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Torpor e torpeza



“O primeiro significa perder a sensibilidade, a percepção, a falta de vontade para agir e deriva do latim torpere, é quase um estado de transe.
Torpeza, tão parecida, vem de outro latinismo, bem diferente, turpis: desonesto, vil,infame, nojento,  indecente.
O par de palavras talvez baste para definir o que se passa com o povo e as instituições brasileiras e a falta de surpresa com o desfecho previsível da votação da admissibilidade da segunda denúncia contra Michel Temer.
O resultado é o que todos sabiam, com os votos que todos sabiam e a desfaçatez que todos esperavam.
O governo de canalhas, elevado ao poder por um congresso de canalhas, julgando as denúncias produzidas por um bando de canalhas foi preservado, claro, em nome da canalhice geral.
O anormal virou o cotidiano.

Nada mais espanta, nada mais assusta”.

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