Das pessoas presentes
à reunião que definiu a edição do
AI-5 agora só tem vivo Delfim Neto. O penúltimo, Jarbas Passarinho, morreu hoje
aos 96 anos. A mídia o está venerando, como grande brasileiro. Foi sim, um
intelectual de direita, senador e ministro três vezes dos governos militares. Quando participei do estágio universitário no
Congresso Nacional, pela UEM, Passarinho era líder do governo Geisel no Senado
e pude assistir a um debate entre ele e o líder da oposição Paulo Brossard.
Era sem dúvida um
grande orador, mas grande brasileiro?. Como Ministro da Educação editou o
elaborou o 477, decreto que proibia a manifestação política nas universidades.
Foram tempos difíceis, que abortaram
toda uma geração de líderes políticos,
que até 1964 eram gestados justamente na política estudantil, tendo a UNE como
plataforma de lançamento de carreiras brilhantes.
Aos que dizem ter
sido Passarinho uma referência ética do período militar, olha só esta frase,
dita por ele ao presidente Costa e Silva, ao editar o Ato Institucional número
5 : “Às favas, senhor presidente,neste momento, todos os escrúpulos de
consciência”.
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