“O mundo é muito duro com o pecado e mole com o pecador”.
Chamou-me atenção esta frase dita na homilia da Missa do Galo ontem à
meia-noite pelo Papa Francisco. Na hora me veio à mente o momento político
brasileiro, onde parte (a mais abastada) da sociedade tem sido muito dura com
um pecador e mole com o pecado. Ou seja, dura com um partido que ela julga
corrupto , e não sem razão, mas mole com outros igualmente corruptos e leniente
com a corrupção, que tornou-se endêmica no nosso país. Sendo assim, como esperar
que a indignação nacional manifestada nas ruas e nas redes sociais possa ter
algum resultado prático, se o alvo é um pecador e não o pecado? É de se pensar,
não?
Sergio Moro começou efetivamente sua vida de político neste sábado em Curitiba. Numa feira no Juvevê foi recebido com frieza pelo povo e ouviu muitos insultos. Chegou mudo e saiu clado, acompanhado de meia dúzia de assessores, inclusive uma cinegrafista. Ele disputa com Álvaro Dias, seu ex-fã e agora inimigo, a única vaga do Senado. Chances de vitória? Tem, mas são pequenas, pra não dizer, quase zero.
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