PAULO GUEDES DIZ QUE O BRASIL ESTÁ NO FUNDO DO POÇO. E ESTÁ MESMO. SABE PORQUE?
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O corte dos investimentos feitos a sangue frio pelo governo Temer e avalizado por um Congresso Nacional de maioria cúmplice colocou o Brasil na marcha do encolhimento da atividade econômica. O primeiro passo foi a implementação da insegurança jurídica no mundo do trabalho e a redução drástica do emprego e por consequência, da massa salarial. Se não tem salário, não tem consumo. Se não tem consumo o comércio afunda, a indústria capota, a arrecadação do Estado despenca.
Era de se esperar que o governo a ser eleito em 2018, fosse quem fosse o presidente, chegasse com o espírito de reativar a economia, unindo o país em torno de um problema gravíssimo, só solucionável num quadro de paz política. Invés disso, o que fez o eleito? Transformou os embates do palanque eleitoral em cizânia , iniciou o mandato com discurso e práticas revanchistas e o pior, surfando numa onda de absoluta mediocridade política.
O resultado não podia ser outro. Sim, Paulo Guedes tem razão nesse ponto: estamos no fundo do poço. O grande problema é que ele, não apenas com pás e picaretas, mas com retroescavadeira, aumenta a cada dia o tamanho do buraco.
Bem que o “posto Ipiranga” poderia ouvir o experiente economista Luiz Gonzaga Beluzzo, cujo diagnóstico do quadro atual pode ser resumido com essas sábias palavras: “um mantra circula nas redações e na cachola dos apresentadores de tevê: não há dinheiro. Em uma economia desfalecida há quatro anos e tanto, os dados fiscais mostram que os cortes de gasto fazem o dinheiro sumir das burras das empresas, das famílias e do governo. Nas trajetórias recessivas, quanto mais corta, mais cai a receita fiscal, quanto mais patina, mas o país afunda”.
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