É legítimo o antipetismo, e desde já deixo claro que
não sou petista. O problema é que cenas como esta aí significam a
manifestação pura da intolerância, misto de ignorância e fascismo. Se é pra
queimar bandeira de partidos políticos, o que fere de morte a democracia, então
seria justo que se queimasse bandeiras dos demais, inclusive PSDB,PP (também
envolvido até a medula com a corrupção), PMDB, etc? Claro,seria também agressão
ao regime democrático. Se os partidos não prestam e andam pisando na bola (as
exceções quase inexistem) então que se brigue por uma reforma política
profunda, com a criação de mecanismos que inibam, de maneira definitiva a
roubalheira que, pode acreditar, não foi menor na gestão tucana e muito menos
lá atrás, no próprio regime militar. A diferença é que hoje se apura, se
escancara e se pune,como vem ocorrendo com grandes corruptores. Se é pra passar
o país a limpo, que se limpe tudo, inclusive tirando a sujeita acumulada ao
longo de décadas embaixo do tapete. Essa manifestação de ódio contra o PT ,
isso só ajuda a fortalecer o neofascismo, que toma conta de muitas cabeças que
se imaginava minimamente providas de inteligência.
Sergio Moro começou efetivamente sua vida de político neste sábado em Curitiba. Numa feira no Juvevê foi recebido com frieza pelo povo e ouviu muitos insultos. Chegou mudo e saiu clado, acompanhado de meia dúzia de assessores, inclusive uma cinegrafista. Ele disputa com Álvaro Dias, seu ex-fã e agora inimigo, a única vaga do Senado. Chances de vitória? Tem, mas são pequenas, pra não dizer, quase zero.
Comentários