Pular para o conteúdo principal

Deficit habitacional: a bola está com os vereadores de Maringá


Se nada mais for feito na área social daqui até 31 de dezembro de 2020, a administração Ulisses Maia já terá cumprido um importante papel no campo da habitação popular. O Projeto de Lei Complementar 1821/19 que transforma 21 lotes residenciais em Zona Especial para Habitação de Interesse Popular, é sem dúvida um avanço. Se aprovado pela Câmara, Maringá poderá estar dando um passo importante para resgatar uma dívida social, criada a partir da especulação imobiliária permitida e estimulada pelo Poder Público Municipal desde a primeira administração João Paulino Veira Filho e agravada de maneira dramática na gestão Ricardo Barros (1989/1992).
Há muito tempo escrevo  sobre esse processo de exclusão social, responsável direto pelo inchaço dos dois municípios vizinhos de Maringá, cujos perímetros urbanos já experimentam o processo de conturbação faz tempo.
Não estou inteirado sobre a tramitação do projeto no legislativo, mas pelo que depreendo da preocupação manifestada pelo Observatório das Metrópoles da UEM, a coisa anda meio parada. Não por outra razão é que a coordenadora Ana Lúcia Rodrigues enviou uma carta aos vereadores chamando a atenção para a importância da aprovação. Lembra que existe hoje em Maringá um déficit habitacional de 7,5 mil moradias e que atender a essa demanda é mais que uma questão humanitária, é uma questão mesmo de desenvolvimento da cidade. Os lotes inseridos dentro das ZEIS importariam em 15 mil unidades habitacionais e só a aprovação do referido projeto garantiria à Administração Municipal a possibilidade de dar um passo decisivo no processo de pagamento dessa gigantesca dívida social que Maringá tem para com a sua população pobre.
Ana Lúcia lembra que tal proposição “ foi precedida de estudos técnicos realizados pela SEPLAN e IPPLAM, sendo este o Órgão de Planejamento que assegura, do ponto de vista técnico, as informações necessárias e suficientes para que a Câmara tome as decisões com base em dados e estudos. Portanto, classificamos qualquer tentativa de retardar sua aprovação seja de forma deliberada ou por meio de subterfúgios visando ferir sua íntegra, como absolutamente injusta e desumana para as mais de 7 mil famílias que permanecem há muito tempo na fila de espera por uma casa em Maringá”.
A bola está nas mãos dos vereadores, que nunca podem esquecer que são legítimos representantes dos moradores do município e que é a eles que recorrerão ano que vem para renovar seus mandatos.



Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

Começou mal,muito mal

   Sergio Moro começou efetivamente sua vida de político neste sábado em Curitiba. Numa feira   no Juvevê   foi recebido com frieza pelo povo e ouviu muitos insultos. Chegou mudo e saiu clado, acompanhado de meia dúzia de assessores, inclusive uma cinegrafista. Ele disputa com Álvaro Dias, seu ex-fã e agora inimigo, a única vaga do Senado. Chances de vitória? Tem, mas são pequenas, pra não dizer, quase zero.  

Demora, mas chega...

 Estou ansioso pelo blog, que está demorando por conta da demanda de trabalho da equipe que está montando. Hoje recebi a notícia de que está sendo finalizado e entra no ar ainda esta semana. Pretendo atualizá-lo o tempo todo - de manhã, de tarde e de noite.