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Há golpe

Elio Gaspari No sábado, dia 25, a senadora Rose de Freitas, líder do governo de Michel Temer no Senado, disse o seguinte: “Na minha tese, não teve esse negócio de pedalada, nada disso. O que teve foi um país paralisado, sem direção e sem base nenhuma para administrar.” Na segunda-feira, dia 27, a perícia do corpo técnico do Senado informou que Dilma Rousseff não deixou suas digitais nas “pedaladas fiscais” que formam a espinha dorsal do processo de impeachment. Ela delinquiu ao assinar três decretos que descumpriam a meta fiscal vigente à época em que foram assinados. Juridicamente, é o que basta para que seja condenada por crime de responsabilidade. (Depois a meta foi alterada, mas essa é outra história.) Paralisia, falta de rumo e incapacidade administrativa podem ser motivos para se desejar a deposição de um governo e milhões de pessoas foram para a rua pedindo isso, mas são insuficientes para instruir um processo de impedimento. Como diria o presidente Temer: não “está no l

Olha quem está no listão da Odebrecht !

Além de Aécio Neves, presidente nacional do PSDB, a lista do executivo da Odebrecht Benedicto Barbosa traz os luminares da oposição, que aparecem como "parceiros históricos"; entre eles estão os senadores José Agripino Maia (RN), presidente do DEM, Cássio Cunha Lima (PB), líder do PSDB, José Serra (PSDB-SP), apontado como o principal conspirador pelo impeachment, o líder do PSDB na Câmara, deputado Antônio Imabassahy (BA), além do presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), e do governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB); após a divulgação da lista na imprensa, o juiz Sérgio Moro determinou seu sigilo .   . Site 247

Brasil precisa diversificar consumo de feijão, diz Ibrafe

O presidente do Instituto Brasileiro do Feijão e Pulses (Ibrafe), Marcelo Lüders, disse que é preciso construir uma política de diversificação do consumo de feijão no país. Segundo ele, o hábito do brasileiro de consumir prioritariamente feijão-carioca deixa o país e os produtores muito dependentes. Então, quando há algum problema na safra, como ocorreu atualmente por causa da seca prolongada, há aumento do preço do produto.  Entre 15 de maio e 15 de junho, o preço do feijão subiu 16,38%, de acordo com o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo – 15 (IPCA-15). O índice serve de prévia para o IPCA, que mede a inflação oficial. Segundo Lüders, já há um entendimento dentro da cadeira sobre a diversificação dos tipos de feijão. “Se o consumidor estivesse habituado a ter uma variedade constante de feijão-branco, vermelho, rajado, caupi, por exemplo, neste momento [de aumento de preço do carioca] iria consumir mais os outros, que poderiam ser importados da China, dos Estad

Sensibilidade de elefante

"Olha só a sacanagem que fizeram com o trabalhador rural agora de manhã na Avenida Sophia Rasgulaeff. Os fiscais levaram as laranjas e melancias do coitado. Quero ver se eu estivesse lá se iriam levar. Ameaçaram ainda a mulher que tirou foto da apreensão. O coitado trabalhando de domingo pra sustentar a família e acaba voltando pra casa com prejuízo. Pra onde essa mercadoria foi levada? Administração podre pior que fruta estragada".     . Blog do André Almenara Pois é, esta é a administração cidadão do condomínio barroso. É ou não é uma sensibilidade de elefante?

É caso para investigação

“Enquanto a Consist do Paulo Bernardo cobrava R$ 1,25 (o valor real seria R$ 0,30)  a Zetra Sof, contratada pelo governo Beto Richa, cobra R$ 2 reais por transação de consignados”. Blog do Cícero Catani Bem, se cobrando R$ 1,25 a Consiste conseguiu formar um propinoduto de mais de R$ 100 milhões, o que não faria com uma taxa operacional de R$ 2 em cada empréstimo consignado para servidor público? Catani informa que a Zetra Soft, contratada pelo governo do Paraná, gerencia um banco de dados com informações de todos os funcionários públicos estaduais, atendendo a demanda de 25 instituições financeiras. O deputado estadual Requião Filho já fala em levar o caso para o Gaeco investigar.   “Queremos saber como se deu a contratação da Zetra Soft pelo Governo do Paraná, se houve processo licitatório, se a empresa foi beneficiada de alguma forma com a aprovação do PL 920/2015 que alterou as consignações em folhas de pagamentos dos servidores públicos. Vamos investigar e cobrar e

Ricardo Barros e Antônio Nardi tratam o Ministério da Saúde como empreendimento familiar

por Fábio Mesquita, especial para o Viomundo Alguém precisa avisar o engenheiro e ministro interino Ricardo Barros e o secretário-executivo Antônio Nardi que o Ministério da Saúde do Brasil não é a Secretaria Municipal de Saúde de Maringá. Barros foi prefeito desse município paranaense e Nardi, seu secretário municipal de Saúde. Coincidentemente, Nardi e Ricardo Barros tratam hoje o Ministério da Saúde como se fosse um empreendimento familiar de Maringá. O Brasil tem mais de 200 milhões de habitantes, com 70% da população dependente do Sistema Público de Saúde e os outros 30% da iniciativa complementar do SUS que o senhor Ministro não quer controlar, embora seja sua responsabilidade legal. Talvez só pela coincidência ele tenha sido financiado em parte por plano de saúde. Desde a sua posse, passaram-se 40 dias  e até agora não há secretário definitivo para a Secretaria de Vigilância em Saúde (SVS), à qual cabe, por exemplo, controlar zika, chicungunha, dengue e H1N1 no

A 3a. via solta o verbo

Fernando Taquari, no Valor Disposto a enfrentar Luiz Inácio Lula da Silva pelo voto dos eleitores de centro-esquerda nas eleições de 2018, o ex-governador Ciro Gomes (PDT) prepara sua terceira candidatura à Presidência. Ciro, que coloca Lula como um dos responsáveis pelo impeachment e pelo esquema de corrupção na Petrobras, ao patrocinar a aliança entre o PT e PMDB, afirma que é necessária uma terceira via para romper a polarização entre petistas e tucanos que, em sua opinião, beneficia uma escória que agora tenta tomar o poder na marra. Filiado ao PDT desde 2015, depois de passar por outras seis legendas desde que iniciou a carreira política, em 1983, Ciro aposta que a delação do ex-presidente da Transpetro Sérgio Machado, que coordenou sua campanha a prefeito de Fortaleza, em 1988, não deixará “pedra sobre pedra” no meio político, além de revelar ao povo as contradições do presidente interino Michel Temer ao apresentá-lo como um “homem da propina” pelo suposto pedido de r

Os descaminhos de Ricardo, o obstinado

De  René Ruschel , na  CartaCapital : O ministro interino da Saúde, deputado Ricardo Barros, é um homem obstinado pelo poder. A percepção é compartilhada entre seus aliados tanto quanto os opositores.   “Se no início da carreira ele já era uma máquina de triturar adversários, imagino que agora tenha se transformado em um tsunami”, confidenciou um ex-assessor que prefere manter o anonimato. O “início da carreira” foi em 1988, quando se elegeu prefeito de Maringá (PR), com apenas 29 anos de idade. A época, seu capital eleitoral era a memória do pai, Silvio Magalhães Barros, que na década de 1970 fora prefeito e deputado federal pelo Movimento Democrático Brasileiro (MDB). A partir de então, instalou no município a sede do seu QG político, que mais tarde se transformaria numa espécie de principado familiar.   Uma estrutura político-partidária cujos tentáculos têm um único objetivo: torná-lo o grande líder político do estado. Até o momento, o projeto é exitoso.   Em

Sadismo e economia de palito de dente no banquete

Por Miguel do Rosário, no blog O Cafezinho: A mesquinharia do governo não é apenas ridícula. É sádica. Vingar-se nos mais pobres é uma decisão política inacreditavelmente sórdida. A economia do governo, ao não pagar o bolsa família com reajuste de 9%, é de R$ 1 bilhão. Enquanto isso, o mesmo governo deu reajuste a juízes e procuradores que representam quase R$ 60 bilhões em gastos adicionais. Ou seja, quem ganha R$ 200 mil ao mês, terá um generoso reajuste, enquanto o cidadão que depende de R$ 162 para comprar alimentos para seus filhos, teve negado miseráveis R$ 14 de aumento!

O desastre do estado mínimo

O que será do Brasil sem uma bandeira de união nacional? E pior, sem ter ninguém que a impunha, com capacidade e espírito de liderança? A situação , tendo em vista este fato concreto, é particularmente grave. A avaliação que faz o  paranaense Roberto Requião em discurso no Senado é sombria. E sobre ela as lideranças políticas, ditas nacionalistas precisam refletir. Na verdade, diz Requião : “ O governo interino está buscando alucinadamente conseguir alguma “legitimidade” ou sustentação por meio da servidão ao mercado financeiro. Para isso está entregando todos os instrumentos de soberania econômica nacional aos dogmas do mercado. Vou me ater especificamente à iniciativa de limitar arbitrariamente o endividamento público e o gasto público em dois projetos legislativos diferentes. O primeiro já tramitando no Senado desde o ano passado por iniciativa do senador e atual Ministro José Serra e o segundo de iniciativa do Ministro Henrique Meirelles.   Em primeiro lugar, devemos l