Ao
saber que sete das dez ações contra a posse de Lula que foram protocoladas no
Supremo Tribunal Federal haviam ido parar na mesa do ministro Gilmar Mendes, a
presidente Dilma Rousseff teve calafrios. Não era pra menos: o ministro não
esconde de ninguém, e nem mesmo das câmeras, o seu ódio do PT, de Lula e Dilma.
Mesmo tendo externado por diversas vezes seus maus bofes, o ministro vai atuar como
juiz em processos que envolvem aqueles que ele elegeu como desafetos. Como pode
isso? Até onde se sabe, o magistrado deve não só ser isento, como parecer
isento. Se num embate político como o que vem ocorrendo no Brasil o mesmo toma
partido , como ele pode julgar os personagens principais da parte contrária? E
o que dizer do juiz Cata Preta, que foi às manifestações de domingo, fez
declarações duras contra o governo e
quinta decidiu pela suspensão da posse de Lula como ministro-chefe da Casa
Civil? Tá tudo dominado.
Sergio Moro começou efetivamente sua vida de político neste sábado em Curitiba. Numa feira no Juvevê foi recebido com frieza pelo povo e ouviu muitos insultos. Chegou mudo e saiu clado, acompanhado de meia dúzia de assessores, inclusive uma cinegrafista. Ele disputa com Álvaro Dias, seu ex-fã e agora inimigo, a única vaga do Senado. Chances de vitória? Tem, mas são pequenas, pra não dizer, quase zero.
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