Um presidente da república pode e deve ter sua
fé. Não importa a que religião pertença, manifestar sua religiosidade é seu
direito enquanto cidadão. Mas quando o que está em debate são assuntos de
estado, misturar política com religião não é de bom tom. Bolsonaro tem feito
isso permanentemente, e com o agravante da contradição extrema. Na medida em
que se declara evangélico, para consolidar a conquista dos votos que teve nesse
meio, ele desagrada outras religiões. E aí, para fazer média com os católicos,
por exemplo, exalta a Virgem Maria, colocando-se como fruto daquilo que o
professor e filósofo Roberto Romano chama de “um milagre mariano”.
Sergio Moro começou efetivamente sua vida de político neste sábado em Curitiba. Numa feira no Juvevê foi recebido com frieza pelo povo e ouviu muitos insultos. Chegou mudo e saiu clado, acompanhado de meia dúzia de assessores, inclusive uma cinegrafista. Ele disputa com Álvaro Dias, seu ex-fã e agora inimigo, a única vaga do Senado. Chances de vitória? Tem, mas são pequenas, pra não dizer, quase zero.
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