O IBGE mostrou um quadro aterrador do
Brasil de 2019. São 33 milhões de brasileiros ainda com carteira assinada, 12
milhões sem trabalho nenhum e 40 milhões vivendo de bico, sem qualquer proteção
do estado, sem 13º. sem direito a férias, sem direito a descanso remunerado,
sem perspectiva, sem nada.
Vamos lembrar que até 2010 o desemprego estava abaixo dos 5% , em 2014 a
situação começou a piorar mas o país ainda vivia num regime de pleno emprego.
Não adianta a conversinha de que isso é coisa de petista, porque não sou
petista, nunca fui, nunca serei. Isso é coisa de quem tem memória, de quem
pensa e tem capacidade, ainda que mínima, de compreender cenários.
O cenário atual é o pior que se
poderia imaginar, sem dúvida um dos piores da nossa história republicana. Se
você duvida, saia caminhando por qualquer cidade (pequena, grande ou média).
Verá lojas fechadas, fábricas e armazéns abandonados e nos locais de ofertas de
vagas, filas intermináveis de trabalhadores com um único sonho: arrumar um
emprego formal, ainda que para ganhar mísero salário mínimo.
Essa é a dura realidade do Brasil da
uberização geral e irrestrita, da violência assustadoramente endêmica, das
desigualdades sociais chocantes, da volta de doenças que se imaginava extintas,
como o sarampo. Bem vindo ao Brasil de 2019, o pais da terra arrasada, onde não
demora e o presidente vai querer quebrar o termômetros (leia-se o IBGE) para
estancar a febre, já totalmente descontrolada e oxigenada pelo discurso de ódio
e pelo fundamentalismo de uma seita chamada Jair Messias Bolsonaro.
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