Regressão aos direitos trabalhistas. Era isso que movia a
mídia, o grande empresariado e boa parte de deputados e senadores que do povo
só querem o voto. Ninguém estava preocupado com o combate à corrupção
coisíssima nenhuma. E aquele exército de pessoas de bem, movido pela
ingenuidade foi pras ruas de verde e amarelo gritar “fora Dilma!”, “”Lula na
cadeia” e “o PT banido da política brasileira”. Enquanto isso, corruptos de
vários outros partidos, como PSDB, PMDB e PP,voavam em céu de brigadeiro.
Está claro agora que o combate à corrupção era apenas
pretexto para que se pudesse tramar o golpe com mais tranqüilidade, sem que a
população se apercebesse da tramóia.
Michel Temer está mostrando a que veio. Até elevação da jornada de
trabalho para 12 horas diárias está sento proposta, o que acaba legitimando
aquela afronta do presidente da CNI com
sua proposta de 80 horas de trabalho por semana no Brasil.
Isso é apenas o começo, porque a retirada de direitos dos
trabalhadores vem em cadeia, para delírio do patronato e desespero do que dependem
única e exclusivamente da sua força de trabalho para sobreviver. Não pensem que
haverá contemplação no que diz respeito
ao desmonte do estado social, não.Muito menos não contem com bom senso
do governo Temer, porque isso não existe. Lamento ter que repetir essa
obviedade: os pobres que ainda celebravam o fato do Brasil sair do mapa da
fome, têm agora razões de sobra para ficar com a pulga atrás da orelha. Como diria Zé de Tatainha: "a rapadura é doce mas não é mole e quebra os dentes se você mordê-la ao invés de chupá-la".
E assim, Temer vai construindo o que ele chamou de "Ponte para o Futuro", mas que todo mundo sabe que não passa de uma pinguela para o abismo.
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