Aos que clamam pela
intervenção militar no Brasil,
pensamento que expressa a suprema idiotia, um lembrete muito
interessante do presidente do Ipea (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada),
sociólogo Jessé Souza:
“Existe uma gramática do golpe no Brasil, que mudou,
modernizou-se, mas mantém a mesma estrutura. O golpe precisa do “bumbo” tocado
pela imprensa conservadora, do suporte da classe média e de um elemento
constitucional para dar a aparência de legalidade à captura da soberania
popular. Nos governos democráticos de Getúlio Vargas e João Goulart, esse
elemento eram os militares, pois a Constituição previa a intervenção das Forças
Armadas em caso de desordem. Essa gramática não está ancorada mais na botina do general,
mas na toga da lei. O elemento constitucional atual são as agências de
controle, a Polícia Federal, os juízes justiceiros, postos para além do bem e
do mal”.
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