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Quase definido. Mas o quase pode mudar tudo


No bate-bapo que teve ontem à noite com a bancada do Canal Livre da Band o diretor geral do Instituo de Pesquisas DataFolha, Mauro Paulino, criou expectativas e gerou desânimos nas principais candidaturas à presidência da república. Analisando a partir dos números das últimas sondagens, disse que é quase certo a ida dos dois extremos da campanha para o segundo turno – Bolsonaro e Haddad.
Porém, existem certas variáveis que o autorizam a prever a possibilidade de surpresas. Uma delas é que a satanização do PT, que parte considerável da população não quer ver de volta ao Palácio do Planalto, pode levar a uma enxurrada de votos úteis em Bolsonaro, liquidando a fatura no primeiro turno. Há também a possibilidade (real, segundo Paulino), de parcela considerável do eleitorado, principalmente das mulheres , temer a possível eleição de Bolsonaro e migrar com força total para uma terceira opção.
Paulino não descarta ser Alckmin o beneficiário desse cavalo de pau do eleitorado feminino, mas acha quase improvável que isso aconteça. Ciro, na avaliação dele, seria o destinatário natural dos descontentes e temerosos com a polarização Bolsonaro/PT. Neste caso, um dos dois ficariam fora do segundo turno e, o que chegar lá, chegará meio desidratado, facilitando a vitória do ex-governador do Ceará.
A conclusão final a que chegou o diretor do Datafolha é que neste momento a definição dos dois candidatos que deverão duelar no segundo turno está mais para Bolsonaro e Haddad, mas esta não é uma questão fechada. Vai depender muito da intensidade do tiroteio entre os dois de agora até 7 de outubro, e claro, da habilidade de Ciro e Alckmin para lidar com esse movimento pendular do processo eleitoral.
Se ambos não compreenderem esse quadro e agirem mais com o fígado e menos com a cabeça, correm o risco de botar lenha na fogueira do voto útil e chegarem no dia da eleição desmilinguidos.
Numa eventual virada de expectativa, Marina perderia ainda mais massa muscular. Do bloco logo abaixo, desapareceriam Álvaro Dias e Meireles, mas Amoedo se manteria no mesmo patamar, já que o DataFolha detecta ser dele (apesar do baixo percentual) o voto mais convicto.

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