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Algo em comum entre os dois Paulos



Paulo Henrique Amorim era um jornalista premiadíssimo. Mas sempre corajoso e dizendo o que pensa, sofria pressão o tempo todo. A irmã dele, que mora na França e veio para o velório,  disse que PH não ficou abalado com o afastamento do Domingo Espetacular, da Record, porque já estava acostumado a ser punido pelas emissoras onde trabalhava, por conta de pressão de políticos por ele criticados. Ela lembrou que, quando estava na Band, PH foi afastado do comando de  “Fogo Cruzado” (por pressão do então presidente Fernando Henrique Cardoso),  pouco depois de ganhar um prêmio pela qualidade do programa de entrevistas. O que o teria abalado mesmo, foram  os cerca de 100 processos que recebeu por seus comentários ácidos no blog Conversa Afiada, contra lideranças políticas influentes. Sempre bem informado ele era um crítico ácido da direita brasileira. Ultimamente vinha  pegando no pé do  ex-juiz Sergio Moro, que para ele seria o principal responsável pela quebradeira da das empresas da construção civil pesada, caso da Odebrecht. “Se há corrupção, puna os corruptores e não as empresas”, dizia. 




A morte de Paulo Henrique Amorim guarda uma certa semelhança com o que ocorreu com Paulo Francis. Os dois chegaram a trabalhar juntos como correspondentes da Globo nos Estados Unidos , onde Francis morreu de infarto em decorrência da pressão que sofreu no final do governo FHC, por ter denunciado no programa  Manhattan Connection , da Globo News , um gigantesco esquema de corrupção no Petrobrás. O então presidente da estatal Joel Renó, que Francis chamou de porquinho,  processo o comentarista, que acabou condenado a pagar uma indenização de  500 mil dólares, hoje quase R$ 2 milhões.

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