O texto da ex-editora executiva da Folha de São Paulo, publicado hoje pelo jornal é uma demonstração de coragem e compromisso com a verdade histórica. Copio e colo aqui, porque trata-se de uma tentativa, ainda que isolada, de resgate da dignidade do jornalismo brasileiro que, por medo ou comprometimento com a causa fascista, está descendo a ladeira, a caminho do alagadiço. Vale a pena ler: Ninguém poderá dizer que não sabia. É ditadura, é tortura, é eliminação física de qualquer oposição, é entrega do país, é domínio estrangeiro, é reino do grande capital, é esmagamento do povo. É censura, é fim de direitos, é licença para sair matando. As palavras são ditas de forma crua, sem tergiversação –com brutalidade, com boçalidade, com uma agressividade do tempo das cavernas. Não há um mísero traço de civilidade. É tacape, é esgoto, é fuzil. Para o candidato-nojo, é preciso extinguir qualquer legado do iluminismo, da Revolução Francesa, da abolição da escravatura,