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Mostrando postagens de fevereiro, 2021

Ele é o grande culpado, sim senhor!

  O governo brasileiro esteve com a faca e o queijo não mão para comprar 70 milhões de doses da vacina da   Pf izer no ano passado e Bolsonaro não quis. Depois lhe foram oferecidas 150 milhões de doses da Coronavac, que já estariam sendo aplicadas ,e novamente o presidente esnobou, dizendo que não compraria vacina chinesa, que quem tomasse poderia virar jacaré. Mal sabia ele que mais da metade dos insumos da indústria farmacêutica mundial é produzida na China e a quase totalidade dos insumos das vacinas são de lá ou da Índia. Portanto, se o Brasil tivesse um presidente de fato, já teria imunizado metade da população   e a situação, claro, não estaria nesse pé. Some-se aos agravantes da crise sanitária sem precedentes no país, o fato de Bolsonaro desestimular o distanciamento social e fazer um discurso criminoso contra o uso da máscara.

Pois é, por quê?

  O governo quer privatizar a Eletrobrás por quê? Porque é uma estatal de vital importância   estratégica para o Brasil? Porque teve um lucro de R$ 30 bilhões   nos últimos três anos e os “urubus” do capitalismo     estão   sobrevoando sobre ela? Porque   faz parte do projeto de desmonte do estado brasileiro? Porque , dane-se os consumidores, o que interessa é elevar a conta de luz   para ferrar o pobre e o remediado? Não se iludam:   atrás da Eletrobrás vem a Petrobras, as estatais de   água e luz dos estados, vem o Banco do Brasil, vem   a   Caixa Econômica. O Correio já entrou na   dança. O que querem que o ventríloquo do Planalto faça, devidamente   manipulado pelo banqueiro Paulo Guedes, é mesmo acabar com a saúde, com a educação, com as políticas sociais, com o cacete a quatro. Tudo isso acontecendo e as instituições sem nada fazer, a mídia tradicional   batendo tambor para celebrar a desgraça   e o erário pagando as carpideiras para chorar a morte das quase 300 mil

A cobertura canalha da política de preços da Petrobrás

  Chega ao nível do descaramento a maneira enfática como os veículos tradicionais de comunicação e jornalistas de economia defendem a privatização e mentem sobre a necessidade do país importar derivados de petróleo a preços estratosféricos. Ao mesmo tempo, sonegam a informação sobre a auto-suficiencia que o Pre-Sal conferiu ao país e e ignoram o sucateamento deliberado (e criminoso) das refinarias nacionais, parcialmente desativadas a partir do governo Temer. É o caso ,por exemplo, das refinarias Getúlio Vargas, no Rio Grande do Sul, Paulínia, em São Paulo e Araucária , no Paraná. Ouvir Carlos Alberto Sardenberg, Mírian Leitão, Vera Magalhães e outros, defendendo a atual política de preços da Petrobrás é de dar ânsia de vômito. Claro, não dá pra apoiar a estupidez com que Bolsonaro agiu para conter a alta dos combustíveis, mas também é entreguismo demais defender o atrelamento dos preços do diesel e da gasolina na bomba ao dólar e às cotações internacionais do barril de petróleo. M

Reflexão de uma manhã ensolarada

Não vamos apagar 2020 do nosso calendário gregoriano. Ele foi duro ,dificílimo, porém de grandes aprendizados. A história vai contar, quando a esmagadora maioria de nós não seremos mais nem vagas lembranças , que 2020 foi o ano da valorização da vida, do destaque da solidão como um bem e não como um mal da humanindade. Foi,   sobretudo , o ano em que a solidariedade humana esteve acima e além de tudo. Dia 1º. De janeiro, torci para que   2021 chegue chegando, nos brindando logo de cara com a vacinação em massa contra a Covid 19 e com a disseminação do germe da paz. Isso não aconteceu ainda e se depender do presidente da república, esquece. Mas o Brasil é bem maior do que o dublê de ditador que ocupa a principal cadeira do Palácio do Planalto. E vamos vencer, não só o corona, como também o bolsonavírus.  

A ditadura e as manchas de sangue espalhadas pelo mapa do Brasil

           . Por  Elio Gaspari , em  O Globo :     Em 1974, quando Elzita Santa Cruz de Oliveira procurava seu filho Fernando, escreveu cartas a chefes militares contando seu caso, e um tenente-coronel acusou-a de caluniar o Exército, pois “seria desonrar todo nosso passado de tradições, se nos mantivéssemos calados diante de injúrias ora assacadas contra nossa conduta de soldados da Lei e da Ordem que abominam o arbítrio, a violência e a prepotência”. Meses depois, o mesmo tenente-coronel estava na sala do comandante do II Exército, general Ednardo D’Avila Mello, quando o ministro Sylvio Frota interpelou-o por que um oficial da Polícia Militar de São Paulo “tinha sido insultado e agredido a socos durante um interrogatório” no DOI. Nas palavras de Frota: “Não é possível, Ednardo, que isso aconteça! Você deve tomar enérgicas providências. É preciso mudar, logo, alguns dos oficiais que trabalham no DOI; substituí-los, porque estão ocorrendo exageros que não podemos admitir.”

Uma dolorida reflexão domingueira

  Há quase   dois anos   o filósofo Marcos Nobre previu que chegaríamos a fevereiro de 2021 com o Brasil dando mais um passo atrás. Na época, ele chamou isso de “uma profunda inflexão na institucionalidade democrática”,   promovida   por Jair Bolsonaro e com anuência das próprias instituições. Desgraçadamente esse desastre começou a se materializar com as “eleições$” de Arthur Lira, para a presidência da Câmara e Rodrigo Pacheco, no Senado. Com os dois fatos, o Centrão toma conta do parlamento e a oposição, acuada pela sua própria falta de articulação política, só assiste ao Bozo passar a boiada.   O resultado prático da tragédia é a convalidação de uma pauta (sacana e hipócrita) de costumes e a abertura de espaço para que o governo entregue de vez à iniciativa privada, inclusive ao capital internacional, estatais importantes para a nossa soberania. Some-se a isso o afrouxamento cada vez maior da fiscalização dos biomas   e a aceleração na retirada de direitos, iniciada pelo vampiro

Nassif fala do Reinaldo pós-Caminho de Damasco

  Luis Nassif elogia o artigo de Reinaldo Azevedo no portal UOL sobre o fim da Lava-Jato, mas sem deixar de lembrar a postura do brilhante jornalista durante o processo de impeachment e no início da operação comandada por Sérgio Moro. É importante que não esqueçamos o passado das pessoas, mas louvemos o seu presente, ainda que para chegar ao que é hoje, tenha trilhando o Caminho de Damasco para se converter ao legalismo. Leio Reinaldo com os olhos de Nassif, mas celebro a nova postura do   escriba que se tornou capaz de produzir parágrafos tão densos e tão necessários quanto este:   “ A Lava Jato de Curitiba acabou? Nem morrer sabe o que viver não soube. Na despedida, operação anuncia ter pedido R$ 15 bilhões em reparação aos cofres públicos. Entre pedir e conseguir, vai uma distância. E quanto custou a destruição da indústria de construção de base no país? E quanto custou em empregos? E quanto custou em agressão ao estado de direito e ao devido processo legal? E quanto custou e tem

A máscara de Sérgio Morro caiu de vez

  A revista Veja publica parte dos diálogos entre o juiz Moro e os procuradores da Lava Jato, disponibilizada pelo STF à defesa de Lula. Segundo o jornalista Luiz Nassif é um escândalo monumental, uma peça vergonhosa do sistema criminal brasileiro. "A invasão do quarto do casal Lula-Letícia, os colchões revirados, o notepad do neto carregado por policiais truculentos, a exposição impiedosa à máquina de moer reputações da mídia".   Esse fato   foi apenas uma parte dos muitos abusos cometidos contra o ex-presidente. Nassif   lembra que   o histórico de abusos   de Sergio Moro, um juiz de província,   era sobejamente conhecido dos ministros Barroso e Fachin,   que endossaram   todos os abusos da “República de Curitiba” por Moro comandada.  Enfim, os dois ministros do STF endossaram, segundo o jornalista, a selvageria, o estímulo aos linchamentos morais. O comportamento do juiz e de Deltan Dallganol, chefe dos procuradores, permitiram a destruição de empresas e instituições. En

Promessa de sangue e ameaça à democracia

  A  análise é do professor Daniel Aarão Reis,  da pós-graduação em História na Universidade Federal Fluminense  e  foi feita em maio. Mas agora, com a vitória dos candidatos de Bolsonaro na Câmara e no Senado, o cenário político para 2022 fica extremamente perigoso. Pelas razões que o historiador já destacava: “Bolsonaro constituiu um dispositivo de milicianos e paramilicianos ligados às polícias militares que não vão aceitar a alternância de poder em caso de derrota no projeto de reeleição do atual presidente. Isso pode acontecer em 2022 com a ação dos grupos radicais que se mobilizaram no final dos anos 1970 para desestabilizar o processo de transição para a democracia no país, praticando uma série de atentados.   Trata-se de um pessoal truculento, agressivo e tá muito autoconfiante. Têm armas na mão e, provavelmente, vão usá-las se não forem dissuadidos”.  

A justiça é cega, pero no mucho...

  Então é assim: o juiz , que está ali para julgar com base nos autos, ataca de acusador. O acusador, no caso o promotor de justiça, tira sarro no réu   chamando-o de “nove”, em alusão a um acidente de trabalho que o deixou com quatro dedos em uma das mãos. Precisa ser da área do Direito pra saber que isso   é lawfare ? Pois é, trata-se   apenas um detalhe entre as centenas de provas cabais de que o juiz Sérgio Moro e o procurador Deltan Dallagnol agiram politicamente para prender um ex-presidente da república e afastá-lo de uma nova disputa eleitoral. Se com tudo o que está vindo à tona o STF não anular a sentença de Moro sobre o tríplex e a da juíza que copiou Moro em tudo para repicar uma condenação no caso do Sitio de Atibaia, aí meu amigo, pode se exasperar porque não será mais possível acreditar na justiça brasileira.

Bolsonaro aposta na morte

  É de 1,1 milhão o número de pessoas com armas de fogo, 65% a mais que em 2018. Bolsonaro coloca revolveres e pistolas nas mãos dos brasileiros (os que podem comprar, evidentemente) , enquanto negligencia a segurança pública, que é responsabilidade do estado. Para o deputado federal Marcelo Freixo, “o presidente adota medidas que favorecem o crime organizado, aumentam a violência e ameaçam a democracia”