Hegel, o grande filósofo alemão, observava que todos os fatos e personagens de grande importância na história do mundo ocorrem duas vezes, pelo menos. Mas foi Karl Marx, outro filósofo alemão, quem completou: “A história se repete, a primeira vez como tragédia e a segunda como farsa”. O momento politico brasileiro nos leva a refletir sobre isso, a partir da tragédia de 1961 quando, para impedir a posse de Jango, os militares impuseram o parlamentar ismo, fazendo do substituto natural de Jânio Quadros (que renunciara ao mandato) uma espécie de rainha da Inglaterra. A tragédia não se completou nesse primeiro momento, porque dois anos depois João Goulart conseguiu derrubar o sistema parlamentarista por meio de um plebiscito. Mas a tragédia acabou se consolidando em 1964 com o golpe que depôs o presidente e jogou o Brasil num longo período de trevas, que durou até o fim do governo Figueiredo em 1985. Pois não é que 54 anos depois surge a possibilidade do parlamentarismo ressur
MESSIAS MENDES - Informação e análise, com o máximo de isenção e imparcialidade. Meu compromisso? É nunca afrontar a realidade dos fatos.