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A apologia da violência

O argumento de que é preciso tirar o Estado do cangote do cidadão não justifica a sandice de flexibilizar (ou melhor, desmontar) o Código Nacional de Trânsito. Retirar a fiscalização eletrônica das estradas, desobrigar os pais de usar cadeirinhas para trafegar com filhos pequenos, acabar com o exame toxicológico para motoristas profissionais, é um incentivo claro à morte. Se os deputados federais e senadores tiverem um mínimo de bom senso, rejeitam o projeto-sandice do presidente Bolsonaro, apologista contumaz da violência.

Governo afrouxa programas de monitoramento e combate a AIDS

O combate e prevenção à AIDs tem sido constante, sistemático e com alguma eficiência no Brasil. Numa época em que o contágio vem aumentando no mundo e tornando-se um verdadeiro flagelo em países da África, por exemplo, não dá pra dormir de toca, mesmo que haja no nosso país, políticas públicas eficazes de controle da doença, uma das mais terríveis e letais dos últimos tempos. No governo FHC, reconheça-se, o então ministro da Saúde José Serra lançou o POA, um programa destinado a levar informação às pessoas, porque a informação é a melhor maneira que se tem de enfrentar o HIV. Desde o POA, nenhum governo, nem mesmo o de Temer, ousou tirar o pé do acelerador, porque esta é uma doença que dizima as populações e tem efeito multiplicador em comunidades que, pela falta de informação, não toma as precauções devidas para frear a correia de transmissão do vírus. É assustadora a notícia de que o governo Bolsonaro acaba de rebaixar o Departamento IST,Aids e Hepatites Virais, reduzindo-o

DRU, que bicho é esse?

----------------------------------- É um bicho feio, criado há 25 anos e que passou pelos governos FHC, Lula, Dilma, Temer e chega a Bolsonaro com status de " chupa cabra". ----------------------------------- Pouca gente sabe o que é como ela é usada para o governo desviar verbas de um canto pro outro sem que a tungagem incida em improbidade administrativa por parte do gestor. Criada em 1994 permite ao governo federal usar livremente parte de todos os tributos federais vinculados por lei a fundos e despesas. O percentual era até o governo Temer, de 20%. Foi elevado pra 30% num momento em que se iniciava uma discussão para acabar com ela. Um dos alvos prediletos dos governantes, de FHC a Dilma e de forma mais deletéria, de Temer a Bolsonaro, é a Seguridade Social. O montante de R$ 1 trilhão que o ministro Paulo Guedes quer economizar em 10 anos cortando aposentadorias e benefícios, é fichinha perto do que foi tirado da Seguridade por meio da Desvin

O Mercosul ameaçado pela vassalagem do Brasil aos EUA

BOLSONARO PODE IMPLODIR O MERCOSUL. ISSO DEIXA PAÍSES VIZINHOS EM ALERTA  ------------------------------- O Mercado Comum do Sul é um projeto de integração dos países sulamericanos, que são frágeis perante blocos econômicos poderosos, como o Mercado Comum Europeu. Por meio do Mercosl, o Brasil, que o lidera, tem força nas negociações comerciais em qualquer parte do mundo. Não foi por obra do acaso que nossas exportações cresceram muito nos últimos anos e em matéria de export ação de proteína animal, batemos de frente com qualquer grande país produtor do planeta. Mas tudo isso pode ir por água abaixo, porque mês que vem, o Brasil assume a presidência do Mercosul e Bolsonaro pode perfeitamente tentar alterar o mecanismo da chamada Tarifa Externa Comum. Isso é previsível face a sua proximidade (e relações até afetivas) com Donald Trump . Um acordo de livre comércio com os Estados Unidos deixa o Mercosul praticamente inviabilizado. Os demais países do continente que compõem o bl

Gene Kelly, coitado, teve que cantar no túmulo

- Singin in the rain. E o ministro Weintraub desafinou no papel ridículo de Gene Kelly, ao parodiar “cantando na chuva”. Ele tentava ironizar a multidão de 1,8 milhão de pessoas que tomaram as ruas das cidades brasileiras nesta quinta-feira para protestar contra o garrote que o governo Bolsonaro coloca no pescoço da universidade pública. Com a encenação de extremo mau gosto, ele quis dizer que as ruas estavam produzindo uma chuva de fake News contra o MEC. Foi uma demonstração de profundo desrespeito à democracia e de falta de decoro. O ministro pândego foi denunciado na Procuradoria Geral da República por tentar coagir professores e alunos, que ele quer transformar em delatores uns dos outros.

O impasse e a falta de clareza

A TCCC quer 30% de aumento nas passagem e a Prefeitura disse não. A empresa alega defasagem por causa dos repasses não autorizados, mas o fato concreto é que o serviço continua ruim. Não é ruim por causa da qualidade dos ônibus, já que a frota tem melhorado, mas por causa da demora, da superlotação em horários de pico e do desconforto imposto aos passageiros nos pontos em dias de chuva. Falta ao prefeito Ulisses Maia, mais clareza nas justificativas dos indeferimentos, até para que não dê argumentos para a empresa espernear , por conta de uma tarifa que, corrigida nos índices solicitados,  dificultaria muito a vida de quem precisa do transporte coletivo urbano para se deslocar de casa para o trabalho e do trabalho para casa.

Confiança que é bom, nada...

O IBGE divulgou hoje o encolhimento do PIB, que recuou 0,2% no primeiro trimestre. Isso explica a raiva que Bolsonaro tem do Instituto de Geografia e Estatística,  um termômetro metido a besta, que merece ser quebrado por insistir em registrar a alta da febre. Uma coisa é certa: para ser reaquecida a economia só precisa de uma coisa: confiança. É tudo o que Bolsonaro não inspira.

Toffoli meteu os pés pelas mãos

Acredite mas vem de onde menos se esperava uma análise sensata sobre o tal pacto que o presidente do STF celebrou ontem no Alvorada com o governo e a participação dos presidente da Câmara e do Senado. Vejam o que diz Merval Pereira, colunista do jornal O Globo e homem de confiança da família Marinho: “ O pacto federativo a favor de retomada do crescimento tem boa intenção, mas sua realização é complicada. Isso porque certamente várias cláusulas da reforma da Previdência serão questionadas na Justiça e, se o Supremo fizer um pacto a favor da reforma, ele não poderá aceitar contestação nenhuma”.

Previsão sombria (e assustadora) do general Heleno

Está tudo de pernas para o ar, com o capitão completamente perdido em seu labirinto, e o principal conselheiro dele, o cansado general Augusto Heleno, está fazendo previsões sombrias. Em assustadora entrevista ao jornal Valor, Heleno não deixou pedra sobre pedra: “Subida do dólar, queda abrupta das ações das empresas brasileiras, desabastecimento. Vamos virar uma Venezuela! Vamos disputar arroz no tapa, vamos disputar feijão no tapa!” Nem o mais radical líder da oposição faria um diagnóstico tão cruel no momento em que o governo Bolsonaro completa esta semana apenas cinco meses. O general deve saber do que está falando porque trabalha no Palácio do Planalto em chamas, ao lado do capitão presidente. . Ricardo Kotscho (blog Balaio do Kotscho)

Entre a ingenuidade e a má fé

O DEBATE SOBRE A REFORMA PREVIDÊNCIÁRIA E A POSTURA DE INDIGÊNCIA DA MÍDIA TRADICIONAL -------------------- Impressiona, e chega a causar indignação, o comportamento canalha da mídia tradicional em relação à reforma da previdência. A reforma proposta por Paulo Guedes prevê uma economia de R$ 1 trilhão em 10 anos. Esse trilhão vai sair de onde? Vai sair do lombo do trabalhador. E por que o empresariado apoia de corpo e alma essa monstruosidade? Porque na capitalização, só o e mpregado paga, não há contrapartida do empregador e nem do estado. Como se pode chamar isso de nova previdência? Previdência pressupõe segurança social, que o que expressaram os constituintes ao colocar na Constituição de 1988 o capítulo da seguridade. A OIT divulgou um estudo dia desses sobre os 30 países que optaram pelo regime de capitalização para aposentadoria. Desses, 18 países voltaram atrás, porque concluíram, finalmente, que só quem ganha é o sistema financeiro. É preciso que a pessoa seja muito i

O estado é laico, menos pra ele

Um presidente da república pode e deve ter sua fé. Não importa a que religião pertença, manifestar sua religiosidade é seu direito enquanto cidadão. Mas quando o que está em debate são assuntos de estado, misturar política com religião não é de bom tom. Bolsonaro tem feito isso permanentemente, e com o agravante da contradição extrema. Na medida em que se declara evangélico, para consolidar a conquista dos votos que teve nesse meio, ele desagrada outras religiões. E aí, para fazer média com os católicos, por exemplo, exalta a Virgem Maria, colocando-se como fruto daquilo que o professor e filósofo Roberto Romano chama de “um milagre mariano”.

Fascista, pero no mucho...

DIREITISTA SIM, FASCISTA, NEM TANTO. O X DA QUESTÃO ESTÁ NA LIMITADA CAPACIDADE INTELECTUAL DO "MITO". Fascista ? Nazista? Não, Bolsonaro não chega a tanto. "Sua incapacidade intelectual faz dele, não mais que um fascista tardio, tolo e mal educado", resume o sociólogo Marcos Coimbra. --------------------------------- Em artigo para a revista Carta Capital, o dono do Vox Populi faz uma análise interessante sobre o fascismo. O que é ser um fascista, definição que a esquerda brasileira simplifica em relação a Jair Bolsonaro? Coimbra analisa a questão a partir de textos de Umberto Eco.Segundo ele, “ as expressões fascismo e fascista adquiriram sentido amplo, maior do que aquelas que designam fenômenos políticos e ideias até semelhantes, como o nazismo, o salazarismo e o franquismo. Estes, contudo, são conceitos de aplicação específica e referem-se a casos históricos particulares, enquanto o fascismo alude a algo além de Mussolini e da experiência italiana”.

Piora no atendimento

Me informa uma atendente que cerca de 2 mil usuários do SUS cadastrados no Posto Iguaçu foram transferidos para a UPA Zona 6, cuja estrutura é pequena. Mas não houve contratação de novos médicos e nem aumentou o número de funcionários  na referida unidade. Resultado: a demora para o agendamento de uma consulta com clínico geral praticamente dobrou. Claro, temos que dar o desconto da explosão de demanda, devido a migração em massa dos convênios médicos para o Sistema Único de Saúde, mas isso vem acontecendo já faz tempo. Portanto, a situação atual não se justifica. Passou da hora de Maringá, usando a força política que tem enquanto sete de região metropolitana, brigar por aumento dos repasses do SUS para o município.

Obediência ou morte!!!

"Os atos de ontem não foram um “toque de reunir” da direita. O rugir feroz do fanatismo, ao contrário, soa como o “debandar” que já ouviam muitos dos passageiros da nau dos insensatos do ex-capitão. Bolsonaro tem o timão, tem o leme sob seu controle, embora não tenha outro rumo a apontar senão a agitação permanente, esta que há anos deixa o país mareado e incapaz de levantar-se. Não o detiveram,  empurraram-no apara adiante, inflando as velas do ódio a quem ele deve seu impulso. À ponta da espada, eles os coloca diante de jurar fidelidade ou, então, andar na prancha. Não há “governismo crítico”. É obediência ou morte". . Fernando Brito (Tijolaço)

Qualquer semelhança não será mera coincidência

TRAGÉDIA OU FARSA? AS CIRCUNSTÂNCIAS HISTÓRICAS ESTÃO POSTAS, NUM DIA EM QUE O BRASIL PODE MOSTRAR A SUA CARA.  --------------------------- Não vamos confundir os personagens, porque Bolsonaro não é Jânio e nem Mourão é Jango. Mas há alguma semelhança, apesar da diferença intelectual enorme que separa Jânio de Bolsonaro e apesar da concepção de sociedade, igualmente abissal, que separa Jango de Mourão. Mas são inegáveis as circunstancias históricas, as semelhanças políticas  de um início de governo e do outro. Jânio renunciou no sétimo mês e Jango estava na China em visita oficial e lá foi recebido pelo líder máximo chinês Mao Tsetung. Bolsonaro está balançando seis meses depois de tomar posse e seu vice foi igualmente pra China, onde foi recebido pelo líder máximo Xi Jnping. Jânio brigava com o Congresso e renunciou para voltar nos braços do povo, numa chantagem que o relegou ao ostracismo total. Bolsonaro turbinou seus seguidores a irem para a rua defendê-lo nesse domingo 26.

Apenas coincidência histórica

João Goulart com Mao Tse Tung em 1961; Mourão com Xi Jinping em 2019. Apenas uma coincidência histórica. Afora o viés ideológico, vamos combinar: para quem sabe ler um pingo é uma letra.É ou não é?

Desonestidade intelectual na rádio que toca notícia

Ouvi agora há pouco na CBN um dito jornalista econômico dizer que   a contribuição de patrões e empregados não é suficiente para a Previdência pagar aposentadorias e demais benefícios e que por isso   o governo tem que buscar a diferença em outras áreas ou lançar mão de impostos. Pensei com meus botões: burro o cara não é, ele sabe que está faltando com a verdade, porque até o meu amigo “Baianinho Engraxate” sabe que a Previdência compõe o tripé da seguridade social , que possui várias fontes de financiamento , inclusive as loterias da Caixa, e que portanto, é superavit-ária. A fala do Sardenberg faz parte de uma estratégia do governo, que enche a mídia tradicional de verbas publicitárias para, numa campanha sórdida,   tocada com dinheiro público, mentir descaradamente para a população. Mas essa fala do comentarista da rádio que toca notícia passou de todos os limites. Duvido que um jornalista com um mínimo de compromisso ético se sujeitaria a tal nível de distorção da verdade. É

Garoto propaganda

Ratinho foi contratado pelo governo federal para ser garoto-propaganda da reforma da previdência. É bom lembrar que o apresentador deve R$ 76,4 milhões à União, boa parte para a   previdência.

Palavras e gestos que retroalimentam a cultura da violência

Claro que o presidente não tem nada a ver com fatos horrendos como o que ocorreu ontem em Paracatu (Minas), onde um homem invadiu uma igreja evangélica , matou a namorada e atingiu outras três pessoas. Mas não dá pra ignorar que Bolsonaro insiste no discurso da violência, engrossando este caldo de cultura com atitudes práticas. É o caso da repetição exaustiva do seu característico gesto da arminha, que está levando muita gente a acreditar que só se armando conseguirá se defender da bandidagem. Como se não bastasse o discurso da violência, agora Bolsonaro institucionaliza a lei de Talião, editando um decreto que facilita a posse e o porte de armas de fogo, inclusive aquelas de altíssimo poder de destruição como o fuzil T4. Durante a campanha, Bolsonaro usou e abusou de gestos e falas a favor do “olho por olho, dente por dente”. Eleito e empossado presidente da república, não mudou o discurso de palanque, chegando ao ponto de editar um decreto que passa por cima de uma lei or