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Se assim é que lhe parece

A história está a se repetir, não se sabe ainda se como tragédia ou como farsa. ------------------------------------ “Operários”, esta tela aí de Tarsila do Amaral registra um momento histórico difícil para os trabalhadores das fábricas paulistanas do início dos anos 30, uma época em que não havia segurança jurídica para quem laborava e o aviltamento da massa salarial dava a exata dimensão da tragédia social que pairava sobre o mundo do trabalho. Quase 100 anos depois (86 para ser mais preciso) o que temos hoje? Temos um país de predomínio do desemprego e da total insegurança jurídica dos trabalhadores formais . Esses, fulminados por uma reforma trabalhista sacana e ameaçados por uma reforma previdenciária perversa, sentem-se tão firmes no mercado de trabalho quanto um palanque em banhado. A Lei de Murphy, que diz que tudo que está ruim pode piorar, é que guia o nosso exército industrial de reserva nessa era Bolsonaro. Era em que um Chicago Boy , banqueiro e investigado

O seguinte é esse

Os bolsominions se irritam, acham que é torcer contra. Antes fosse. A verdade nua e crua é que o governo Bolsonaro vem aprofundando dramaticamente o caos social no país.  ------------------------------------------ Quando Bolsonaro assumiu há 100 dias, existiam no Brasil 27 mil obras públicas paradas. Não foi retomada uma sequer. Nesse período, 2 milhões de brasileiros saíram dos planos de saúde e ingressaram no SUS. É uma consequência pratica do desemprego, que só cresce. E  o que dizer dos 11,2 milhões de jovens entre 16 e 29 anos que estão fora do mercado de trabalho e desanimados com a falta de perspectiva? Enquanto isso, caiu o volume de investimentos na Ciência e Tecnologia, a cultura se escondeu em alguma pasta que não se sabe qual e em contrapartida o super-ministério do Paulo Guedes absorveu três outros ministérios e em contrapartida criou 21 secretaria e 7 subministro para tocar o barco. Que jeito mais às avessas de enxugar a máquina, ehim! Acha pouco? Então veja esta

Reflexão de uma sexta-feira santa

Hoje cedinho, enquanto coava o café, me peguei imaginando: como será que a História irá registrar as eleições de 2018 e os dias, meses e anos que se seguiram à posse de Jair Messias Bolsonaro? Não tem como saber, mas um exercício de dedução lógica nos leva a pensar que este deverá figurar como um período ruim, muito ruim, em que o Brasil engatou ré e marchou célere em direcção aos anos de chumbo (1964/1985), e com uma agravante: não pelas armas, mas pelo voto popular, o que amplia a dimensão da tragédia.

O mal que veio pra bem

Pau que dá em Chico pode aliviar o lombo de Francisco... --------------------------------------- O Antagonista,onde escreve o escroque Diogo Mainardi, aplaudiu Fux quando o ministro proibiu Lula de dar entrevista à Folha. É apenas pra lembrar, porque nada justifica a censura imposta agora ao site e à revista Crusoé pela dupla Toffoli-Alexandre. Pelo menos um lado bom dessa polêmica: o constrangimento que tomou conta dos 11 ministros do STF levou a alta corte a suspender também a censura imposta por Luiz Fux ao ex-presidente Lula, que agora poderá ser entrevistado pelos veículos de comunicação que haviam solicitado entrevista.

Eis uma notícia que eu jamais queria dar

Mas fato é fato. Por isso reproduzo, com muita dor no coração, a notícia publicada hoje pelo blog do Rigon:     "Juíza decreta a falência do jornal O Diário do Norte do Paraná" "A juíza de direito substituta Mariana Pereira Alcântara Magoga, da 1ª Vara Cível de Maringá, decretou hoje a falência da Editora Central Ltda., proprietária do jornal O Diário do Norte do Paraná, considerado o terceiro maior jornal do Paraná. O juízo levou em consideração o argumento da Fazenda Nacional, segundo a qual a editora vinha descumprindo o parcelamento de dívida tributária, um débito superior a R$ 4 milhões, sustentando que a empresa buscava se utilizar da recuperação judicial para dilapidar seu patrimônio e se esquivar de suas obrigações. Foi concedido prazo para o parcelamento, mas ele transcorreu sem que tenha sido comprovada a regularidade tributária, “o que impede o acolhimento do pedido de recuperação judicial”. A decisão cita ainda que os relatórios apresentados pelo ad

O Brasil prende, prende, prende. Mas e daí?

PRENDER O BRASIL PRENDE MUITO. MAS QUANTO MAIS PRENDE MAIS A VIOLÊNCIA CRESCE Sentenciados são mortos por seus próprios companheiros de cela; agentes penitenciários, policiais e familiares são mortos ou transformados em reféns nos presídios; fugas espetaculares, criminosos aos montes ganhando as ruas e colocando em risco a sociedade. Esta é a realidade do sistema prisional brasileiro, que abriga, praticamente como animais, quase um milhão de presos, capturados (ou recapturad os) nas periferias das grandes cidades e a maioria envolvida com o tráfico de drogas. Não é nenhuma novidade dizer que o Brasil é um dos países do mundo que mais prende. E que, quanto mais prisões são efetuadas, mais aumenta a violência nas ruas, mais à mercê da bandidagem fica a população. Não é preciso ser especialista na área para saber que só prender não é solução e que o endurecimento das penas não terá reflexo positivo na questão da violência, cujos índices são assustadores. Qualquer estudante d

São furados os argumentos que tentam justificar política de preços dos combustíveis

“Não é verdade que a Petrobras teve prejuízos enquanto adotou preços de combustíveis abaixo dopreço internacional, entre 2011 e 2014, época em que o preço do petróleo se manteve elevado. O fato é que o preço de venda dos derivados sempre foi acima dos custos de produção e a Petrobras sempre apresentou lucros operacionais em linha com as maiores empresas de petróleo do mundo. Na verdade entre 2012 e 2017, a geração de caixa da Petrobras se manteve estável entre 25 e US$ 27 bilhões por ano,com enormes reservas em caixa, entre 13,5 e US$ 25 bilhões, superiores às multinacionais do setor”. Quem diz isso não é nenhum leigo e nem um esquerdista aloprado, os dados são da AEPET –Associação dos Engenheiros da Petrobras, que assim desmonta o discurso malandro que vem desde Pedro Parente sobre a necessidade de atrelar os preços dos combustíveis às cotações internacionais do barril de petróleo e à flutuação do câmbio. Não é possível que o país continue engolindo a seco aumentos sucessivos

Silencio obsequioso e dramin

A PEC da reforma da previdência esconde muitas armadilhas que ferra direitinho o povo pobre. Além da sacanagem de retirar a Previdência do tripé da seguridade social, deixa janelas abertas para a supressão de direitos inerentes à própria cidadania do brasileiro. Agora, por exemplo , a Folha de São Paulo revela um mecanismo muito perverso que foi colocado sorrateiramente na Proposta de Emenda Constitucional e que a oposição pouco questiona e a  mídia ignora. É aquele que tira da Justiça o poder de decidir sobre benefícios constitucionais negados a aquém precisa. A quem precisa, por exemplo, de um medicamento caro e que só por decisão judicial obtém do SUS. A esses, restará a cova rasa. Mas existem inúmeras outras pegadinhas que não tem nada a ver com a questão previdenciária mas que o governo está enfiando goela abaixo do Congresso Nacional. O pior: deve passar, porque mesmo sem uma base parlamentar solidificada, o presidente Bolsonaro, que disse rejeitar a velha política, já anunc

Bolsonaro impulsiona a indústria...da morte

O presidente Bolsonaro implementa de forma perigosa, políticas públicas de incentivo à matança. Começou com o decreto de liberação da posse de arma, que caminha para a liberação também do porte. Agora, ele decidiu desativar os radares nas rodovias federais, onde a fiscalização eletrônica tinha reduzido em 43% o número de acidentes e em 27% o de morte. Para agravar ainda mais a situação, está em curso a discussão em torno do limite de pontos na CNH, que deve aumentar na mesma proporção em que cresce a impunidade dos motoristas irresponsáveis e imprudentes.

Que Machado de Assis não nos ouça

SIMÃO BACAMARTE PODE ESTAR VINDO AÍ Será que se Olavo de Carvalho voltar ao Brasil e for nomeado oficialmente mentor intelectual do governo Bolsonaro ele vai trancafiar os loucos do governo na Casa Verde?

Tire o garrote, governador!

Está aí uma oportunidade de o governador Ratinho Júnior mostrar que é bem diferente dos antecessores Beto Richa e Cida Borgheti Barros. Depois de visitar o Vale do Silício, nos Estados Unidos, ele parece ter voltado disposto a fazer acordos empresariais para um salto no desenvolvimento da tecnologia no Estado. Se pensar nisso sem a participação das universidades estaduais, vai dar com os burros n´água. Daí porque, o deputado federal Ênio Verri aproveita o mote   para recomendar ao novo governador: “Devolva a autonomia às universidades, tire do pescoço delas o garrote do Meta 4”.

Direita, volver!

DE VÉLEZ EM VÉLEZ, DE WEITRAUB EM WEITRAUB, O BRASIL CAMINHA EM MARCHA BATIDA   DE VOLTA AO SÉCULO XIX Que nação pode ser, ou lutar para se tornar livre, se o seu sistema educacional não for voltado para o aprendizado e também para a formação da cidadania? Que novas e futuras gerações o Brasil terá, se a escola funcionar como quartel, que ensina a mesma lição, “de morrer pela pátria e viver sem razão”? É exatamente isso que pretende o novo governo, sobretudo o presidente da república,  que prefere soldados invés de estudantes e técnicos invés de pensadores, como se fosse necessário uma coisa eliminar a outra. Escola não é lugar de debate político , conforme a paranoia anticomunista do bolsonarismo que, levada a efeito na política educacional brasileira, poderá aproximar o Brasil muito rapidamente do século XIX. É nesse contexto que navega hoje o Ministério da Educação, até ontem ocupado por um ministro descompensado e hoje, por um boquirroto, que pode entender muito de finança

"Arranquem a árvore", pede advogado israelense

Olha só esta: o advogado israelense Avner Shalev , especializado em Direitos Humanos,  e nviou carta ao Museu do Holocausto em Jerusalém em que pede a retirada da muda de oliveira que o presidente brasileiro Jair Bolsonaro  plantou no local. O advogado argumenta que Bolsonaro “apoia a tortura” e que seu chanceler, Ernesto Araújo, “publicou um artigo dizendo que o nazismo alemão e o fascismo da Itália foram os movimentos de esquerda”. 

Pesadelo de uma manhã de segunda

Estava eu fazendo o cafezinho de toda manhã e como sempre ouvindo a CBN, por falta de outra opção melhor para me informar no raiar do dia. Tudo ia bem com as notícias transmitidas pelo Milton Young e os comentários do Gerson (você tem ali) Camaroti. Mas eis que surge o tema reforma da previdência e a coisa começou a azedar. Senti um pouco de náusea, mas melhorei ao olhar para a caixinha de engov. Eis que senão quando surge o Sardenberg elogiando os 100 dias do governo Bolsonaro e enaltecendo de forma descarada a reforma do Paulo Guedes. Pronto, veio a ânsia. Corri e tomei logo um engov. Não adiantou. Só depois é que fui verificar o porque da ineficácia do comprimido: era placebo.

O descanso do guerreiro

O procurador José Aparecido Cruz vai ensarilhar as armas, ou seja, se aposentar e gozar o ócio merecido após 40 anos de trabalho como Promotor Público. Sua despedida será no próximo sábado, quando será homenageado em um almoço organizado por amigos. Tive a honra de receber um convite para estar presente. Dr. Cruz, como é chamado, adora uma estrada. Já palmilhou, de carro, os três continentes americanos. E numa segunda viagem, que rendeu outro livro, ele saiu do Brasil, passou pelo Uruguai, Argentina, Colômbia e Chile. Sempre ao volante da sua Cherokee. Qual será a próxima viagem do nosso "Marco Polo dos Trópicos"? É esperar pra ver e depois saborear o seu diário de bordo.

Inundações não são decorrência apenas das chuvas

                    A falta de planejamento de longo prazo está na raiz dos problemas que os fenômenos                      naturais produzem nas cidades brasileiras, Maringá inclusive.                      Em 1970 a população urbana do Brasil era de 50 milhões de pessoas. Hoje, 49 anos depois, chega a 150 milhões, um crescimento absurdo de mais de 100%. O problema é que a migração   do campo pra cidade ocorreu de forma desordenada. Os gestores públicos das três esferas de poder nunca se preocuparam com este fenômeno e foram deixando a coisas acontecerem ao Deus dará. O resultado são as catástrofes que se registram periodicamente , principalmente nas capitais de topografia acidentada, como é o caso do Rio de Janeiro. Mesmo nas cidades planas, onde a impermeabilização do solo é total, alagamentos são uma constante.    Vamos então ficar no exemplo de Maringá, tida como uma das cidades brasileiras mais bem planejadas e muito privilegiada topograficamente. Aqui, quando chove

A CIA teria participado dos 4 assassinatos

LETELLIER, NERUDA , MONTALVA E O BRASILEIRO JANGO. QUATRO PROVÁVEIS VÍTIMAS DA FÁBRICA DE ELIMINAR LIDERANÇAS DE ESQUERDA NA AMÉRICA DO SUL A esquerda chilena não engole até hoje a notícia oficial de que o poeta Pablo Neruda morreu por causa de um câncer de próstata. Neruda, ao lado de Letellier e Montalva , foi um dos grandes adversários do regime sanguinário do general Pinochet, que Bolsonaro cometeu a descortesia de elogiar quando esteve em Santiago. O povo chileno não  tem dúvidas de que a Cia ajudou PInochet a eliminar as lideranças da esquerda e centro-esquerda do país, inclusive o príncipe dos poetas. Sobre Neruda, o atestado de óbito é questionável e deixa poucas dúvidas de que a causa morte divulgada foi uma grande farsa. O Prêmio Nobel de literatura teria mesmo sido envenenado. E aí surge outra suspeita, levantada por João Vicente Goulart nesse vídeo que postei há pouco: a de que a Cia, que também tem tudo a ver com o golpe militar de 1964 no Brasil, te

Educação reles, com ou sem Wélez

REFLEXÃO SEM DOR, COMO RECOMENDARIA O GRANDE MILLÔR: Usar o poder do estado para suprimir dos livros os fatos históricos, na tentativa de impor aos estudantes a história oficial, não pode ser chamado de outra coisa senão de crime. Isto mesmo, crime de lesa pátria, que compromete de forma dramática e irreversível o futuro da educação e a formação humanitária e cidadã das novas gerações. É isso o que o presidente Bolsonaro quer, com ou sem Ricardo Wélez. Cabe então, a pergunta  : Como compreender a realidade e formar bases no presente para a construção do futuro, sem escovar à contrapelo a história do país?

O cantor, o bispo e os ratos

              . Por Edilson Pereira (jornalista em Curitiba)  Solidariedade a Caetano Veloso que mais uma vez foi atacado. Agora por um religioso. Dom José Francisco Falcão, bispo católico que celebrou no dia 31 de março missa em comemoração ao golpe militar. O absurdo já começa por aí. Uma celebração religiosa por algo que vitimou milhares de pessoas e produziu violência, tortura e censura contra as quais a CNBB lutou. O bispo disse que tinha vontade de "dar veneno de rato" para "aquele imbecil" do cantor   baiano, que nos anos 70 disse que era proibido proibir. É por essa e por outras que o Brasil despenca a ladeira. Primeiro que é um absurdo um religioso de alta hierarquia da igreja falar em matar alguém por motivo político ou qualquer outro, quando deveria estar preocupado em pacificar o ambiente que já anda conturbado. Imagine se alguém que ouviu esta "preleção" resolva dar uma mãozinha pro bispo e se encarrega de colocar veneno de rat