Desenvolvimento sustentável
é, na definição clássica mais conhecida, o desenvolvimento capaz de suprir as
necessidades da geração atual, sem comprometer a capacidade de atender as
necessidades das futuras gerações. Agrega-se a este conceito, preocupações
sociais verdadeiras. Enfim, é crescer economicamente, mas com cuidados ambientais
e uma agenda social conseqüente.
Pois é, vi hoje no Jornal do
Povo, notícia sobre um certificado que o prefeito Silvio Barros II recebeu na
Rio + 20. E pensei: é justo, muito justo, é justíssimo o reconhecimento das
boas práticas do nosso burgo-mestre. Afinal, aqui é só elogio para o processo “democrático”
de intervenção no Santa Felicidade ; foi
digna de aplausos a derrubada de uma canafístula
quase centenária na propriedade particular dos Vilanova; é elogiável o cuidado
que aqui se tem com os fundos de vale, interessantes depósitos de lixo, principalmente de sofás velhos. E o
que dizer da política de extinção gradativa das cooperativas de reciclados? E
da intenção de instalar na cidade uma usina de incineração de lixo urbano? E do
extermínio de um patrimônio histórico do porte da rodoviária velha? E da
criação de um zoológico de durepóxi no Parque do Ingá, cujo projeto de manejo
continua no discurso?
Sinceramente, o certificado
deve ser ampliado e colocado em praça pública. E que a sociedade local seja
justa e estenda tapete vermelho para receber a estrela-maior dos prefeitos
brasileiros, que muito nos honra com sua participação destacada na Rio +20.
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