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A obsessão pelo golpe

  Ganhando as eleições, o que é pouco provável, Bolsonaro   vai querer aproveitar o aval das urnas para   realizar o seu sonho de se tornar imperador do Brasil. Aos berros, tentará esmagar o Supremo e fechar o Congresso, se achar necessário. Ao mesmo tempo, promoverá uma caça às bruxas, começando por mandar prender Lula e todos os oposicionistas que o desafiarem. Exagero? Que bom que fosse. Mas será sim, caso as instituições reajam com vigor a este ensaio que ele acaba de fazer com a “graça” ao criminoso Daniel Silveira. O meio jurídico vem reagindo com o vigor necessário, mas o Congresso Nacional parece estar adormecido, porque lá Bolsonaro conta com a força do Centrão que ele ceva com os bilhões do orçamento secreto. A situação não só parece grave, como é grave, e muito grave mesmo. Ainda mais que generais, almirantes e brigadeiros andam batendo bumbo para este psicopata.

O que seria da nossa biodiversidade sem os índios?

  É chover no molhado, mas em relação às comunidades indígenas, não há molhado quando se trata do governo predador de Jair Messias Bolsonaro. Todo mundo sabe que os indígenas, quilombolas, ribeirinhos e extrativistas garantem a proteção da biodiversidade. E a biodiversidade é que garante a regularidade das estações do ano, garante a chuva, garante a qualidade do ar que o planeta respira. Por isso é tão importante proteger a floresta, principalmente a Amazônica, que passa por um processo de devastação como nunca antes visto em toda a sua história. Hoje, 19 de abril, é considerado o Dia do Índio. E o índio brasileiro vem enfrentando de maneira heroica a sanha criminosa de contrabandistas de madeira e de exploradores das riquezas minerais da Amazônia Legal. A paralisação da demarcação dos territórios indígenas aumentaram os conflitos na região e fez explodir o número de invasões de garimpeiros. A vida dos gurdiões da floresta está sempre ameaçada e as ameaças significam perigos reais pa

Queiroga acaba com a pandemia no canetaço

  O ministro Queiroga, da saúde, anunciou o fim da emergência nacional da Covid 19. Equivale a acabar com a pandemia no canetaço. Tal irresponsabilidade contraria orientação da OMS e de todos os cientistas que estiveram envolvidos com o problema nesses dois ou três anos. A comunidade científica já vinha criticando o afrouxamento   indiscriminado das medidas sanitárias não farmacológicas, como uso de máscara, por exemplo. Mas o governo criminoso de Bolsonaro ignora totalmente o risco continuo de propagação do coronavírus, que ainda persiste. Bem, nada a espantar, se considerarmos que o presidente nunca esteve preocupado com o número de mortos pela Covid no Brasil. Chegou até a fazer troça dos que morreram asfixiados sem poder respirar porque não conseguiram vagas nas UTIs.

Terceira via está virando piada

  A mídia corporativa, puxada por jornalistas políticos, principalmente da CNN e Globo News, insiste na tese furada da terceira via. Mas quem vai alavancar a dita cuja, se todos os nomes postos na cena política até agora como alternativa a Lula e Bolsonaro, nunca chegaram a dois dígitos? E na medida em que as eleições se aproximam, caem ainda mais nas pesquisas? A candidatura Moro morreu no ninho; a de Ciro Gomes patina, patina e não sai do lugar; Simone Tebet não consegue chegar a 2%; Dória tenta caminhar mas tem uma bola de chumbo em cada pé. Mesmo assim, os tais analistas de cenários furados não desistem de procurar a terceira via, que nunca encontraram e nem encontrarão. Não tem gente: a disputa será mesmo entre Lula e Bolsonaro e o embate será sim, o da civilidade contra a barbárie. E ponto final.

Faz todo sentido

  “Não são as Forças Armadas que praticam a corrupção ou o desperdício, são indivíduos que estão em posto de comando. Da mesma forma, não são os evangélicos que barganham verbas públicas, são indivíduos que aproveitam as franjas criminosas do poder”, escreveu o senador Alessandro Vieira   (PSDB-Sergipe). Vieira   adverte que, quanto mais a oposição ridicularizar militares por causa da compra de viagra e próteses penianas e quanto mais críticas forem feitas aos evangélicos por causa dos pastores que protagonizaram o escândalo do MEC, mais esses setores se achegarão a Bolsonaro. Por isso, Bolsonaro quer mais é que os dois escândalos se ampliem.

Este eufemismo vai pegar

  Vem aí “Medida Provisória”, filme dirigido por Lázaro Ramos, que trata da indenização que o estado brasileiro deve aos escravos. Por conta dessa dívida, o governo incentiva os descendentes a voltarem para a África. O filme estreia 4ª. feira nos cinemas de todo o país. “Medida p Povisória"  trás uma nova expressão que certamente muitos usarão para se livrar do crime de racismo. Ao se referir aos   negros, o advogado Antônio (personagem de Alfred Enoch) , usa o eufemismo “cidadãos de melanina acentuada”.

O bruxo e seus cães adestrados

  É fácil entender porque Bolsonaro não está nem aí quando lhe chamam de homofóbico, machista , sexista e o diabo a quatro. A matriz desse comportamento criminoso foi alimentada lá atrás pelo bruxo americano Steve Banon, guru de gente como Trump, o próprio Bolsonaro e Marine Le Pen, que ameaça Macron nas eleições francesas desse domingo. Banon costuma dizer aos cães que adestra: “Se chamarem você de homofóbico e xenófobo, por exemplo, use a acusação como medalha de honra”.

Os iguais se entendem

  O primeiro-ministro da Hungria, Viktor Orbán, é um dos poucos chefes de estado que mantém relações de amizade com Bolsonaro. Faz sentido: Orbán é um populista totalitário, amante da violência e inimigo da democracia. Se mantém no poder graças a manipulação do processo eleitoral do seu país, o que aliás, é um desejo confesso do presidente brasileiro.

O buraco é mais embaixo

  Lá se vão   42 anos da entrega do serviço de água e esgoto de Maringá para a Sanepar. Desde então a cidade cresceu muito e o saneamento básico   precisou acompanhar, com investimentos pesados e planejamento de médio e longo prazo. Reconheçamos: a Sanepar deu conta do recado. O problema está no fato do preço do seu serviço ter desagradando muito   o maringaense. E tudo piorou quando a empresa fixou em 80% a tarifa do esgoto sobre o total da fatura da água. Ignorando um pouco os maus bofes do consumidor para com a Sanepar, o então prefeito Said Ferreira (in memoriam) decidiu prorrogar o contrato de concessão por mais 30 anos. O fez sem licitação, por considerar que a empresa era pública, e na relação de ente federados tal mecanismo seria dispensável. O Ministério Público não teve o mesmo entendimento do prefeito, que por óbvio, fez a prorrogação orientado pela Procuradoria Jurídica do Município. Deu no que deu: o contrato foi judicializado e a Companhia de Saneamento perdeu em toda

Nem dignidade, nem respeito...

  “Em cada frase do senhor ou de seu pai, há uma violação dos direitos humanos das vítimas da ditadura, submetendo cada uma delas a um tratamento desumano”, escreveu sobre Eduardo Bolsonaro o experiente jornalista Jamil Chade, há anos correspondente internacional de diversos jornais brasileiros. Chade, como de resto o Brasil civilizado, está indignado   com a chacota que o deputado Eduardo Bolsonaro fez da tortura sofrida pela jornalista Míriam Leitão nos porões da ditadura. Ele escreveu: “Cada vez que usam seus cargos e imunidades para fazer apologia à dor, vemos em nossas almas o verde e amarelo se transformar nas cores do luto e da angústia. Cada vez que os senhores tentam reescrever o passado, sabemos que é o nosso futuro que está ameaçado. Nestes últimos três anos, as lágrimas que vocês nos deram foram engolidas com a força de algo que os senhores desconhecem: dignidade. Com uma arma que vocês não terão onde comprar: o respeito”.

Aras, bajulador e omisso

  Augusto Aras não considera que houve prevaricação quando Bolsonaro fez ouvidos de mercador à denúncia de superfaturamento de bilhões da vacina Covaxin. A roubalheira só não se concretizou graças à CPI da Covid. Tivemos o recente escândalo envolvendo o MEC e pastores e mais uma vez Aras se vez de cego e surdo. E continuou sem ouvir e sem enxergar no caso da compra dos ônibus escolares, cujo pregão será hoje, com superfaturamento previsto de quase R$ 1 bilhão. Aras vem ignorando os crimes de Bolsonaro não é de hoje. Seu papel como Procurador Geral da República é   apurar e encaminhar os processos à instância máxima da justiça que é o STF. Aras   faz média com o presidente que o indicou, porque sempre sonhou e continua sonhando com uma cadeira de ministro do Supremo. Levou rasteira duas vezes quando das aposentadorias de Celso de Melo e Marco Aurélio Mello. A expectativa do PGR agora é que Bolsonaro se reeleja e possa indicá-lo lá na frente para as vagas de Rosa Weber ou Carmem Lúcia.

O perigo de golpe é real, advertem Jânio e Fachin

  Jânio de Freitas, um dos mais qualificados jornalistas políticos do Basil, alerta em artigo hoje na Folha de São Paulo: "Os indícios atuais de golpe já ameaçam o episódio eleitoral”. O discurso do presidente e dos militares que o rodeiam repete a lógica de 1964, insinuando que uma intervenção militar seria anseio da sociedade. Jânio menciona o receio manifestado pelo presidente do TSE, ministro Edson Fachin, que disse claramente esta semana sentir que a democracia está sob ameaça. O que mais espanta é o silêncio da elite política e da própria oposição. Era hora dos pre-candidatos Lula, Ciro e até os de centro como Simone Tebet e o vai-não-vai João Dória estarem botando a boca no trombone. As ameaças de golpe são cada vez mais claras, principalmente porque as pesquisas indicam a possibilidade real da vitória de Lula. Fosse qualquer outro candidato a ameaçar a reeleição de Bolsonaro o discurso golpista não estaria sendo potencializado como está. O fato concreto é que as instit

Pra não dizer que não falei das flores

  Bolsonaro está exultante e seu ministro da defesa, provável vice na chapa que buscará a reeleição, esfuziante. E por que? Porque estão comemorando uma data que era pra ser esquecida por todos os brasileiros bem informados, bem formados e de bom senso. Hoje faz 58 anos do golpe militar que infelicitou a sociedade brasileira de 1964 a 1985. Foi um período terrível uma longa noite de escuridão, que durou exatamente duas décadas. Um dos símbolos mais horripilantes daquele período de tortura de cidadãos que questionavam o regime, atendia pelo nome de Brilhante Ustra, o ídolo do atual presidente do Brasil e que um professor da Unicamp, preso e torturado,   chamava de degeneração humana. Hoje os três ministros militares (Exército, Marinha e Aeronáutica) emitiram uma nota conjunta enaltecendo o golpe que eles chamam de revolução. Muita gente foi presa , torturada e algumas mortas, por pensar diferente e por questionar a supressão das liberdades democráticas.   É sempre bom lembrar que

Zelenske, Putin ou Biden? Qual desses três atrasa o fim da guerra?

  Quanto Stálin invadiu a Finlândia em 1940, os finlandeses resistiram enquanto puderam e conquistaram, afinal, a independência do país. Perderam território, porque o invasor não recua enquanto seu líder não achar que obteve uma vitória, por menor que seja. A vitória de Putin, já se assemelha à de Stálin, que é a conquista de um pedaço da Ucrânia, ainda que os ucranianos mantenham a independência do seu país, já convencidos de que não devem fazer parte da Otan, o que é outra vitória do Vladimir contra o Volodymyr. Putin já tem a Crimeia, anexada em 2014 e agora já se contenta com a consolidação da independência de Donetsk e Luhansk. Portanto, quem está retardando o fim da guerra neste momento é o presidente dos Estados Unidos,   que está se tornando, mais até do que Trump, o rei da bravata.

A qualidade despencou

  Quando participei de um estágio universitário na Câmara Federal nos anos 1980, haviam no parlamento brasileiro nomes de peso. Na Câmara, tínhamos Freitas Nobre, Ulysses Guimarães, João Cunha, Roberto Freire , Heitor Alencar Furtado e Hélio Duque, entre tantos outros. No Senado, nomes como Teotônio Vilela, que eu tive a honra de conhecer pessoalmente, José Richa, Paulo Brossard, Jarbas Passarinho, Fernando Lira e Josapha Marinho. Hoje o que temos? Temos Ricardo Barros, Eduardo Bolsonaro, Luis Nishimori, Sargento Fahur. Sentiu a diferença? O nível piorou muito também nas assembleias legislativas e câmaras municipais. De quem é a culpa? Dos partidos, que também perderam substância? Do eleitor, que apesar de ter maior número de informação ao dispor parece ainda mais desinformado? Sei não. O que sei é que o país precisa se reencontrar com a política com P maiúsculo, com valores verdadeiramente democráticos e com o bom debate. E olha que estou falando apenas da representatividade parla

Me deu um ataque de riso

  O castigo veio a cavalo, no lombo de um manga larga puro sangue, que atende pelo nome de Power Point.

Incompetência e negligência . A soma é criminosa

  Matéria do jornal O Globo mostra que a queda absurda da cobertura vacinal no Brasil pode trazer de volta doenças infeciosas que o país já dava como erradicadas, caso do sarampo, da catapora e da paralisia infantil. O PNI, que funciona aos trancos e barrancos na pandemia, tirou o seu foco de outras doenças e isso é assustador, segundo os infectologistas. Essa desaceleração do Plano Nacional de Imunizações não pode ser atribuída à sobrecarga provocada pela Covid, porque ela começou antes da pandemia, segundo o jornal. Quem viveu a era do sarampo, por exemplo, sabe a tragédia que seria a volta dessa doença infecciosa. Eu tive sarampo na infância e sei o que é isso. Perdi um irmão para o sarampo e portanto falo de cadeira. Gente, não dá pra acreditar que o Brasil tenha involuído tanto, que tenha chegado a ter um presidente da república como Bolsonaro. Nosso país não merece isso.

Qualquer semelhança pode não ser mera coincidência

  Se você está no time dos que acham que colocar freios no Telegram é censura, então é bom que se informe melhor sobre a propagação dos ideais nazistas por meio dessa plataforma. E se você se aprofundar um pouco perceberá que a maioria das mensagens de ódio e críticas à vacinação e ao distanciamento social que circulam no Brasil tem como fonte geradora o bolsonarismo. A extrema direita avança em nosso país de forma muito perigosa. Bolsonaro é o ovo da serpente que foi galado nas eleições de 2018. O ministro Alexandre de Moraes agiu com presteza cirúrgica no combate ao avanço do neonazismo no Brasil. Uma eventual reeleição de Bolsonaro seria uma tragédia para a nossa tenra democracia e o sepultamento do que ainda resta de agenda social no país.

Ah, Putin mete medo? Que tal ficar de olho no Iran?

  Quando Stálin invadiu a Finlândia em 1939, pensou que seria barbada. Não foi. Putin invadiu a Ucrânia em 2022 e imaginou que dominaria Kiev e derrubaria Zelenske em dois tempos, mas ainda não caiu na real de que o buraco é mais embaixo. Kennedy também projetou devolver à Sierra Maestra os revolucionários cubanos que em 1959 derrubaram o presidente pró-americano , Fulgêncio Batista. Resultado: seu exército de mercenários levou uma surra na Baia dos Porcos. Os objetivos de Stálin e Putin eram parecidos mas não iguais. Um queria anexar e o outro usou o pretexto da autoproteção para mandar recado ao inimigo do Atlântico Norte. Kennedy não engoliu Fidel Castro e seus comandados mas o fracasso da sua investida acabou jogando Cuba no colo de Nikita Krushev , que   até usou a ilha para montar uma base de mísseis direcionados para a Flórida. Desastres estratégicos tem sido comuns nas grandes potências, que parecem pouco se lixar com a vida humana, como tem acontecido com os próprios Esta