Na ONU Bolsonaro atacou a imprensa, a ciência, as universidades. Mentiu
sobre o Mais Médico e sobre a Amazônia. Ofendeu o cacique Raoni, bateu na Venezuela (é como
chutar cachorro morto), detonou Cuba e falou
que Sérgio Moro deu um chega pra lá na escalada socialista que ameaçava
o Brasil. Fiquei pensando se ele falava numa assembleia geral da ONU ou se
discursava para os seus seguidores nas redes sociais.
Em tempo: o discurso do presidente brasileiro piorou a situação do
Brasil no cenário internacional e segundo vários analistas, inclusive
diplomatas renomados, isso pode custar caro para a balança comercial do país. O
agronegócio será a primeira vítima, com prováveis cancelamentos de contratos de
exportação. Portanto, senhoras e senhores, ilustríssimos exportadores de commodities
, vamos lá fazer arminha?
Comentários
QUAL É O NOSSO LIMÍTE???? SERÁ QUE A NOSSA COVARDÍA É TÃO INFINITA QUANTO A DELINQUÊNCIA EXPLÍCITA DE JAIR BOLSONARO ??????
A ideologia invadiu a própria alma humana’. Show de horrores as palavras do presidente brasileiro. Bolsonaro acusa a ‘ideologia’ de tramar a tomada do poder absoluto no Brasil quando na verdade é ele próprio quem ambiciona ser ditador do nosso país. É um ultraje.
Evidentemente será mais um passo rumo ao isolamento internacional do Brasil.
ESTAMOS FÚ...!!!
https://jornalggn.com.br/opiniao/na-onu-os-provincianos-do-rancor-por-rui-daher/
O discurso de Bolsonaro foi um resumo das atrocidades propagadas por ele nos últimos anos, e em especial nos últimos meses quando recrudesceu seu tom bonapartista. Começa com a Fake News de Whatsapp de que o Brasil esteve “perto do socialismo”, passa pela história dos guerrilheiros cubanos disfarçados por médicos e pelo desplante de elogiar o golpe de 1964 dizendo que, com a ditadura, “resguardamos a nossa liberdade“.
Afora os arroubos autoritários e o discurso típico da ultradireita, como todo populista, Bolsonaro mentiu. E não foi pouco. Contou um verdadeiro conto de fadas no qual seu governo combate a corrupção, em que a economia cresce e o desemprego arrefece. Tudo muito longe da vida real, em que seu governo chafurda em denúncias de corrupção (nas quais ele mesmo faz um acordão com o STF para abafar), o desemprego continua desesperador na mesma medida em que disparam o trabalho precarizado e a renda diminui.
No momento em que a população se indigna com a morte da pequena Ágatha, fuzilada pela PM no Rio de Janeiro, Bolsonaro diz que seu governo combate a violência, num cinismo que só não choca tanto por sabermos bem como a sua canalhice desconhece limites.
Além das besteiras disparadas e o nacionalismo fake, que brada por soberania e contra o colonialismo, mas apoia a entrega e privatização do patrimônio nacional (e ainda diz “I love you” a Trump), o que significou esse discurso?
Bolsonaro: “I love you”. Trump: “Bom te ver de novo”. Foto: Alan Santos/PR
Uma guerra social que se aprofunda
O texto lido com dificuldade por Bolsonaro, que espremia os olhos para enxergar o teleprompter enquanto mantinha uma fala robótico, foi escrito pelo ministro Augusto Heleno (GSI), o ministro das Relações Exteriores, Ernesto Araújo (a ala mais maluca do governo ligada a Olavo de Carvalho), Eduardo Bolsonaro e, evidentemente, revisada pelo estrategista da ultradireita internacional, Steve Bannon.
O texto pode indicar o aprofundamento da política de Bolsonaro de manter e coesionar sua base de apoio, daí o fato do elogio a Sérgio Moro, ministro que está sendo sistematicamente fritado há meses pelo governo, mas que personifica parte significativa de sua base, a ala lavajatista. E também um aceno ao setor evangélico. Coesionar o setor duro do bolsonarismo mesmo que isso possa significar mais instabilidade pela frente, com a perda de apoio popular e, inclusive, de setores da própria burguesia que não são exatamente alinhados a essa política de ultradireita, ainda que tenham acordo com o programa ultraliberal levada a cabo pelo governo.
O que de mais grave aponta o discurso de Bolsonaro, porém, é o aprofundamento da sua política de terra arrasada, de destruição da Amazônia e genocídio das populações indígenas e dos povos da floresta. Sua intenção de privatizar todas as estatais e entregá-las ao grande capital estrangeiro. De recrudescer a violência policial, tal como Witzel, que produz cenas de barbárie como a execução da pequena Ágatha (de olho em 2022, Bolsonaro e Witzel competem para ver quem produz mais cadáveres). Sua política de aprofundar a guerra social contra os trabalhadores e os pobres, que vem provocando o caos no país. Isso tudo dito às claras, sem meios-termos, ao mundo inteiro.
O Bozo discursou para a Elite do mundo como se estivesse discursando para os animais que o elegeu. O Bozo é ridículo.
ele achava q estava em um debate, agredindo países é falando mentira, pela primeira vez na minha vida fiquei com vergonha de ser brasileiro.
Melhor assim, este discurso mostrou o que é o Brasil hoje e as intenções de destruir a Amazônia e dá-la às mineradoras. "Os índios agricultores" foi uma piada à parte