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Você sabia disso? Nãooooo!

Os diálogos dos procuradores da lava-jato publicados hoje pela Folha de São Paulo deixam claro que Sérgio Moro condenou Lula com base, única e exclusivamente, na delação premiada do dono da OAS, que estava preso. Os próprios procuradores disseram nos diálogos revelados pelo Intercept que Pinheiro não merecia crédito. Só por curiosidade: você sabia que o presidente da Caixa Econômica, nomeado por Bolsonaro é genro de Léo Pinheiro? Que Moro foi convidado pra ser ministro de Bolsonaro durante o processo eleitoral você sabia, né?

A propósito do acordo Mercosul-União Europeia

Usurpação e arrogância não combinam com a geopolítica --------------------------- Que o acordo do Mercosul com a União Europeia é importante, não resta nenhuma dúvida. Mas em nome da verdade histórica, é preciso que fique claro que o seu fechamento não é obra do governo Bolsonaro. As negociações começaram em 1999 no governo Fernando Henrique, teve avanços significativos no período Lula e continuou em andamento no governo Dilma. É preciso lembrar que, enquanto deputado federal, o atual presidente Jair Bolsonaro criticava duramente o bloco econômico do nosso continente, bem como a possibilidade desse acordo assinado agora na reunião do G-20 ser fechado um dia. E criticava por que? Porque uma das condições básicas para que isso ocorresse era a consolidação do Acordo de Paris, cujo compromisso internacional com o meio-ambiente é refugado a todo momento pelo atual governo, que não aceita questionamentos à sua política desastrosa de proteção da Amazônia, reconhecida

Arma sim,pandeiro não

Música não pode, gatilho pode O Tribunal de Justiça do Rio considerou inconstitucional uma lei estadual que regulamenta apresentações artísticas dentro de estações de barcas, trem e metrô. A ação foi movida, sabe por quem? Sim, por Flávio Bolsonaro, que é a favor de pessoas armadas nesses locais, mas com arma de fogo e nunca com uma cavaco, uma flauta, um violão ou um pandeiro. 

Desvalorização do professor compromete o futuro do país

Cerca de quatro entre dez professores do ensino fundamental não tem formação adequada para o que ensinam. Isso é consequência da desvalorização do magistério , cujo futuro é incerto se continuar esse quadro de recusa dos jovens em optar pela carreira de professor. Fortalecer os cursos de licenciatura e de complementação pedagógica é fundamental. Mas isso só se quem poderia fazer é a universidade pública, que está sendo destroçada. As faculdades privadas, voltadas quase que exclusivamente para a formação de profissionais exigidos pelo mercado, pouco se lixam para essa realidade perversa da educação brasileira, pois formar professores é investimento de longo prazo, e investimento mais voltado para o desenvolvimento social do que econômico. Portanto, qualificar e valorizar a formação de bons professores é papel do estado, que tem relegado desde sempre esse papel a segundo plano. Esse descaso, convenhamos, encerra uma espécie de crônica da tragédia anunciada.

Ratinho vai começar a enfrentar greves

"Infelizmente, o governador Carlos Massa Ratinho Júnior caminha para construir um governo que não respeita e ainda despreza o serviço público e seus servidores. Júnior se nega não apenas a cumprir uma promessa de campanha, como, também, apresentou proposta que aprofunda a precarização dos serviços públicos. Depois de seis meses de debates com o Fórum de Entidades Sindicais (FES), o governo ignora a justa reivindicação dos servidores, que já estão há quase quatro anos sem reajustes salariais. Ao longo desses anos, as perdas dos servidores já passam de 17%. É como se eles não recebessem dois meses de salário por ano. Os servidores pedem ao governador apenas a reposição da inflação dos últimos 12 meses, que foi de 4,94%. Porém, a característica de Estado Mínimo do governo estadual não para por aí. Para asfixiar ainda mais o poder de compra dos servidores públicos e demonstrar sua abjeção ao imprescindível serviço público, o governador entendeu ser legítimo enviar para a Assemble

Deficit habitacional: a bola está com os vereadores de Maringá

Se nada mais for feito na área social daqui até 31 de dezembro de 2020, a administração Ulisses Maia já terá cumprido um importante papel no campo da habitação popular. O Projeto de Lei Complementar 1821/19 que transforma 21 lotes residenciais em Zona Especial para Habitação de Interesse Popular, é sem dúvida um avanço. Se aprovado pela Câmara, Maringá poderá estar dando um passo importante para resgatar uma dívida social, criada a partir da especulação imobiliária permitida e estimulada pelo Poder Público Municipal desde a primeira administração João Paulino Veira Filho e agravada de maneira dramática na gestão Ricardo Barros (1989/1992). Há muito tempo escrevo  sobre esse processo de exclusão social, responsável direto pelo inchaço dos dois municípios vizinhos de Maringá, cujos perímetros urbanos já experimentam o processo de conturbação faz tempo. Não estou inteirado sobre a tramitação do projeto no legislativo, mas pelo que depreendo da preocupação manifestada pelo Observatór

Debate enriquecedor nas hostes governistas

“Puteiro” está em chamas A segunda-feira (17) amanheceu com um enriquecedor debate político entre o deputado federal e ex-ator Alexandre Frota (PSL-SP) e o ex-astrólogo Olavo de Carvalho, guru de Bolsonaro. O ex-ator chamou o ex-astrólogo de “rato”, que respondeu falando que “Alexandre Fruta” faz política “mostrando o cu”. Alexandre Frota criticou a postura do governo Bolsonaro, ao demitir Joaquim Levy e outros. Em seu Twitter, afirmou que o “método” da demissão tem sido: “primeiro é esculachado pelo Olavo, depois que esse rato faz o serviço sujo, entram os miquinhos amestrados nas redes. Bom aí entra o Rei e manda embora de um jeito absurdo. Foi assim Bebiano, Vélez, Cruz, Levy. SEM IDEOLOGIA”. Os erros gramaticais são do tweet original. Para ele, “no Governo não falta pavão”.  . Portal HORA DO POVO

Que saia do lombo do pobre, taokei?

Com base numa fala da economista Maria Lúcia Fatorelli, auditora fiscal (aposentada) da Receita Federal e doutora em finanças públicas, é que desenvolvo o meu raciocínio e alimento a minha indignação com essa conversa fiada da reforma da previdência, defendida com unhas e dentes pela mídia tradicional, como uma panaceia. Maria Lúcia mostra o tamanho da farsa e da malandragem que é esse discurso pilantra, de apologia da PEC 6/19. Então é assim:   “85% desse trilhão que Paulo Guedes quer economizar na Previdência, vai sair dos mais pobres (a tabela está na última página da PEC). E pra onde vai esse trilhão? Paulo Guedes declarou num evento ocorrido no auditório do BC que este trilhão vai pra financiar parte da capitalização, ou seja vai para os bancos e não para investimento. O grande objetivo dessa reforma é destruir a seguridade social e entregá-la ao sistema bancário”. Que fique bem claro: o trilhão de reais   que vai deixar de chegar nas mãos de quem recebe aposentadorias e be

- Tá rindo de que,Levy?

- Tô rindo da tua cara de pau. Por falar nisso, Rasputin, cadê o teu cavanhaque? Por acaso tirou os pelos do queixo pra colocar naquele lugar?

Bufetada na cara da democracia

O que fazer quando o presidente da mais alta corte do país se deixa intimidar pelos gritos e o ataque de histrionismo de um general de pijama? É o que acaba de acontecer com Dias Toffoli, que parece ter se assustado com os gritos e o ataque de histrionismo do general Heleno. O ministro espumou de ódio ante o questionamento feito por Lula à veracidade da facada. E apelou feio, fazendo coro à total falta de educação de seu chefe, que perdeu uma grande oportunidade de dar em Lula um tapa com luva de pelica. E o que fez Tofoli? Segundo o jornal Valor “o presidente do Supremo Tribunal Federal divulgou neste sábado (15) a pauta de julgamentos do plenário da Corte até novembro, sem previsão para as ações que tratam sobre a prisão em segunda instância”. O ministro avaliou que há questão de segurança nesses processos que estavam pra ser pautados e ele retirou, “devido ao momento delicado do país”. Isso pode ter duas razões básicas: subserviência   do presidente de um poder ao presidente

O buraco é mais embaixo...

Se alguém acha que o Tentercept está pra brincadeira, que aguarde. A casa de Moro está despencando. ----------------------- Glenn Grenwald , Prêmio Pulitzer de jornalismo, foi o responsável pela divulgação das denúncias gravíssimas de Edward Snowden contra o poderio Norte-Americano. Foi um trabalho de jornalismo investigativo muito profundo e que rendeu a Glenn muitas condecorações, elogios e também ameaças de morte. Então me diga: com um curriculum e uma pagagem dessa, alguém poderia achar que o norte-americano do Intercept Brasil vai amarelar diante da pressão que sofre da Rede Globo? Tirem o cavalo da chuva, porque tem muito mais coisas que virão à tona por meio do Intecerpt. Sérgio Moro e Deltan Dallagnol estão literalmente ferrados.

Relator joga a batata quente pra cima dos governadores

Não dá pra comemorar o fato do relator ter deixado fora da reforma a capitalização , o BPC, algumas aposentadorias especiais e a desconstitucionalização da Previdência Pública, que Paulo Guedes tanto deseja. E não dá por que? Porque tudo cheira a uma teatralização, uma forma de reduzir o desgaste do próprio relator e do governo e jogar a responsabilidade de prospectar votos na Câmara Federal aos governadores que apoiam a PEC 06/19.   Tanto isso é verdade, que o próprio presidente da Câmara Rodrigo Maia não usou meias palavras em suas declarações de ontem com relação ao papel dos governadores daqui pra frente.   Isso é prenúncio de que os governadores vão entrar em campo e para convencer suas bancadas, se jogar de corpo e alma na regionalização do toma-lá-dá-cá que já ocorre em Brasília via emendas parlamentares.   Na verdade, o relatório deverá escancarar a porta do   fisiologismo nos estados e também nos municípios. Isso porque caberá aos governadores dividir a batata quente co

A globo subestima a nossa inteligência

O Jornal Nacional se esmerou na tarefa de desqualificar as denúncias do site The Intercept contra Moro e Dallagnol, ficando muito claro que aos poucos a Globo tentará desmoralizar o jornalista americano Greenwald. Engana-se quem pensa que a toda poderosa Vênus Platinada quer apenas blindar o ex-juiz e agora ministro. Ela tenta, na verdade, salvar a própria pele, porque Glenn Greenwald, que já ganhou um   Pulitzer, o maior prêmio do jornalismo americano, deixou claro estar de posse de um verdadeiro arsenal contra a Globo, em relação à sua influência sobre a Lava-Jato na tarefa de prender Lula e destruir o PT. A cobertura que o JN fez hoje das conversas tóxicas entre Moro e o procurador Dallagnol, foi uma afronta à inteligência humana. Mas parece ser só o começo, porque daqui a pouco ela vai tentar bater na testa do editor do The Inetercept o carimbo de desonesto e produtor de fake News. Não creio que vai adiantar muita coisa, porque, mesmo já tendo sofrido ameaças aqui no Brasil, G

Moro, Dalagnol e seus pecados factuais

As mensagens de Moro e de Deltan deram um tom bananeiro à credibilidade da Operação Lava Jato e mudaram o eixo do debate nacional em torno de seus propósitos. O ministro e o procurador reagiram como imperadores ofendidos, tocando o realejo da invasão de privacidade. Parolagem. Dispunham de uma rede oficial e segura para trocar mensagens e decidiram tratar de assuntos oficiais numa rede chumbrega e privada. Noves fora essa batatada, precisam explicar o conteúdo de suas falas. Sem explicações, a presença dos dois nos seus cargos ofende a moral e o bom senso. No caso de Moro, ofende também a lei da gravidade. Ele entrou no governo amparando Jair Bolsonaro e agora depende de seu amparo. Se o capitão soltar, ele cai. Em nome de um objetivo maior, a Lava Jato e Moro cometeram inúmeros pecados factuais e algumas exorbitâncias, tais como o uso das prisões preventivas como forma de pressão para levar os acusados às delações premiadas. Como não houve réu-delator que fosse inocente, o exorbitant

Nitroglicerina pura

Em nome do combate a corrupção a lava-jato construiu uma espiral do silêncio , que contaminou toda a mídia tradicional. A cobertura, tal qual a condução da operação, tem sido seletiva e parcial. Isso ajudou a solidificação do discurso único ideologizado, responsável direto pela crise que vivemos hoje. Em qualquer país sério do mundo a corrupção é punida com rigor, mas sem a seletividade explícita que a Lava-Jato demonstrou. A justiça pune os corruptos e os corruptores, mas salva as empresas, ao contrário do que ocorreu aqui com as gigantes da construção civil. As revelações do site The Intercept levantam o tapete da   ante-sala da da república de Curitiba e joga nas narinas dos brasileiros um cheiro nada agradável da celebrada “Mãos Limpas” dos trópicos. E se acautelem aí, porque o jornalista norte-americano Glenn Greenwald, autor da matéria explosiva, diz que ainda vem mais coisas por aí, que o site tem guardada muita munição.

O calcanhar de Aquiles de Moro interceptado pelo The Intercept

   Vamos lembrar aqui que quando se viu em dificuldades extremas no seu relacionamento com o Congresso Nacional, Dilma decidiu recorrer à experiência e à habilidade de Lula para que, na Casa Civil, o ex-presidente pudesse atuar como interlocutor e assim, politicamente, tentar  barrar o impeachment em andamento. Dilma estava no seu direito de nomear Lula, então sem condenação, o que naquele momento era recomendável, não só para o bem dela, mas do país.      Mas aí entrou uma dupla sediada em Curitiba , que tinha o telefone da presidente grampeado, o que numa democracia, daria cadeia para o grampeador, fosse ele quem fosse. O grampo interceptou uma conversa entre Dilma e Lula. A presidente dizia ao ex: "O Bessias está indo aí levar o termo de posse pra você assinar”. Moro interveio , mexeu os pauzinhos e impediu a posse. Feito isso, Dilma ficou ainda mais vulnerável, e sem a presença de Lula em seu governo, foi empurrada com extrema rapidez para o cadafalso.    A reportagem d

É muita mentira pra pouca reforma

O jornalismo de esgoto leva a população a acreditar que a reforma da previdência vai salvar o país. Ledo engano, como você pode atestar: ----------------- Por que a mídia tradicional não ouve as vozes dissonantes na discussão da reforma da previdência? Com esse comportamento, faz um jornalismo de esgoto, impedindo que a população tenha acesso a informações consistentes sobre a verdade da previdência. Entre essas vozes dissonantes está a da coordenadora da Auditoria Cidadã da Previdência, Maria Lúcia Fatorelli, para quem “ a reforma não apenas não é a salvação da economia como, na verdade, se implantada ela quebrará o país”. Parece cada vez mais claro que o objetivo dessa reforma é acabar com a previdência pública. Com a capitalização proposta por Paulo Guedes, o governo introduz um sistema previdenciário perverso, onde só o trabalhador contribui. Não há participação patronal na capitalização, que é individual. E aí o sistema previdenciário joga no lixo os p

Vozes da coerência

CARTA DOS GOVERNADORES DO NORDESTE                                                 6 de abril de 2019    Há um só Brasil que é de todos os brasileiros O momento que estamos vivendo em nosso país é talvez o mais delicado destes últimos anos de turbulência política e econômica. A recessão ameaça recrudescer, como sinaliza a queda do Produto Interno Bruto no primeiro trimestre de 2019.    Em paralelo, vemos cristalizar-se a polarização política exacerbada na eleição presidencial, o que tem contaminado o debate sobre as reformas necessárias à garantia de um terreno sólido para a superação definitiva da crise. É preciso agregar esforços para enfrentarmos os dissensos e construirmos uma pauta que traga soluções para problemas que se tornam mais urgentes a cada dia que passa.     Todos reconhecem a necessidade das reformas da previdência, tributária, política, e também da revisão do pacto federativo. As energias devem ser canalizadas para o escrutínio das divergências e o aperfei

Entre a incompetência e a sandice

Os caminhoneiros vivem bravos e com boa dose de razão ameaçando parar as estradas brasileiras porque não suportam mais o preço do diesel. Aí o presidente da república pára num restaurante de beira de estrada, almoça com 50 deles, que ficam lisonjeados e esperançosos de ouvir algo de bom para a categoria em termos de política de preços dos combustíveis e das condições das estradas. Invés disso, o presidente fala pra eles o que? Fala simplesmente que os caminhoneiros foram beneficiados pelo decreto das armas, pois poderão carregar, com a devida autorização legal, uma arma de fogo, que pode ser um revólver ou até um fuzil. Disse isso e os incentivou a dirigir irresponsavelmente, pois enquanto presidente da república, ele iria tirar os radares das rodovias. Acredite, isso aconteceu e a oportunidade de ouro que Jair Bolsonaro teve para mandar um recado alentador aos profissionais do volante, ele simplesmente jogou na lixeira, já pela boca, de tanta incompetência e sandice.