Muita gente não gosta do Requião e deve ter suas
razões pra isso. Muitos odeiam o senador paranaense pela sua verborragia e volta e meia, pela sua agressividade verbal,
geralmente contra pessoas fragilizadas diante da autoridade que ele representa
nos momentos de fúria. Concordo com os
que pensam assim, mas não posso fazer coro aos que, como Luiz Nora, chegam a
dizer que Requião não é um ser humano. Mas não tem como deixar de reconhecer que nas
três vezes em que foi governador do Paraná tratou a educação com sensibilidade
e respeito, cuidou bem das finanças do estado e no último mandato, diante da
crise das pequenas e médias empresas, as isentou de 90 mil itens do ICMS e
impediu aumentos abusivos das tarifas de água e
luz. A Sanepar, por exemplo, ficou quase quatro anos sem subir o preço
da água, porque antes de autorizar qualquer
majoração, ele exigiu do presidente Stênio Jacó redução das perdas antes de
qualquer coisa. No Senado, Requião é um dos melhores oradores da atualidade.
Seus discursos são peças oratórias imperdíveis, como este que fez agora, usando o quadro mundial
como preâmbulo, para fazer sérias denúncias contra o entreguismo do governo Temer.
Aos que querem se informar e ouvir uma peça de oratória irretocável, sugiro que
veja este vídeo. Esqueça a revolta que tem do temperamento explosivo do Senador,
mas preste a atenção não discurso, que é realmente uma aula de brasilidade:
Sergio Moro começou efetivamente sua vida de político neste sábado em Curitiba. Numa feira no Juvevê foi recebido com frieza pelo povo e ouviu muitos insultos. Chegou mudo e saiu clado, acompanhado de meia dúzia de assessores, inclusive uma cinegrafista. Ele disputa com Álvaro Dias, seu ex-fã e agora inimigo, a única vaga do Senado. Chances de vitória? Tem, mas são pequenas, pra não dizer, quase zero.
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