Quando participei
de um estágio universitário na Câmara Federal nos anos 1980, haviam no
parlamento brasileiro nomes de peso. Na Câmara, tínhamos Freitas Nobre, Ulysses
Guimarães, João Cunha, Roberto Freire , Heitor Alencar Furtado e Hélio Duque,
entre tantos outros. No Senado, nomes como Teotônio Vilela, que eu tive a honra
de conhecer pessoalmente, José Richa, Paulo Brossard, Jarbas Passarinho,
Fernando Lira e Josapha Marinho. Hoje o que temos? Temos Ricardo Barros,
Eduardo Bolsonaro, Luis Nishimori, Sargento Fahur. Sentiu a diferença?
O nível
piorou muito também nas assembleias legislativas e câmaras municipais. De quem
é a culpa? Dos partidos, que também perderam substância? Do eleitor, que apesar
de ter maior número de informação ao dispor parece ainda mais desinformado? Sei
não. O que sei é que o país precisa se reencontrar com a política com P maiúsculo,
com valores verdadeiramente democráticos e com o bom debate.
E olha que
estou falando apenas da representatividade parlamentar. Se pendermos para o lado do executivo aí a
coisa não é diferente, em qualquer uma das três esferas de poder. No nível
federal a coisa beira à tragédia.
Tem jeito?
Acho difícil , mas, sabe como é, a esperança é a última que morre.
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