS). "O valor de um plano de saúde de 80 reais sequer a consulta médica deve ser paga. Então, ele vai ser afetado certamente no volume de consultas, no tempo de espera para uma consulta, para um exame ou cirurgia, inclusive, emergencial", afirma a coordenadora do

Governo Temer quer reduzir trabalhador a extrato de pó de bosta

O governo Temer está anunciando a oficialização, que deve se dar por Medida Provisória, de uma tal “jornada de trabalho flexível”. O argumento é o do estímulo à economia, por meio de facilidades para a contratação de mão de obra, sobretudo nos setores de comércio e serviços. Seria, na prática, a contratação por hora trabalhada, com jornada móvel, a ser determinada ao bel prazer do empregador. Ou seja, o empregado fica como um joguete, à disposição para trabalhar nos horários que forem convenientes à empresa e não a quem labora. Ou seja, não haverá equilíbrio nas relações de trabalho. Seria uma versão moderna da escravidão. Além disso, o governo deve aproveitar a mesma MP para aumentar o prazo do contrato temporário de trabalho, de 90 para 190 dias com prorrogação de mais 45 dias. Eis aí outra grande sacanagem, porque o argumento de aumentar o nível de empregabilidade é furado, como já está mais do que provado . Iniciativas de flexibilização de jornada de trabalho nunca result

FHC renega, mas o PSDB coça o coldre

O ministro Gilmar Mendes, presidente do TSE já anunciou que deve colocar em pauta para julgamento na corte o pedido do PSDB de cassação da chapa Dilma-Temer lá para fevereiro. No momento os tucanos fingem ajudar a salvar o presidente impostor, mas não deixam de estar de olho na hipótese de uma eleição indireta para o mandato tampão que vai até 31 de dezembro de 2018. O nome dos tucanos é Fernando Henrique, que não se cansa de dizer publicamente que não quer. Quem desdenha quer comprar, já dizia minha avó paterna, dindinha Joana. Mas a sabedoria popular é mais profunda: "quem renega satanás reconhece a sua existência" .

É uma feijoada ou é um porco?

    . Do  Blog do Mello Temer e o ex-deputado Eduardo Cunha teriam se encontrado com o presidente da Odebrecht Engenharia, do grupo Odebrecht, em 2010 para acertarem a entrega de propina para o PMDB em troca de vantagens para a Odebrecht. Naquela época, foi assinado um contrato de 1 bilhão de reais com a empresa. Coincidência? Curiosamente, uma das perguntas que o ex-deputado Eduardo Cunha fez para serem endereçadas ao atual presidente Temer, e que seria utilizada por sua defesa, tratava do assunto, mas foi censurada pelo juiz Sérgio Moro. Coincidência? Pelo visto, basta seguir a trilha das perguntas censuradas por Sérgio Moro para descobrirmos o caminho das propinas a Temer. E são vinte e uma. Se isso não é uma feijoada, é um porco.

É duro dar razão a ele, mas nessa estou com Gilmar Mendes

O ministro Luiz Fux cancelou, por liminar monocrática, uma decisão da Câmara Federal e mandou que os deputados rediscutam e aprovem o projeto  anticorrupção tal qual foi enviado com dois milhões de assinaturas pelo  Ministério Público. Tudo bem que a Câmara Federal pisou na bola, mas cabe ao Senado corrigir os erros cometidos por deputados, alguns imaturos e outros mal intencionados.  Não é preciso ser jurista para saber que a decisão de Fux  desqualifica , não parlamentares desqualificados, mas a instituição. E, bem o mal, o Poder Legislativo  é  imprescindível na democracia.  A ingerência de um poder sobre outro  é ruim para o país. Não gosto do ministro Gilmar Mendes, sempre criticados pelos próprios colegas, mas nessa tirada irônica de  que “Fux deveria fechar o Congresso e entregar a chave à Lava-Jato”  ele tem razão.

Orgia dos poderes institucionais

                                 Por Jânio de Freitas (Folha de São Paulo) Aproveite: nenhum dos seus antepassados teve a oportunidade de testemunhar um nível de maluquice dos dirigentes nacionais como se vê agora. O passado produziu crises de todos os tipos. O presente, porém, não é, na sua originalidade, uma crise a mais. É um fenomenal desvario. Uma orgia dos poderes institucionais, tocada pela explosão de excitações da mediocridade e da leviandade brasilianas. O ministro Celso de Mello cobrava ontem, no Supremo Tribunal Federal, a nossa “reverência à lei fundamental”, à Constituição, e “aos Poderes da República”. Qual dos próprios Poderes faz tal reverência? Ilegalidades são neles aceitas, e aproveitadas, inclusive como normas. A exemplo do custo, em “benefícios”, de cada congressista, sem sequer a contrapartida de obrigações rígidas na função parlamentar; ou dos descaminhos processuais no Judiciário, nos quais o desprezo de prazos é sempre a negação da justiça m

A insensatez que aprofunda o caos

O PIB encolheu 4,4% em relação a 2015  neste ano  da turbulência política em que o Congresso Nacional cassou uma presidente eleita. Mas o presidente que assumiu, fruto de uma trama parlamentar arquitetada por ele próprio , que era o vice, não parece estar nem aí com os problemas sociais que sua política de ajuste fiscal provoca. No chamado mundo desenvolvido, Europa à frente, a preocupação do momento é com o crescimento da pobreza e a necessidade urgente de implementar políticas de incentivo aos investimentos produtivos como forma de conter o desemprego, ao mesmo tempo em que países como a Finlândia e a Inglaterra lançam mão de políticas compensatórias para minimizar os efeitos dramáticos da estagnação econômica. Aqui, andando na contramão da história, o governo TEMERário já cancelou 1,12 milhões de Bolsa Família  e igual cifra de benefícios da Previdência, entre auxílio doença e aposentadoria por invalidez. Isso sem levar em conta que o Bolsa Família auxilia na manutenção dos

O governo Temer derrete. Será que chega a 2018? Duvido

       . da coluna Painel (Folha de São Paulo) Recordar é viver  Já tem partido da base fazendo as contas de quando será o melhor momento para desembarcar da gestão Michel Temer. Até habitués do Planalto passaram a incluir em seus cálculos políticos o fator Odebrecht. Ninguém — nem mesmo aqueles ainda fiéis — aposta na melhora do ambiente depois dos tiros contra a cúpula palaciana. Aliados começam a reclamar do governo em escala semelhante às queixas que eram feitas à petista Dilma Rousseff no início da crise que a destituiu. Uma atrás da outra  O escândalo que afastou Geddel Vieira Lima do governo atiçou descontentes. A avaliação é que, conforme os detalhes da delação venham a público, o grupo a favor do presidente perca argumentos. Abraço de afogado  De todos os tucanos mais emplumados, Geraldo Alckmin é único cacique que vem mostrando maior resistência ao aprofundamento do matrimônio entre PSDB e PMDB. Vai que eu vou depois  O governador de SP ponderou em reunião recente q

Chemem o Geddel, chamem o Geddel!!!

A versatilidade é a mãe do progresso. Não poderia ser melhor, nosso ministro-chefe da Casa Civil é transversal. Vai de norte a sul em um único dia: é acusado de grilagem no Rio Grande do Sul e de crime ecológico e escravidão no Mato Grosso. Maluf está envergonhado, humilhado. Perde de longe! E xingavam o Geddel só por causa de um apartamentozinho de nada que colocaram no lugar errado. Chamem o Geddel de volta. É uma questão de justiça.   . Rogério Cerqueira Leite