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Mostrando postagens de julho, 2022

A verdade sobre a transposição do Velho Chico

  O projeto de transposição do Rio São Francisco surgiu ainda no tempo do Império e saiu da cabeça de Dom Pedro II. Durante 160 anos não passou de promessas. Até que em 2003 começou a sair do papel e virou quase uma obsessão do presidente Lula, nordestino de Garanhuns (Pernambuco). Para ser viabilizado , " o projeto exigiu estudos, cálculos, planejamento ambiental, eficiência em engenharia, força braçal e muita conversa entre os vários estados envolvidos". Quando Lula deixou a presidência, Dilma continuou as obras, que hoje beneficiam mais de 10 milhões de irmãos nordestinos. Dilma deixou a transposição 97,5% concluída. Temer fez um tiquinho e Bolsonaro pegou a obra praticamente pronta.   Por isso, espanta a cara de pau do atual presidente, em dizer que a transposição é uma obra do seu governo. Mais espantoso ainda foi ver a primeira dama dizer na convenção do PL realizada domingo, que foi o marido dela que levou água para o povo do Nordeste, melhorando a vida de milhares

Meu novo blog vem aí

 Estou criando um novo blog o BLOG DO MESSIAS. Será monetizado, com espaços publicitário e muita informação, de todas as áreas, principalmente política. Não perderei a racionalidade e manterei intacta, como faço nos meus 50 anos de jornalismo, a minha coerência. Mas pretendo ser menos figadal do que aqui e no face. Conto com o prestigiamento dos que sempre me leem, lembrando que o Google remunera esse tipo de ferramenta pelo volume de acessos. Esse modesto blog aqui vai continuar.

Discurso golpista é pra se livrar da cadeia, diz Folha de S.Paulo em editorial

  “O chamado, ao qual não faltaram metáforas marciais, tem o condão de demonstrar força —e é possível que lunáticos e ingênuos o tomem pelo valor de face. Quem observar pouco além da superfície, contudo, já perceberá o quanto há de desespero nessa manobra. Fruto da conjuntura política e do desarranjo republicano provocado por Bolsonaro, a comodidade de não se ver devidamente investigado deve mudar em eventual derrota eleitoral. O presidente sabe que, sem o aparato de blindagem de que hoje dispõe, suas chances de prosperar na Justiça comum tendem a zero".

Semana de pesquisas, com muito ranger de dentes

  Esta é uma semana de muitas pesquisas. Deve sair, inclusive, a mais importante, que é a do DataFolha. A primeira foi divulgada agora há pouco. É do instituto FSB, de Brasíla, contratada pelo banco BTG/Pactual, o banco do Paulo Guedes. Na última, dava 10 pontos de vantagem para Lula. A de hoje aumenta a diferença para 13% - 44% a 31%. Ciro tem 9% e Simone Tebet que tinha 4% caiu para 2%.

Bolsonaro ameaça de novo. Aliás, ameaça sempre

  “Dia 7 de setembro vão às ruas pela última vez”, convocou Bolsonaro hoje na convenção que oficializou sua candidatura. O que ele quis dizer com “a última vez?”.   Quis dizer que depois do 7 de setembro ninguém mais poderá ir à rua? Nem mesmo o eleitor que continua com a infeliz ideia de votar nele? O que vai ter na rua? O Exército para reprimir manifestações? As milícias, para matar? O desejo de Bolsonaro reiterado neste domingo pela enésima vez é promover uma grande arruaça, fazendo contra o STF aquilo que Trump fez contra o Capitólio. Se tiver êxito (que Deus nos livre), a violência tende a espraiar-se e transformar ruas das principais cidades brasileiras em campo de batalha. Ele quer ver sangue, quer ver corpos empilhados, para justificar o golpe de estado que o manterá no poder e o livrará da cadeia.

Três tragédias que abalaram o Brasil

  O premiado jornalista Ricardo Kotscho se reporta   em sua coluna de hoje na Folha de São Paulo à morte do marechal Castelo Branco (primeiro presidente do regime militar), que estava a bordo de um teco-teco que se chocou com um jato da FAB no Ceará. Ao falar do acidente, lembrou que a história política do Brasil é feita de tragédias. Sem ir muito fundo na história, ficou nas mortes de Castelo Branco e Tancredo Neves , fechando com a tragédia que o destino reservaria ao nosso país com a eleição, pelo voto, de um capitão ejetado do Exército em 2018.

Mais uma prova de que o Centrão é que manda

  O governo Bolsonaro foi definitivamente sequestrado pelo Centrão. Uma das provas mais eloquentes é a liberação de dinheiro de emendas parlamentares para a área social. Segundo a Folha de São Paulo, dois estados brasileiros são privilegiados - não por coincidência, Piauí e Alagoas. Piauí é o estado de Ciro Nogueira, chefe da Casa Civil e líder do Centrão. Alagoas é o estado de Arthur Lira, presidente da Câmara Federal e que divide com Ciro o comando do grupo político mais nefasto da história da república.

Registro de CAC foi concedido a membro do PCC

  Com base em decreto de Bolsonaro o Exército liberou certificado de registro de um CAC (caçador, atirador e colecionador) para comprar armas. O dito cujo havia adquirido legalmente um fuzil e outras seis armas de grosso calibre. A Folha de São Paulo mostrou que o tal CAC era um membro do PCC. E aí o exército resolveu cancelar os portes de arma. Depois que o presidente Bolsonaro liberou geral, dizendo que era preciso armar a população brasileira contra os bandidos, quem garante que os grandes beneficiados com a liberação não foi o crime organizado? Só lembrando que o membro da facção criminosa obteve o registro de CAC mesmo tendo uma ficha criminal extensa.

Se eu puder falar com Deus...

  Ariano Suassuna deve estar perguntando a Deus: “Por que existem uns felizes e outros que sofrem tanto, nascidos do mesmo jeito, criados no mesmo canto... quem foi temperar o choro e acabou salgando o pranto ?”.

Bolsonaro diria claramente, se tivesse a coragem de Lacerda

  “O Senhor Getúlio Vargas não deve ser candidato, se for candidato não deve ser eleito, se for eleito, não deve tomar posse, se tomar posse não pode governar”.   Bolsonaro adoraria   ser tão claro quanto Lacerda na eleição de 1950: “Lula não deve ser eleito, se for eleito não deve tomar posse, se tomar posse não pode governar”. A lembrança   de   Carlos Lacerda na eleição de 1950 e a relação dessa ameaça com a que faz  Bolsonaro foi lembrada hoje pelo comentarista da Globo News, Otávio Guedes.,  

No bico do corvo...

  A reunião de Bolsonaro com embaixadores para detonar o TSE pode ter sido a pá de cal no sonho de reeleição. Ao repetir para representantes de diversos países o surrado discurso de desqualificação do processo eleitoral brasileiro, o presidente deu mais um, talvez o definitivo, tiro no pé.   Bolsonaro já não governa, passa o tempo tramando golpe e fazendo ameaças explícitas à ordem democrática. Se as Forças Armadas embarcarem na dele, o país estará ferrado. Não parece que isso vá acontecer , e aí o ferrado será ele, que com ou sem pacote de bondade deverá levar uma surra nas urnas. É o que todo cidadão brasileiro, com um mínimo de massa crítica, espera.  

Até para embaixadores ele deixa claro que quer dar o golpe

  Bolsonaro escancara para o mundo que quer dar o golpe. As reações se limitam a dois ministros do STF e TSE e a notas dúbias de algumas instituições respeitáveis   e lideranças políticas claudicantes , mas acovardadas. A grande imprensa trata a questão como mais do mesmo, limitando-se a posições mais firmes e incisivas de meia dúzia de articulistas. Há quem ache que Bolsonaro, por ser um boquirroto, não logrará êxito na sua sandice.   Mas há também quem ache que a preparação é real e passa por uma onda de violência incontrolável, provocada pelo próprio Bolsonaro para justificar a sua continuação no poder, ainda que a custa de empilhamento de cadáver. Sinceramente a gente se esforça para acreditar que a democracia sobrepujará e já no primeiro turno da eleição, mandará a irracionalidade para as profundezas do inferno. Que os anjos digam, amém.

"Aqui é Bolsonaro!". E o Bolsonarista matou o petista, que mesmo ferido conseguiu evitar uma chacina

  Marcelo Jacob Muller Murback, diretor da Associação Esportiva Saúde Física Itaipu, onde   Marcelo Arruda foi assassinado, estava com o assassino em um churrasco quando viu no celular as imagens da festa do petista. Em depoimento, ele disse que mostrou as imagens do circuito interno da Aresf a Guaranho, que olhou, viu que a temática era o PT e Lula , mas   se mostrou indiferente. Não demorou , ele saiu e foi direto para o local da festa de aniversário , onde chegou gritando “aqui é Bolsonaro!”. Ante a reação do aniversariante, que jogou um punhado de terra no carro dele, Jorge Guaranho foi até sua casa, deixou a mulher e o filho que estavam com ele no carro e voltou sozinho para matar. Já chegou no local da festa atirando e gritando que iria matar todo mundo. Pressentindo que ele voltaria, Marcelo Arruda pegou sua arma no carro e se preparou para o pior. E o pior só não foi pior, porque o aniversariante foi atingido e também atingiu o agressor, que pretendia promover ali uma verdade

Um perigo real

 Um leitor do blog faz uma observação, em sinal de alerta, pertinente: "É perigoso sair na rua com camisa do PT ou colocar adesivo de Lula no carro. Você pode estar passando na rua e levar um tiro de um bolsonarista".

Os números parecem quase irreversíveis. É aí que mora o desespero

  Em 2018 Bolsonaro ganhou de lavada em São Paulo, Rio e Minas, os três maiores colégios eleitorais do pais. Este ano as pesquisas apontam Lula disparado em São Paulo, liderando com folga em Minas e empatado com Bolsonaro no Rio. Bolsonaro vence em estados de menos densidade eleitoral, como Mato Grosso e Santa Catarina. No Nordeste, que tem cerca de 22% do eleitorado Brasileiro, Lula passa dos 60% de intenção de votos. O que se pergunta agora é se o pacote de bondade, colocado nas mãos de Bolsonaro pela PEC da vergonha vai reverter esse quadro a favor do presidente. Algum efeito deverá ter, mas não o suficiente para evitar a derrota. O que Bolsonaro quer desesperadamente é levar a disputa para o segundo turno, porque se no primeiro já anda fazendo o diabo para chegar lá, num eventual segundo turno fará o diabo e mais um pouco. Se mesmo assim não reagir, tentará dar o golpe, porque tudo o que ele não pretende, nem morto, é ter que deixar o poder. Ele sabe que, ao descer a rampa do P

É daí que nasce o ódio que provoca tragédias como a de Foz

  Bolsonaro se referiu a Marcelo Arruda como “ o cara que morreu em uma briga de duas pessoas”. Isso revela o que? Revela que Bolsonaro é   cruel, insensível e que tem total desprezo pelo ser humano e pela dor de uma família que é abatida por uma tragédia. Ele vive exaltando a morte e a matança e sugerindo a eliminação de adversários, como já havia feto em Rio Branco, no Acre, em 2018. Com um tripé de máquina fotográfica na mão, simulava uma metralhadora e gritava do palanque: “Vamos fuzilae a petezada”.   Nada surpreende em se tratando de alguém que já havia dito a uma canal de televisão que o “Brasil só vai melhorar quando tivermos aqui uma guerra civil, matando pelo menos 30 mil pessoas, começando pelo Fernando Henrique Cardoso”.

Um verdadeiro show de canalhice

  A "PEC da vergonha" aprovada hoje na Câmara é uma violência contra a ética e a moralidade pública. As instituições se calaram e a oposição no Congresso Nacional se acovardou. Ao aprovar o estado de emergência e dar um cheque em branco para Bolsonaro tentar comprar a reeleição, deputados e senadores escreveram seus nomes em uma das páginas mais tristes e vergonhosas da história do Brasil. Simples assim.

Vão se ferrar por ignorar Maquiavel

    Ciro Gomes continua atacando Lula, sem sequer prestar a atenção em Maquiavel, que o aconselharia: “ Esses ataques   engendram ódio contra você mesmo,   sem trazer-lhe qualquer vantagem”. O recado que o célebre autor de O Principe manda para Bolsonaro é mais duro: “Longe de enfraquecer seu adversário, que você criminosamente trata como inimigo, suas ameaças fazem   com que ele   levante a guarda, deixando-o cada vez mais próximo de perder a guerra”.    

Com medo da derrota Bolsonaro engole o ódio dos pobres

  “Nos últimos três anos e meio, ele assistiu ao aumento da fome e do desemprego e nada fez para mudar o quadro. Agora, vendo seu projeto de poder em risco e com muito medo de acabar na cadeia, quer abrir os cofres para tentar comprar os votos daqueles que mais dependem do estado”. . The Intercept Brasil  

O desprezo de Bolsonaro pela vida das pessoas e pela paz

  "Diante do ataque criminoso realizado pelo apoiador do bolsonarismo, o presidente Jair Bolsonaro tinha o dever cívico de solidarizar-se com a família da vítima e, muito especialmente, de condenar e desautorizar toda e qualquer forma de violência contra opositores políticos. No entanto, Jair Bolsonaro não fez nada disso. Em vez de promover a paz e defender a liberdade política de todos os cidadãos, como cabe a um presidente da República, preferiu aproveitar o episódio para escalar a provocação contra seus opositores políticos" . Jornal O Estado de São Paulo, em editorial .

Eis o resultado prático do discurso de ódio

  Desde 2018 o agente penitenciário Jorge José da Rocha Guaranho, vem repetindo o discurso de Bolsonaro, de que "é preciso armar a população e varrer o PT do mapa do Brasil". Sábado à noite ele passava em frente ao salão onde ocorria a festa de aniversário do guarda municipal Marcelo Arruda, tesoureiro do PT em Foz do Iguaçu. Ali, só estavam familiares e amigos do aniversariante, que havia decorado o salão com fotos de Lula. O bolsonarista Guaranho parou em frente ao local ouvindo música de exaltação a Bolsonaro e gritando alto: "Aqui é Bolsonaro!". O aniversariante saiu pra fora e pediu para o intruso se retirar. Bateram boca e o agente penitenciário saiu bravo ameaçando voltar. E voltou. Voltou armado e já entrou no salão atirando. O aniversariante, que por dever de ofício também tinha arma, revidou e depois de ser atingido, também atingiu Guaranho, que ele nem conhecia. A esposa do guarda municipal que é policial civil tentou segurar o atirador e sua interfer

É preciso compreender a farsa para evitar a tragédia

  Os ministros militares não queriam deixar Jango assumir a presidência após a renúncia de Jânio. A elite brasileira e a classe média idiotizada também não queriam, porque suspeitavam ser João Goulart um comunista. Ainda mais que ele estava retornando da China, onde , em missão diplomática, esteve com Mao Tsé-tung. Mas Jango era um estanceiro, de comunista não tinha nada. Era, porém,   um homem de ideias avançadas, preocupado com o social. Seu bom relacionamento com os trabalhadores, por meio dos sindicatos, incomodava os grandes empresários e provocava comichão nos militares. Mas ele precisava assumir, porque era assim que previa a Constituição da República.   O jeito foi tramar um remendo. Fizeram então o parlamentarismo, por meio de uma PEC (ah, as PECs!) , Jango assumiu como chefe de estado, mas não governava. Incomodado com o seu papel de rainha da Inglaterra, Jango manobrou para ter um plebiscito. Teve e a população derrubou o sistema gestado nas coxas. João Goulart passou a go

Câmara em tempo de avacalhação

  Os bilhões do orçamento secreto que Bolsonaro bota nas mãos de Arthur Lira, para que ele distribua entre os parlamentares , via emendas do relator,   é a versão ampliada por 10   vezes do mensalão. Acho que nunca o Congresso Nacional, aí incluindo o Senado, se deixou avacalhar tanto como agora. O descaramento chegou ao ponto de se votar uma PEC com um estado de emergência fictício, só para permitir que Bolsonaro tente comprar a sua reeleição. A esperança de que o caos não se prolongue por mais quatro anos é que o voto da gratidão está perdendo terreno no Brasil. Pelo menos é o que detectam   cientistas políticos, embora eu prefira aguardas as duas próximas rodadas de pesquisa para tirar a prova dos nove.  

Pacheco não consegue disfarçar seu apego a Bolsonaro

  O parágrafo 3º do artigo 58 da Constituição Cidadã reza expressamente que para a Câmara ou o Senado instalar uma CPI basta que hajam três coisas: número mínimo de assinatura dos parlamentares , fato determinado e prazo de duração da mesma. Não fala nada que não pode ser instalada em período eleitoral ou seja lá que período for. Então, por que o presidente do Senado Rodrigo Pacheco está criando dificuldades para mandar instalar a CPI da roubalheira no Ministério da Educação, como já havia feiro com a da Covid? Claro, pra proteger Bolsonaro. Hoje, quando ele tentava se explicar, igual a criança cagada, quem estava ao lado de Pacheco? O ex-presidente da Câmara Alta, David Alcolumbre, o bolsonarista que manipula no Parlamento, ao lado do vomitável Arthur Lira, o Orçamento Secreto. Entenderam?  

O mais baixo nível da história

  Na verdade, as bravatas de Bolsonaro, que ameaça dar golpe dia sim e dia também, preocupa menos do que o comportamento deletério para as finanças públicas adotado pelo Congresso Nacional, principalmente pela Câmara dos Deputados. É estarrecedor ver que sob a presidência de Arthur Lira, a Câmara se apoderou da chave do cofre e passou não apenas a legislar e fiscalizar o Executivo, como é seu papel constitucional, mas também a administrar o orçamento da União. O que é pior: administrar de maneira nada republicana, valendo-se de imoralidades como o orçamento secreto, que prevê R$ 19 bilhões para o ano que vem, a serem drenados dos cofres públicos via emenda do relator, uma imoralidade sem tamanho.   É a pior composição do parlamento desde que acompanho a política brasileira, como jornalista e como cidadão, profissão esperança. Participei no final dos anos 80, do estágio universitário, organizado pela 4ª. Secretaria, por indicação do saudoso deputado Walber Guimarães. E fui, junto com

Que entre em vigor a Constituição de Capistrano

  É isso mesmo: 60% do dinheiro do FUNDEB É proveniente de ICMS, imposto dos estados e municípios. Para baixar eleitoreiramente a gasolina, Bolsonaro faz chantagem com os governadores e os obriga a baixar as alíquotas, provocando um rombo nunca antes visto no orçamento da educação, com prejuízos diretos para o estados e principalmente para os municípios. Isso terá reflexo direto na qualidade da educação e principalmente da merenda e no transporte escolar. Tudo isso porque Bolsonaro foi incapaz de mudar a política de preços da Petrobras e precisa colocar no rabo do povo, sem que o povo perceba, para alavancar sua candidatura à reeleição. De quebra, tem a ajuda do centrão e a capitulação covarde da oposição, que no Senado votou maciçamente a favor da "Pec da Vergonha". Por falar nisso, que tal relembrar a Constituição de Capistrano de Abreu, aquela de apenas dois artigos: "Artigo 1º - Todo brasileiro deve ter vergonha na cara." "Artigo 2º - Revogam-se a

A imoralidade em estado bruto

  Orçamento secreto. O nome já diz tudo. Nenhum governo brasileiro lançou mão de instrumento tão espúrio. Se é secreto   significa que as verbas distribuídas por parlamentares nas suas bases não obedecem a nenhum critério de transparência. Só em junho foram liberados R$ 5,678 bilhões de emendas do relator, com base no orçamento secreto. E para o ano que vem, já contando com a reeleição, Bolsonaro destinou R$19 bilhões para a compra de base parlamentar. Por traz de toda essa sujeira está o presidente da Câmara Arthur Lira, um dos líderes do centrão, sem dúvida o câncer da política brasileira.

A oposição se acovarda e Bolsonaro comemora

  Não creio que o pacote de bondades vá provocar alguma alteração substancial na tendência do eleitorado, mas de qualquer maneira a aprovação quase unânime pelo Senado foi um capítulo triste na história daquela Casa. O Senado da República   existe como poder revisor e nunca como mero carimbador de decisões da Câmara dos Deputados. Nesse caso específico a degradação moral atingiu o Congresso Nacional como um todo. Deputados e senadores varreram do mapa a legislação eleitoral que proibia abuso do poder econômico em período eleitoral, ainda mais com dinheiro público. A oposição, totalmente acovardada, engoliu o porco espinho com casca e tudo. Bolsonaro passou 3 anos e meio sem mover uma palha no combate à fome e faltando três meses e pouco pra eleição recebe um cheque em branco para ações eleitoreiras que durarão só até as eleições de outubro. E para justificar a passada de trator sobre a lei eleitoral, o lacaio Fernando Bezerra Coelho (relator da PEC da vergonha) incluiu na proposta de