Ernesto Araújo ia cair mesmo, porque a pressão pela demissão do pior ministro das relações exteriores da história do Brasil era grande. Mas ninguém esperava que de uma hora para outra, Bolsonaro iria mexer tanto em seu ministério. E o fez, pelo que se torna claro, para agradar o centrão, sua faminta base parlamentar, formada pelo que há de mais fisiológico na política brasileira. Mas ao bagunçar o tabuleiro da esplanada dos ministérios, Bolsonaro deixou insatisfeita a caserna. Ele demitiu simplesmente o general Fernando Azevedo e Silva do Ministério da Defesa. Fez isso, como ficou muito claro, com o objetivo de abrir espaço para a sua faminta base aliada no Congresso Nacional. O general saiu dando um tiro de bazuca para o alto, como que se quisesse alertar as instituições: “Sempre preservei as Forças Armadas como instituições de Estado” . É mesmo? Quem será que não vê as três armas dessa forma? Bem, não é nem um pouco difícil imaginar.
MESSIAS MENDES - Informação e análise, com o máximo de isenção e imparcialidade. Meu compromisso? É nunca afrontar a realidade dos fatos.