Quando Stálin invadiu a Finlândia em 1939, pensou que seria barbada. Não
foi. Putin invadiu a Ucrânia em 2022 e imaginou que dominaria Kiev e derrubaria
Zelenske em dois tempos, mas ainda não caiu na real de que o buraco é mais
embaixo. Kennedy também projetou devolver à Sierra Maestra os revolucionários cubanos
que em 1959 derrubaram o presidente pró-americano , Fulgêncio Batista.
Resultado: seu exército de mercenários levou uma surra na Baia dos Porcos.
Os objetivos de Stálin e Putin eram parecidos mas não iguais. Um queria
anexar e o outro usou o pretexto da autoproteção para mandar recado ao inimigo
do Atlântico Norte. Kennedy não engoliu Fidel Castro e seus comandados mas o
fracasso da sua investida acabou jogando Cuba no colo de Nikita Krushev, que até usou a
ilha para montar uma base de mísseis direcionados para a Flórida.
Desastres estratégicos tem sido comuns nas grandes
potências, que parecem pouco se lixar com a vida humana, como tem acontecido
com os próprios Estados Unidos em relação, por exemplo, ao Iraque, ao Vietnã e
ao Afeganistão. O problema hoje, é que a diplomacia atual não chega aos pés da
existente em tempos recentes. Isso assusta. E se Putin mete medo, é bom os
Estados Unidos , a União Europeia e a própria Otan, prestarem mais a atenção no
Irã, cujo enriquecimento de urânio está a todo vapor e a perspectiva de poderosas
armas nucleares brotarem no Oriente Médio é uma realidade concreta.
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