O ministro da saúde autorizou sexta-feira passada o início do processo de credenciamento pelo SUS do Hospital das Clínicas Mário Ribeiro da Silveira, de Montes Claros (MG). Até aí, nada demais. O problema é que este hospital é o mesmo denunciado por fraudar documentos que facilitassem o seu credenciamento junto ao Sistema Único de Saúde. Queria ingressar no SUS mas sem se submeter a nenhum processo de licitação.
Lembram daquela deputada federal que ao votar pelo impeachment da presidente Dilma Roussef gritou ao microfone: “Meu voto é pra dizer que o Brasil tem jeito, o prefeito de Montes Claros mostra isso para todos nós com sua gestão. Sim, sim, sim, sim!”.
Lembram daquela deputada federal que ao votar pelo impeachment da presidente Dilma Roussef gritou ao microfone: “Meu voto é pra dizer que o Brasil tem jeito, o prefeito de Montes Claros mostra isso para todos nós com sua gestão. Sim, sim, sim, sim!”.
No dia seguinte à aprovação do impeachment na Câmara, o prefeito Ruy Muniz foi preso pela Polícia Federal, na Operação Máscara da Sanidade II – Sabotadores da Saúde.
O prefeito é ninguém menos do que o marido da deputada Raquel Muniz. O ministro Barros foi pessoalmente a Montes Claros para anunciar a boa nova à deputada e ao marido prefeito, donos do hospital, que sob a gestão do prefeito “probo” recebeu em 2015 nada menos que 26 mil consultas especializadas e 11 mil exames, tirados de concorrentes da rede pública, e portanto, credenciados ao SUS.
Segundo o jornalista Luiz Carlos Gusmão, do blog Em Cima da Notícia, “além de favorecer seu hospital, Ruy Muniz denegria a imagem de hospitais públicos e filantrópicos da região. Apesar de todas as denúncias que pesam contra o hospital da deputada e do prefeito, o Ministério da Saúde autorizou R$ 3 milhões para o credenciamento do mesmo. apelidado de “hospital das fraudes”.
Só pra lembrar: a deputada Raquel Muniz vai estar no plenário quando a Câmara Federal for decidir se acolhe ou não a denúncia do Procurador Geral da República contra o presidente Michel Temer, o chefe de Ricardo Barros.
Só pra lembrar: a deputada Raquel Muniz vai estar no plenário quando a Câmara Federal for decidir se acolhe ou não a denúncia do Procurador Geral da República contra o presidente Michel Temer, o chefe de Ricardo Barros.
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