É nome do PT, do PP, do PMDB, do DEM, do PSDB e por aí vai. É nome que não acaba mais, citados nas delações premiadas dos presos da Lava-Jato. Com tantos nomes de peso em xeque, está claro que a corrupção no Brasil é um mal quase sem cura. Disse quase porque a cura passa, necessariamente, por reforma política profunda e um processo didático-pedagógico revolucionário, que contemple principalmente a base da formação da cidadania, ou seja, a escola. Implica também na atuação firme de instituições respeitáveis, como a CNBB, na conscientização do eleitorado, disponibilizando informações claras e confiáveis sobre os atores diretamente envolvidos no processo eleitoral. Isso não é tudo, mas é um bom começo, já que, sendo a corrupção endêmica, necessário se faz que a sociedade crie mecanismos de repulsa não apenas contra pessoas desonestas, mas também contra a desonestidade. No dia que o cidadão comum entender que ao votar num político que lhe fez um favor, este político está lhe dando algo com uma mão e mais na frente lhe tomando com as duas, talvez ele compreenda a necessidade de observar mais que o defeito do improbo está na vista. É algo mais ou menos parecido como a história do cavalo comprado de um cigano por um homem simples, que não via defeito no animal mas o vendedor chamava à sua atenção que o defeito estava na vista. O cavalo era cego de um olho.
Sérgio Moro deu entrevista à CNN e mostrou-se despreparado e por fora de tudo quando foi instado sobre problemas sociais. Não consegue se aprofundar em nada, não vai além do senso comum, seja qual for o tema abordado. Ele só não é tão raso quanto seu ex-chefe Bolsonaro, mas consegue ser pior do que o cabo Daciolo. O papo do ex-juiz tem a profundidade de um pires. Essa é a terceira via que a Globo e certos setores da elite e da classe média metida a besta defendem?
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