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Vitória de Pirro

A Câmara Municipal de Maringá mandou para seu arquivo morto a proposta de aumento de 15 para 23 vereadores. Palmas para a tal sociedade organizada que conseguiu uma grande vitória, o que prova que com pressão popular os políticos passam, forçosamente, a ter um pouco mais de juízo.  Mas o debate em torno desse assunto foi muito raso. Discutir se o Poder Legislativo deve ter 15 ou 23 vereadores sem questionar a qualidade dos 15 é dar às discussões a profundidade de um pires.
Agora, cabe a esta mesma sociedade organizada criar mecanismos que facilitem ao eleitor identificar quem deve ocupar as 15 cadeiras do Poder Legislativo Municipal a partir de 2017. Se 15, 21 ou 23, isso chega a ser irrelevante, porque poderíamos ter uma Câmara muito cara para o contribuinte com 9, desde que esses 9 se comportassem como se comporta a maioria dos 15 e como se comportaria a maioria dos 21 (se fosse o caso) ou dos 23.
O debate, portanto, teria que se dar em torno da qualidade dessa representatividade, que até o Observatório das Metrópoles andou tratando de maneira pouco responsável. Porque a ACIM e o Observatório Social, por exemplo, não preparam uma campanha de conscientização do eleitor para melhorar a próxima legislatura, para que tenhamos vereadores que pensem mais no coletivo do que no próprio umbigo? E mais: para que tenhamos uma Câmara independente, cuja maioria não se dobre a articulações de alguém que se julgue dono da cidade?
E que tal a sociedade maringaense começar propondo aos partidos mais rigor na hora de elaborar sua lista de candidatos para que a força do dinheiro e do marketing não acabe propiciando a eleição de políticos fichas sujas?


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Representação absurda

"Os conselheiros do Tribunal de Contas do Paraná julgaram improcedente a denúncia contra o ex-prefeito de Maringá, João Ivo Caleffi (PMDB), e o ex-presidente do Serviço Autárquico de Obras e Pavimentação, Valdécio de Souza Barbosa, oriunda da 2ª Vara Cível. Eles foram acusados de descontar contribuições dos servidores e não repassar de imediato à Caixa de Assistência, Aposentadoria e Pensão dos Servidores Municipais (Capsema) e o Ministério Público queria a devolução do dinheiro e multa. O TCE entendeu que não houve má-fé ou dolo na conduta da prefeitura e do Saop. Na justiça comum, o ex-prefeito também teve ganho de causa". . Do blog do Rigon PS: a representação contra o ex-prefeito e o então presidente do Saop foi feita junto ao Ministerio Publico pela diretoria da Capsema. E sabem por que? Porque em dezembro de 2004, a Prefeitura estava com o caixa vazio e o prefeito precisava pagar o funcionalismo, inclusive o 13º. Aí usou o dinheiro que deveria repassar para a Capsema