A OTAN foi criada para unir as potencias ocidentais, Estados Unidos à frente, contra a União Soviética. Se a União Soviética e seu braço armado Pacto de Varsóvia deixaram de existir, para que continuar existindo a OTAN? Claro que a Organização do Tratado de Atlântico Norte continuou e se fortaleceu para ameaçar a Rússia, que nem por isso deixou de ostentar um grande poderio bélico, se afigurando como o gigante do Leste Europeu. Por óbvio, o avanço da OTAN sobre , principalmente , os países da região dos Bálcãs, nunca deixou de ser uma provocação a Moscou.
O mundo já
esteve perto de uma guerra nuclear desde o início dos anos 60. Basta lembrar o
episódio da Baia dos Porcos, por onde os EUA tentaram derrubar o governo
revolucionário de Fidel Castro e acabou levando uma surra, que até hoje envergonha o povo americano. Mas isso serviu para que o
presidente Kennedy assistisse, impotente, a instalação de mísseis balísticos
soviéticos na Ilha, distante pouco mais de 100 quilômetros da Flórida.
Kennedy, então, tratou de negociar a retirada dos mísseis, cedendo às exigência de Nikita Khrushchov e retirando mísseis americanos apontados para Moscou na Itália e na Turquia. Isso evitou uma guerra nuclear, embora a guerra fria continuou apavorando o Planeta.
Agora, cadê uma estratégia minimamente sensata do governo Biden para negociar com Putin o fim da invasão à Ucrânia, com o reconhecimento de que a OTAN precisa se distanciar do cangote do Kremlin ? É isso que Putin exige. E é aí que mora o perigo para a humanidade, porque não dá pra negar que Putin é um louco, um psicopata, mas também não dá para ignorar que no meio dessas ameaças está o neonazista de Kiev, que faz de tudo para tornar a população do seu país em bucha de canhão, ao mesmo tempo em que deixa o mundo apavarado com a possibilidade de uma catástrofe nuclear.
Comentários
As ações da Rússia na Ucrânia são de legitima defesa frente aos ataques do imperialismo.
E a grande mídia recebeu isso em silêncio, sem acusações de “russismo” ou de antipatriotismo a Trump.
Por quê? Porque todos sabem que o atual presidente norte-americano conduziu muito mal a crise e que, neste momento, todas as vantagens estão com os líderes russos.
Biden sempre foi absolutamente imperialista. Pode não passar de uma múmia seca hoje, mas o sonho do mundo governado pelos EUA vem de décadas. Na época da Guerra do Iraque (2003), ele deu apoio total ao Bush e à mentira das armas de destruição em massa.
E hoje, apesar das piadas dos ministros russos, de "marcar férias na próxima data prevista da invasão", eles de fato invadiram.
A Rússia, já machucada pela extinção de um sistema político que ela comandava desde 1917, que havia gerado a segunda economia do mundo, grande população, imenso território, tecnologia avançada, vê-se cercada mais de perto na Ucrânia, com inimigos declarados que poderiam até usar armas nucleares, parte para o horror da guerra. Guerra que a humanidade já não mais imagina vivenciar.
Pela ausência de estadistas, a humanidade já havia amargado guerras estúpidas, idiotas, desde a Coreia e a cruel Guerra do Vietnã até mais recentes na Iugoslávia, Kosovo, Iraque, Líbia, Afeganistão e a pobre gente que sofre no Iêmen sob as armas sauditas/americanas.
Paira outro mal sobre todas as nossas cabeças: o aumento do fascismo nas áreas acobertadas pela OTAN, como se evidenciam nos grupos neonazistas na Ucrânia, com conexões malévolas até no Brasil,
Falta um estadista na Europa, à semelhança de De Gaulle, que se imponha diante do poder dos Estados Unidos para dizer aos americanos e aos russos que é preciso ter polos de equilíbrio no mundo, que se respeitam e dialogam para o bem da humanidade, e que nenhum país pode ser encurralado.
Os acionistas da petrobras estão amando a guerra e o jumento que nos preside.