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Analfabetismo funcional

Muita gente é tecnicamente alfabetizada, sabe ler e escrever. Boa parte tem   diploma de graduação e existem até aquelas pessoas que exercem profissões relevantes, em áreas técnicas, que exigem interpretações de números, de gráficos e de normas, inclusive da ABNT. Porém, podem perfeitamente ser incluídas no rol do analfabetismo funcional, cujos índices são preocupantes, pelo que mostram pesquisas   do IBGE, Pnad e Ipea. O conceito tradicional resume o analfabetismo funcional na “ incapacidade de compreender textos e operações matemáticas simples e de organizar as próprias ideias para se expressar”. Mas vai além, pegando, por exemplo, as pessoas que, em não conseguindo fazer razoavelmente uma leitura da realidade que a cercam, acabam facilmente cooptadas por ideias absurdas , comportamentos anti-republicanos e, invariavelmente anti éticos. Os resultados das eleições de 2018 são exemplos muito claros desse quadro alarmante. Essa tragédia nacional é explicitada principalmente nas r

O IBGE entra na tesoura do Guedes

O IBGE é um dos institutos de pesquisa de maior credibilidade no mundo. E tem uma importância gigantesca para o Brasil, pois na medida em que mapeia os diversos cenários que compõe a complexa sociedade brasileira, fornece bases sólidas de dados para que os setores público e privado possam elaborar seus projetos e, no caso do estado, lançar mão de políticas públicas indispensáveis ao desenvolvimento social do país. O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística tem hoje 584 agências de coleta de dados e postos de divulgação em 26 estados, mais o Distrito Federal. É uma engrenagem fantástica , capaz de fazer permanentemente com impressionante precisão, radiografias desse gigante chamado Brasil. Portanto, não dá para entender em hipótese nenhuma, o processo de desmontagem a que está sendo submetido. Inacreditável, mas o governo Bolsonaro está acabando com o IBGE. Acaba de cortar 87% dos R$ 250 milhões destinados às atividades desse ano, o que vai impactar de maneira dramática

Decreto presidencial põe crianças com o dedo no gatilho

Menores só precisarão de autorização do pai ou da mãe e, claro, dinheiro que o papai pode dar, para praticar em clubes de tiro. Armar e treinar pessoas com espírito armamentista e comichão para apertar o gatilho é tudo o que o presidente Bolsonaro sonhava. Agora, podendo materializar o sonho por meio de decreto, ele se realiza e realiza os adeptos da bala.

O problema não é a pesquisa, é a sua leitura

Manchete do jornal O Globo:”Seis em cada dez brasileiros concordam com a reforma da previdência, diz pesquisa Ibope/CNI”. Não há que se duvidar da pesquisa, que de acordo com o manual de conduta de qualquer instituto, é feita dentro de rigorosos critérios técnico-científicos. Mas há que se duvidar, e muito, das interpretações, sempre feitas de acordo com os interesses de quem lê os números e gráficos. No caso específicom, é questionável o uso do   “a” como artigo indefinido e plural. Com todo mundo com quem a gente conversa, a percepção de que a previdência precisa de reforma é clara. Mas há quase uma unanimidade contra essa reforma de Paulo Guedes, que propõe não o fortalecimento do sistema, mas a sua morte, para favorecer a previdência privada. Não é por outra razão que os grandes bancos, como Bradesco e Itaú, estão empenhadíssimo na aprovação da mal fadada PEC. Então é assim: invés de manchetar que “Seis em cada dez brasileiros concordam que tem que haver reforma”, o jorn

A Taurus, penhoradamente agradece

"Assinado nesta terça-feira, 7, pelo presidente Jair Bolsonaro, o novo decreto que trata da posse e porte de armas foi uma injeção de ânimo para os acionistas da Taurus, a maior fabricante de armas do país. Em menos de 24 horas, a companhia gaúcha viu suas ações valorizarem mais de 30%. A lógica é simples: com mais gente autorizada a se armar, a demanda deve aumentar e, consequentemente, as vendas de armas no mercado interno também". . Revista Época Faltou a reportagem falar também sobre o crescimento do setor funerário. Logo teremos funerárias com ações na bolsa.

Em nome da verdade histórica

Restabelecer verdades históricas é de fundamental importância para que o país se reencontre sempre com seu passado. Em se reencontrando, passa a reparar seus erros e projetar seu futuro em bases sólidas e não em cima de pilares frágeis, construídos sobre camadas de mentira. Faço esse preâmbulo para render a minha homenagem ao deputado federal Ênio Verri, que em belo artigo no Blog do Esmael, resgata a verdade sobre o povo Ava-Guarani, enxotado de suas terras e sem nenhuma reparação , pela Binacional Itaipu, cujo lago (isso o Ênio não abordou, já que se detém no caso específico dos indígenas), produziu outros dramas sociais, sendo a semente, por exemplo, do movimento dos sem terra no Paraná. Vale a pena ler: https://www.esmaelmorais.com.br/2019/05/itaipu-um-crime-lesa-humanidade/

Livre pensar...

E Bolsonaro pensa, filosoficamente, com a ajuda do seu guru Olavo de Carvalho: - Pra que pobre quer gás se o Brasil ainda tem muita lenha pra queimar?

Simples assim

Volta e meia o Irã ameaça fechar o Estreito de Ormuz por onde passa a maioria do petróleo que os Estados Unidos importam do Oriente Médio. Isso explica o olho grande de Tio San pra cima da Venezuela e também do Brasil, grandes produtores e bem mais perto. Enquanto um navio carregado de barris demora cerca de 4 semanas para ir do Golfo Pérsico aos EUA, o mesmo carregamento oriundo da Venezuela demoraria 4 dias apenas. Entenderam agora porque Trump quer esmagar o governo Maduro , ao mesmo tempo em que bajula o entreguista Jair Bolsonaro?

O Brasil sob o império do gatilho

                            .  "O porte de arma está liberado no Brasil, a menos que o acovardado Supremo Tribunal Federal ouse barrá-lo. Ao liberar o transporte de armas municiadas para os afiliados a clubes de tiro, Jair Bolsonaro  liberou o porte de armas a qualquer um que possa pagar os serviços destas empresas. Basta dizer que está indo ou voltando do  stand. E não vai faltar munição, agora que a compra está autorizada até mil cartuchos por ano. O suficiente para disparar, a cada mês, os oitenta  tiros desfechados sobre o músico executado no Rio, um mês atrás. Não temos educação, hospitais, não temos dinheiro sequer para equipar as Forças Armadas. Mas a quem tiver  alguns milhares de reais para comprar, tudo bem… Que Jair Bolsonaro é isso, sabemos, “talquei”. Que Sérgio Moro, com seus punhos de renda, subscreva o faroeste, seria algo que deveria espantar, pela rejeição que deveria despertar na comunidade jurídica. Mas nãos espanta. Os nossos bacharéis

A academia protesta contra o governo brasileiro em todo o mundo

Chega a 12 mil o número de assinaturas em baixo-assinado que corre em 800 universidades do mundo contra o desmonte dos cursos de Filosofia e Sociologia no Brasil, anunciado pelo governo Bolsonaro. O abaixo-assinado é acompanhado de uma carta aberta, elaborda na Universidade de Harvard, o que não é pouca coisa. Na França, professores da Sorbone publicaram artigo no Le Monde detonando o tratamento que o presidente brasileiro vem dando às ciências sociais no nosso país.  O jornal britânico The Guardian também tratou (de forma muito crítica) a questão. “Especialistas veem os cortes nos orçamentos federais das universidades e a ameaças de cortes em programas específicos como motivados ideologicamente”, diz, também em editorial, a revista  Inside Higher Ed. Enfim, o mundo acadêmico decide reagir ao recrudescimento do fascismo no Ocidente e toma o Brasil como ninho, onde é chocado o ovo da serpente.

Perversidade sem limites

O corte de 30% no orçamento das universidades federais é linear, o que é uma burrice extrema, posto que ignora a qualidade dos gastos . A tesoura passa a funcionar também nas estaduais. Vide o caso do Paraná, onde a nossa UEM, que já vinha passando por maus bocados, leva outra bordoada. A consequência mais trágica, que já se faz sentir, é o fechamento do Lepac, laboratório de referência clínica no Estado, que atende a população pobre de Maringá e região.  

Índole deformada, segundo Miola

"A repulsa de Nova Iorque à presença de Bolsonaro no seu território simboliza a resistência à barbárie e ao que ele significa enquanto antítese radical dos valores humanos e civilizatórios. Com seus atos, idéias e gestos, Bolsonaro atesta que é muito mais que uma aberração política; ele é, principalmente, uma monstruosidade humana. O salvo-conduto para matar camponeses e encharcar o latifúndio com sangue – equivalente à licença para matar do ministro Moro – que Bolsonaro ofereceu aos empresários rurais na Agrishow, não deixa dúvida quanto à sua índole deformada".   . Jeferson Miola, em seu blog   

O Brasil na frigideira

Desde que assumiu o Planalto, Jair Bolsonaro vive tentando conciliar duas exigências conflitantes: ser Bolsonaro e exibir o bom senso que o cargo de presidente requer. O problema não é o conservadorismo do capitão. O que obscurece sua Presidência é o arcaísmo. Os valores que Bolsonaro deseja conservar pertencem à Idade da Pedra. Sua agenda paleolítica empurrou o Brasil para dentro de uma frigideira internacional".   . Josias de Souza (UOL)

A ironia do governador do Maranhão

Flávio Dino ironiza liberação de armas de Bolsonaro: “Será que a ideia é gerar mais empregos em cemitérios?” . Portal Forum

A farsa domina o debate

O governo tunga muito dinheiro da receita da seguridade social para colocar no saco sem fundo da dívida pública. Então, a Previdência tem um déficit, ou o déficit é o próprio governo que fabrica? É preciso que se diga que a Desvinculação de Receitas da União vem sendo feita desde o governo Fernando Henrique e até a Dilma era de 20%. Temer elevou para 30% e agora Bolsonaro, com apoio incondicional da mídia, quer pendurar essa conta no pescoço dos trabalhadores. É um magote de urubus.

O que fazem eles?

"O que faz o doutor Batista na Assembleia Legislativa diante da 'fudeção' pra cima do maringaense, ou seja, os assombrosos 12,13% de reajuste na conta de água, menos 30% para o LEPAC e 'o gato comeeeeuu', os R$ 54 milhões do futuro Hospital da Criança? Coçando o saco?" . Lauro Barbosa, no Facebook Cabe a mesma pergunta para os demais deputados estaduais eleitos por Maringá e também para os federais

Redução da maioridade penal. Falta bom senso e sensatez nesse debate

Está voltando com tudo, por meio de PEC de um senador do Acre, a discussão sobre a redução da maioridade penal no Brasil. Muita gente defende isso e a sociedade como um todo está dividida. Na medida em que a violência cresce e que a cada crime divulgado pela mídia tem envolvimento de um menor de 18 anos, o apoio a propostas como essa cresce. É compreensível? É. Mas falta debate e esclarecimentos à   população sobre indicadores de   países desenvolvidos, que contrariam totalmente a tese. O assunto é complexo, não é pra leigo como eu discutir. Mas tenho minha opinião formada, a partir do que tenho lido sobre tão complexo assunto. Uma coisa é absolutamente certa: o que faz aumentar a participação do menor no crime, que atinge níveis assustadores nas grandes e médias cidades, não é a inimputabilidade do menor de 18 anos, porque se o crime organizado recruta os de 16, por exemplo, certamente passá a recrutar os de 15, os de 14, os de 13 e por aí vai. Ou não tem sido comum menor de 10 e

"Guerra fria" cabocla

Ao se precipitar nas críticas ao povo Argentino que dão votação expressiva à ex-presidente    Cristina Kirchner na disputa com o atual presidente Maurício Macri , Jair Bolsonaro tenta fomentar no continente uma espécie de guerra ideológica. Quer ser protagonista de uma espécie de “guerra fria” sul-americana, onde quem apanha de cinta é a verdade e quem pode ir a nocaute é a democracia.