Cerca de quatro entre dez professores do
ensino fundamental não tem formação adequada para o que ensinam. Isso é
consequência da desvalorização do magistério , cujo futuro é incerto se
continuar esse quadro de recusa dos jovens em optar pela carreira de professor.
Fortalecer os cursos de licenciatura e de complementação pedagógica é
fundamental.
Mas isso só se quem poderia fazer é a
universidade pública, que está sendo destroçada. As faculdades privadas,
voltadas quase que exclusivamente para a formação de profissionais exigidos
pelo mercado, pouco se lixam para essa realidade perversa da educação
brasileira, pois formar professores é investimento de longo prazo, e
investimento mais voltado para o desenvolvimento social do que econômico.
Portanto, qualificar e valorizar a formação
de bons professores é papel do estado, que tem relegado desde sempre esse papel
a segundo plano. Esse descaso, convenhamos, encerra uma espécie de crônica da
tragédia anunciada.
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