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O dia em que um juiz de 1a. instância tripudiou sobre um desembargador

Sempre ouvi dizer que decisão judicial não se discute, cumpre-se e depois recorre-se, para anulá-la se for o caso. E o que acontece quando um juiz de primeira instância desqualifica o despacho de um magistrado hierarquicamente acima dele? O juiz Moro parece mesmo ter se transformado numa espécie de “vaca sagrada” da mídia tradicional, principalmente do sistema Globo de Comunicação. Durante toda a tarde de ontem e manhã de hoje,  os “juristas” globais (Gerson Camarotti, Merval Pereira e pasmem, até o dublê de analista econômico, Sardemberg) detonaram o desembargador Rogério Favreti, sem no entanto fazer qualquer referência a atitude descabida (neste caso específico) do juiz de primeira instância Sérgio Moro, que cada vez mais, se auto-declara algoz do ex-presidente Lula. Hierarquicamente abaixo de Favreti, Moro tentou desqualificar o despacho do desembargador do TRF-4, questionando a sua competência para decidir favoravelmente a um pedido de habeas corpus em favor do réu preso

O xadrez da sucessão

O PT vai levar a candidatura do Lula até 15 de agosto, data limite para registro das chapas de presidente no TSE.   Só apartir de então, o Tribimal Superior Eleitoral vai examinar as condições de elegibilidade (ou inelegibilidade) de Lula e dos demais concorrentes. O que deverá acontecer é que Lula não passará pelo filtro daquela corte, que é presidida pelo ministro Luiz Fux. Mas caberá recursos e aí, Lula continuará candidato, porque a Lei Eleitoral prevê que enquanto não se esgotar a possibilidade de recorrer, o petista será candidato. Moral da história: engana-se quem pensa que o Partido dos Trabalhadores está pensando em plano B. Essa realidade   aumenta as chances de Bolsonaro, que exatamente por isso vai continuar buscando a polarização com Lula, colocando-se no outro extremo e, claro, alimentando a PTfobia, que pode ser traduzida nessa carga irracional de ódio do petista que toma conta do país. É possível que tenhamos um quadro diferente quando a campanha começar pra

Vão, enfim, corrigir as cagadas do "Transtorno Norte"

” O deputado federal Ricardo Barros (Progressistas) e o coordenador de projetos governamentais da Prefeitura, Marco Meger, se reuniram, nesta quarta-feira (4), com o diretor de planejamento e pesquisa do DNIT, André de Araújo, para tratar do projeto de duplicação dos viadutos do Contorno Norte. Barros destacou ao DNIT a relevância do projeto para […]”. . Blog do Diniz Neto Meu comentário:  continuo intrigado com o fato de que ninguém questiona o absurdo que foi fazer   o Contorno Norte , que eu prefiro chamar de Transtorno Norte, com aqueles viadutos saci. E nisso não culpo apenas os irmãos Barros (Ricardo e Silvio). O governo do PT também pisou feio na bola, ao liberar , via Ministro Paulo Bernardo, esta anomalia. Lembro  que em 2006 , quando o então Ministro do Planejamento  assinou a primeira ordem de serviços para a execução do projeto, o custo anunciado para a obra era de R$ 176 milhões. Acabou passando dos R$ 400 milhões. Um escárnio. Nunca é demais ressaltar que o Co

DEIXEM-NO FALAR!

De um comentarista da Jovem Pan sobre Bolsonaro: “Querem derrotar Bolsonaro? Deixe-no falar. Abram os microfones e deixem-no falar à vontade. Porque qualquer eleitor medianamente informado verá que ele não tem condições mínimas de ser presidente. É um tosco, com total desconhecimento sobre a natureza da atividade pública. Não sabe direito nem qual é na verdade o papel de um parlamentar, mesmo sendo deputado de vários mandatos. O que esperar de um presidenciável que diz que o sistema carcerário brasileiro não está saturado, porque preso é mesmo para ficar empilhado? Qque presidenciável repetiria que seu negócio é comer gente? Ou diria que os quilombolas não servem nem para procriação e que são pesados em arroba?”. 

Eram todos pobres, quase todos pretos...

A primeira edição de CAPITÃES DA AREIA, que saiu em 1937, pouco depois de implantado o Estado Novo, foi apreendida e queimada em praça pública. A segunda edição circulou só em 1944, como se a grande obra de Jorge Amado surgisse das cinzas, tal qual uma Fênix. Li CAPITÃES DA AREIA quando fazia o curso de admissão ao ginásio no Grupo Escolar Loyde Novaes, hoje Escola Estadual Brasílio Itiberê, na Zona 2. Tempos atrás, passando por um  cebo no Largo da Ordem, em Curitiba, me deparei com um exemplar da 65ª. edição de CAPITÃES DA AREIA. Comprei-ô-ô, para presentear a mim mesmo. Mas não o havia lido. Só agora, mexendo num guardados aqui em casa, localizei o livro, que estou devorando nesses dias de Copa do Mundo e período pré-eleitoral. Editado em várias línguas (seguramente mais de 10) e adaptado para o teatro e para o cinema, a vida dos meninos de rua da Salvador dos anos 30, traduzida de maneira quase profética pelo grande escritor baiano, é um retrato de ponto grande dos dias atuais. 

A tocaia

O deputado Wadih Damous (PT-RJ) chamou de "tocaia judicial" a decisão do ministro Edson Fachin, de cancelar o julgamento da segunda turma, do pedido de liberdade de Lula. Na visão de Jorge Amado seria uma "Tocaia Grande".

Não foi uma entrevista, mas um interrogatório

O INTERROGATÓRIO DE MANOELA NO RODA VIVA Eu tinha assistido ao programa na segunda e revi agora no Youtube. Realmente a bancada do Roda Viva tentou o tempo todo fazer picadinho da presidenciável do PC do B, Manoela D´ávila. Mas não conseguiu, porque ela é muito preparada e escapou com maestria de todas as armadilhas criadas durante aquilo, que não foi uma entrevista, mas um interrogatório. Não queriam, na verdade saber sobre o programa de governo e sobre as ideias da pre-ca ndidata, queriam sim, falar mais do Lula e porque ela, a Manoela, achava que ele está preso por uma condenação sem provas. Queriam saber porque ela apoiava os massacres promovidos por Stálin, quando em nenhum momento ela deu a entender tal apoio. Um "entrevistador", que por estranha coincidência é da coordenação de campanha do Bolsonaro, insistia em querer culpar Manoela pelas agruras que sofreram seus avós ao fugir da Alemanha Nazista e de outros parentes seus que comeram o pão que o diabo ama

Para entender melhor o fenômeno Bolsonaro

         Que pode ser explicado  melhor a partir de Darwin de que de Freud Ninguém fez com tanta precisão até agora o retrato de Jair Bolsonaro como o colunista da Folha de São Paulo, Josias de Souza   faz hoje em seu blog no UOL. Resumidamente, ele diz que a atração que o candidato exerce sobre parte considerável do eleitorado brasileiro está , não na sua longa história de deputado de vários mandatos, que nem merece registro,   mas está no discurso do atraso.   Para   se saber melhor quem é este ser, que não veio de Marte, mas é figura carimbada da política brasileira, e compreender, afinal, porque ele exerce tamanho fascínio em tanta gente ,   Josias é cirúrgico: “Bolsonaro é o efeito. A causa é a perpetuação de um sistema político em que o Estado não tem homens públicos. Os homens públicos é que têm o Estado. Ao perceber que paga mais impostos para receber menos serviços, o pedaço Bolsonaro do eleitorado acha que o futuro era muito melhor antigamente, quando os preside

A quem interessa essa guerra de babuínos?

Ciro critica o PT, o PT critica Ciro. O Partido dos Trabalhadores quer para si o monopólio da esquerda e para deixar claro que nenhum outro candidato cisca no terreiro do Lula, afaga Manoela e Boulos e joga Ciro no colo da direita. Asfixiado, o ex governador do Ceará não procura, mas também não descarta o DEM e nem o PP. Enquanto isso, o PMDB mantém a pré-candidatura do cadavérico Henrique Meireles, que segue quase sem pontuar, e  cada vez mais praguejado por quem vê nele o legítimo representante do triunvirato que domina a economia brasileira, cuja sigla é BIS – Bradesco, Itaú e Santander. Marina, sempre esquálida politicamente e num partido que é zero em densidade eleitoral, segue na segunda colocação, num cenário sem Lula e que tem Bolsonaro na liderança. Trocando tudo isso em miúdos, a leitura a ser feita desse quadro, traz mau agouro ao país. O campo progressista, que tem o PT como principal protagonista, caminha para as eleições cheio de fissuras, aprofundadas cada vez mai

Conspiração e perseguição contra Lula

                                                    HELIO FERNANDES (Tribuna da Imprensa)                                                                 Começou na primeira instancia federal, passou para a segunda, TRF-4. Foi percorrendo caminhos enrustidos, depois ostensivos, lastreados por juristas, com aspas ou sem elas. O objetivo era a prisão, a justificativa, torná-lo inelegível, impedir que se tornasse presidenciável invencível, como informam e confirmam todas as pesquisas. Para impedir que fosse candidato, e ao mesmo tempo, pudesse ser condenado em segunda instancia, o expediente foi facílimo e cumprido sem qualquer tropeço ou obstáculo. 9 anos de condenação antes,a seguir, mais 3 anos, configurando a segunda condenação e a possibilidade da sua prisão. Como este repórter escreveu desde o primeiro momento, e como era conspiração, rigorosa unanimidade. Os 3 desembargadores federais de Porto Alegre, sem o menor constrangimento, emprestaram

Lava Jato constrangeu testemunha

                                        . Luis Nassif  (Jornal GGN ) O escândalo não é exatamente uma novidade. Foi reportado pela primeira vez em furo jornalístico do Conjur. Em abril de 2016, o portal divulgou gravação em que agentes da Lava Jato em Curitiba aparecem constrangendo testemunhas para montar uma denúncia contra Lula envolvendo o sítio de Atibaia. Nesta semana, uma delas depôs diante do juiz Sergio Moro e confirmou os relatos de abusos praticados na origem da investigação. A esposa e filho de 8 anos de Lietides Pereira Vieira foram retirados de sua residência e levados por policiais armados e procuradores de Curitiba, entre eles o doutor Januário Paludo, para o sítio de Atibaia. Detalhe: sem nenhuma ordem de condução coercitiva, nem outro tipo de mandado, nem "papel nenhum", segundo Leitides. No sítio, a mulher foi interrogada sobre as faxinas que fazia no espaço, pagas por Fernando Bittar, o proprietário. Quiseram saber o que ela poderia falar sobre

O chaveiro de Trump

Donald Trump, o ídolo de Bolsonaro, separou pais imigrantes de filhos, colocando as crianças em abrigos semelhantes a campos de concentração. Entre essas crianças, oito são brasileiras, com idades que variam de 6 a 17 anos. Cadê o destaque que a nossa mídia deu ao fato? E onde está a diplomacia brasileira, que se encontra de braços cruzados quando deveria, isto sim, estar exigindo a repatriação das crianças? Trump, todo mundo sabia, inclusive os norte-americanos que nele votaram, que a Casa Branca seria ocupada por um xenófobo, insensível e irresponsável. O Brasil corre risco semelhante, porque o chaveirinho de Donald Trump está saltitante e empolgando, perigosamente, uma crescente legião de desavisados. Por mais que muitos brasileiros não se cansem de tomar os Estados Unidos como exemplo de democracia, importar o modelo Trump É cavar nossa sepultura.

Bondade de período eleitoral

A governadora Cida Borgheti anda generosa por demais. Mandou a Secretaria de Esportes oferecer telões a algumas prefeituras para que a população possa ver jogos da Copa do Mundo. Um dos prefeitos contemplados foi o parceiro Marcelo Belinati , do mesmo partido, que já oferece telões de   LED de 3 x 2 metros em um centro esportivo. Em Maringá a oferta chegou um pouco tarde porque o prefeito Ulisses Maia já havia mandado instalar um de igual tamanho na Vila Olímpica. Fontes: blog do Rigon e site da prefeitura de Londrina

Servidores tiram a governadora da zona de conforto

O clima para a governadora Cida Borgheti tem sido de festa desde que assumiu a titularidade do cargo. Muitos cumprimentos, abraços e agradecimentos, sobretudo de prefeitos, pela dinheirama que Sua Excelência tem repassado aos municípios. E, surfando nessa onda de loas, ela percorre o Estado para inflar o balão da campanha pela reeleição. A partir dessa semana, no entanto, a governadora começa a enfrentar alguns probleminhas que a obrigará a sair um pouco da zona de conforto. A pendenga que deverá enfrentar é a revolta do funcionalismo público que busca recomposição salarial e a volta da data base que o ex-governador Beto Richa alterou unilateralmente. Liderados pelos professores, os servidores estaduais vão, primeiro, tentar negociar com a governadora a volta da data base e uma pauta de recomposição de perdas salariais, que chegam a 12% , só nos dois governos de Beto Richa, o último com participação direta de Cida, na condição de vice-governadora. Portanto, a   gover

Marcelo Odebrecht na malha fina

 A fina ironia da professora Marta Bellini, da UEM: "Saiu hoje o primeiro lote da restituição do IR. Ao contrário de muitos cidadãos que aproveitam essa data para tentar conseguir aquela graninha de volta, Marcelo Odebrecht teve mais uma decepção. O ex presidente da empreiteira mais famosa do Brasil descobriu que caiu na malha fina. Alvo de vários escândalos, Marcelo preferiu não se pronunciar, mas fontes seguras afirmam qu e isso aconteceu porque ele esqueceu de declarar FHC como seu dependente. Como Fernando Henrique já está há bastante tempo recluso em seu apartamento em Higienópolis, Odebrecht esqueceu completamente que ele existia. Após a correção, Marcelo será declarado o empresário com maior número de dependentes no país. Marcelo Odebrecht cai na malha fina do IR porque esqueceu de declarar FHC como dependente".

Agora são os petroleiros que deverão parar

Por que os caminhoneiros resistem ao acordo do governo Temer e continuam com a paralização? Ocorre que os profissionais autônomos estão insatisfeitos com o acordo, que mexe momentaneamente no preço do diesel (só do diesel) mas não altera em absolutamente nada a política de preços.  Os petroleiros estão mobilizados para a greve geral nas refinarias. A pauta da FUP (Federação Única dos Petroleiros) é pela mudança, não dos preços, mas da política de preços dos derivados de petróleo.   Além disso, luta é pela retomada dos investimentos nas refinarias, pelo fim da exportação do óleo cru, com a consequente importação do diesel e da gasolina e pela desativação do programa de vendas de ativos da Petrobras. Para os petroleiros, nada disso será possível com Pedro Parente à frente da Petrobras. Não por outro motivo é que eles exigem também a imediata demissão do presidente da estatal.

Bancos e Petrobras patrocinam homenagem a Moro

De Bob Fernandes, comentarista da TV Gazeta de São Paulo revelou no seu comentário diário do telejornal da TV Gazeta que A Petrobras pagou cota de patrocínio de 26 mil dólares para a festa de homenagem ao juiz Sérgio Moro em Nova York. Houve também patrocínio de bancos privados, conquistados pela Lide Global, organização criada por João Doria, ex-prefeito de São Paulo e candidato ao governo estadual pelo PSDB. Bob lembra que só por coincidência , os bancos que financiaram a festa de homenagem a Moro querem ver Lula e o PT pelas costas.

Sérgio, o filho de Dalto

Eu e o jornalista Luis Carlos Rizzo fomos alunos do professor Dalto Moro (+) no curso de Estudos Sociais da UEM. Era rígido, metódico , bom professor de geografia, diga-se de passagem. Mas nutria um certo ódio dos movimentos estudantis que atuavam dentro da instituição, lutando, por exemplo, contra o ensino pago nas universidades públicas.  Ele tinha urticária quando algu ém lhe falava de PT, que estava surgindo naquela época. Lembro como torcia a cara para as estrelas que o Jairo de Carvalho (um dos fundadores do PT em Maringá) desenhava, inclusive na sua carteira. Mais tarde, o professor Dalto veio a ser um dos dirigentes do PSDB em Maringá. Suponho que na época em que ele foi professor da gente (final dos anos 70, início dos 80), Sérgio Moro era apenas um menino. Só como registro , já que Sérgio Moro está na moda, reproduzo trecho de um interessante relato do Rizzo, espécie de testemunha ocular dessa história: “ Certa vez, ao perceber que o dono de uma locadora de vídeos (meu