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Mais de dois séculos da queda da Bastilha

Foi há 231 anos que os franceses mostraram ao mundo como é que se faz, jogando no chão e incendiando a terrível Bastilha, símbolo da opressão do antigo regime. Tudo bem que a Revolução Francesa teve pelo menos três fases e, tal qual Saturno, ela acabou engolindo seus próprios filhos, que em alguns casos mataram uns aos outros. Caso de   R obespierre , por exemplo, que mandou executar o também jacobino Danton , incomodado que estava com a pregação moderadora do ex-companheiro de lutas. E já no início da terceira fase da revolução, Robespierre provou do próprio veneno: teve sua cabeça cortada sob a acusação de endurecer   a sua lei do terror. O 14 de julho de 1789 é uma referência história que jamais pode ser esquecida.

Naquela mesa tá faltando ele...

Ricardo Kotscho lembra, em artigo no portal UOL, que em 1983 um jovem deputado de primeiro mandato apresentou uma PEC (Proposta de Emenda Constitucional) para restabelecer as eleições diretas de presidente da república no Brasil. Isso aconteceu num momento em que o regime militar dava seus últimos suspiros, através do governo do general João Batista Figueiredo, aquele que preferia o cheiro dos cavalo ao cheiro de povo. Num primeiro momento, o jovem parlamentar mato-grossense foi “zoado” por lideranças partidárias no Congresso Nacional, inclusive do seu partido, o PMDB. Achavam que ele só queria se aparecer. Foi quando Ulysses Guimarães percebeu que ali estava a oportunidade para se iniciar no país, uma ampla campanha pela volta das eleições diretas para presidente, com potencial para mobilizar o Brasil de Norte a Sul, do Oiapoque ao Chuí. Quis o destino que o Dr. Ulysses fosse candidato na primeira eleição direta pós-ditadura militar, mas tivesse uma votação fraca, apesar

Fachin e a pena de morte a que foi sentenciado Nelson Meurer

Não vem ao caso se Nelson Meurer era culpado ou inocente. Se era culpado, já tinha sido sentenciado e cumpria sua pena. Mas negar prisão domiciliar nesses tempos de pandemia a um homem de 77 anos com várias comorbidades, não tem nada a ver com justiça.   Se a defesa do ex-deputado pediu três vezes que ele fosse para a prisão domiciliar durante a pandemia, dado que fazia parte do grupo de risco, conceder seria questão de humanidade. O ministro do STF Edson Fachin negou os três pedidos.  Ontem, Meurer morreu de covid 19. I ar praticamente decretou a sentença de morte   de Meurer, que não é melho nem pior do que Eduardo Cunha, Paloci , Queiroz e tantos outros, que tiveram tratamento diferente.

Dublê de Falcone ou herói sem caráter?

Em nome do combate a corrupção, que estava mais no terreno   do falso moralismo do que propriamente na defesa de uma cultura ética, a Lava Jato quebrou o Brasil,   literalmente. Promoveu uma operação caça às bruxas e liquidou   a indústria pesada da construção civil do país, desempregado quase meio milhão de trabalhadores (entre diretos e indiretos), além de destroçar   a Petrobras   e abrir caminho para a eleição de um incompetente e com sinais claros de psicopatia. Tomando emprestada a toga do italiano   Giovanni Falcone , Sérgio Moro incorporou a “Mãos Limpas” e deu ao país uma réplica mal feita de Silvio Berlusconi. Já se sabe agora que Moro era mais político do que juiz e a Lava-Jato era mais FBI do que Brasil. O desastre foi grande e, infeliz e desgraçadamente, nosso país vai demorar décadas para recuperar o prejuízo. Demorará ainda mais se as instituições   continuarem atoas na vida, olhando a banda bolsonarista passar.

Fato ou fake?

Se quase todo mundo que mantém contato diário com Bolsonaro anda testando negativo, de acordo com o que informa agora o portal UOL, como acreditar que o presidente está realmente com o coronavírus? Ou seria uma jogada de marketing para promover a cloroquina?

O novo normal que nos desmoraliza

Há um novo normal na política externa brasileira: o nosso país virou alvo de críticas constantes de organismos internacionais. Não há um motivo apenas, são dois, pelo menos: a política ambiental criminosa e o comportamento genocida do governo federal com relação à pandemia do coronavírus. Na ONU, por exemplo, é pau dia sim, dia também.

Ele é coerente. Está sempre com o governo, qualquer governo

Recordista de vice-lideranças, o deputado Ricardo Barros pode somar no seu curriculum mais uma vice liderança na Câmara Federal. Ele foi vice-líder de Fernando Henrique, de Lula, de Dilma, de Michel Temer, que depois lhe deu o Ministério da Saúde,   e agora está em vias de se tornar vice de Bolsonaro. Isso faz parte da fase toma-lá-da-cá do governo bozzonildo, que abriu de vez as pernas para o Centrão, cujo bloco ostenta o galhardão do fisiologismo  nacional. Ricardo Barros é um dos comandantes do bloco de partidos (presidido por Ciro Nogueira)  , que representa o que há de mais nefasto na política brasileira. Portanto, é o nome certo para exercer   uma das vice-lideranças do governo na Câmara baixa.

Não, essa culpa não lhe cabe, Ulisses

Entendo as idas e vindas do prefeito Ulisses Maia no “aperta e afrouxa” da quarentena em Maringá. “Põe na Cônsul”, recomendaria aquela   propaganda de geladeira. Não, não coloco na Cônsul ,   coloco sim na conta de Jair Messias Bolsonaro, que não faz sua parte enquanto presidente da república. Assim, deixa governadores e principalmente prefeitos, expostos a pressões de todos os tipos e vindos de empresários desesperados e nem sempre conscientes da gravidade da pandemia. Pudessem os ente federativos   estados e municípios contar com o respaldo de diretrizes da União, certamente afrouxariam menos   suas políticas de distanciamento social . Assim, o Brasil   não estaria mais na condição de epicentro da crise sanitária do coronavírus no continente. Em termos globais,   só perdemos para os Estados Unidos, onde   o histriônico Donald Trump também caminha na contramão de todos os protocolos da Organização Mundial de Saúde.

Cloroquina, cloroquina, cloriquina de Jesuis...

- Essa cloroquina aqui é uma delícia e cura. Só não é melhor porque não tem o formato de supositório. Taokei?

Fundador da revista Piauí traça um perfil , a partir dos fatos, do prazer que a morte proporciona a bolsonaro

O comportamento do presidente diante da pandemia chega a ser assustador, constata João Moreira Salles.. Enfim, apareceu alguém para fazer uma radiografia da personalidade mórbida do presidente do Brasil. O documentarista e fundador da revista Piauí, João Moreira Salles,   não tem dúvida de que Bolsonaro sente um certo prazer orgástico com a morte, parece gozar com a perspectiva de um genocídio no país. É pavoroso sim, mas observe bem o relato de Salles sobre o comportamento do “mito” e fique indiferente se for capaz: “Sem dúvida que certas formas de morrer o excitam, enquanto outras o deixam frio. Qualquer antologia das frases que notabilizaram Bolsonaro terá cheiro de sangue e morte. Estupro, tortura, fuzil, exterminou, morra, morrido, matando, pavor, Ustra. Essas são algumas palavras-chave que dão sentido às citações mais conhecidas do presidente. Sem elas, as frases se desfariam. É o sofrimento do outro que as organiza”. “Seria impossível não reparar no óbvio: em ne

Destruição covarde de lavoura do MST destinada a doações

                                  . Por Ricardo Kotscho (UOL) Essa notícia você não vai ler em nenhum jornal nem ver na televisão. Vem de um outro Brasil, que está fora da mídia. Aconteceu na sexta-feira, nos fundões do Brasil, lá onde a vida pulsa e a solidariedade move o trabalho de trabalhadores rurais, no acampamento Valdair Roque, de Quinta do Sol, no Paraná, que plantam hortaliças para doar a famílias carentes durante a pandemia. Logo cedo, Victor Vicari Rezende, um dos proprietários da área, que pertencente à Usina Sabarálcool, acompanhado de 14 homens, alguns encapuzados, e de dois tratores, deu a ordem para a destruição das lavouras em fase de colheita plantadas por 50 famílias do Movimento Sem Terra (MST No mesmo dia, a Horta Comunitária Antonio Tavares, das comunidades Terra Livre e Mãe dos Pobres, doaram 1500 quilos de alimentos orgânicos a 35 famílias da Aldeia Indígena Alto Pinhal e ao Lar dos Idosos João Paulo II, em Clevelândia. Desde o dia 9 de março, no iníc

Filhos de Gonzaguinha e netos de Gonzagão repudiam uso de música do avô em live de Bolsonaro

Amora Pêra, Daniel Gonzaga e Nanan Gonzaga divulgaram nas redes sociais a seguinte nota protesto:  "Diante da impotência e da impossibilidade de processo por propaganda indevida, por dupla apropriação, da canção de Luiz Gonzaga e Zé Dantas e do projeto do Rio São Francisco; nós, filhos de Luiz Gonzaga do Nascimento Jr, netos de Luiz Gonzaga, o Gonzagão, apresentamos uma NOTA DE NOJO diante deste governo mortal e suas lives. Governo que faz todos os gestos ao seu alcance para confundir e colocar em risco a população do Brasil, enquanto protege a si mesmo e aos seus”

Habemus arcebispo!

O Papa Francisco anunciou ontem a nomeação do novo arcebispo de Maringá. É Dom Severino Clasen, quem vem de Caçador, Santa Catarina. Ele sub stitui do Anuar Batisti, que renunciou ao ministério por problemas de saúde. O bisbo de Umuarama vinha atendendo a Arquediocese de Mariná interinamente.

Tânato e as ligações perigosas do clã

Tânato é o nome da operação da Polícia Civil do Rio de Janeiro que prendeu agora de manhã dois integrantes do chamado Escritório do Crime, o mesmo que era comandado pelo capitão Adriano (morto na Bahia)   e ao qual estaria ligado o Queiroz.   Adriano e Queiroz sempre tiveram estreita ligação com o clã Bolsonaro, lembrando que o primeiro   tinha a mãe e a mulher como assessoras de Flávio e o segundo foi durante 10 anos uma espécie de “faz tudo”   da família Bolsonaro. E por que Tânato? Informa o “São Google”, que Tânato é filho de Nix, que representa a noite, a escuridão, a personificação da morte. Enfim, o deus da morte na mitologia grega. Muita gente não entende porque o assassinato da vereadora teve tanta repercussão, inclusive internacional. O noticiário tem deixado cada vez mais claro, que Mariele foi morta porque denunciava da tribuna da Câmara Municipal do Rio a atuação das milícias e sobretudo , a violência policial, que aterroriza até hoje as favelas cariocas. E

Xiita da economia + xiita da política = desastre social

Paulo Nogueira Batista Jr. faz uma análise critica profunda à política econômica de Paulo Guedes, que se difere pouco de Bolsonaro, já que  ambos são dois lados da mesma moeda. Economista de renome internacional, Batista desmascara o posto Ipiranga e seu fundamentalismo econômico: “O presidente Bolsonaro sofre rejeição e críticas crescentes. Curiosamente, a área econômica do seu governo nem tanto. Pode até escapar de um eventual naufrágio. Para alguns setores influentes (nem preciso dizer quem são), tudo se passa como se o ministro da Economia e sua equipe estivessem em uma esfera à parte e precisassem ser preservados de alguma maneira. Mas é uma ginástica e tanto. Bolsonaro e Guedes são dois lados da mesma moeda.  A fragilidade da tentativa de separá-los salta aos olhos. Bolsonaro vem caprichando no esforço de desorganizar e desestabilizar o país, não há dúvida. Poucos se equiparam ao presidente em matéria de talento destrutivo. Como ignorar, entretanto, que ele conta co

O silêncio do sepulcro caiado

Há um ano e meio Bolsonaro vem devastando o Brasil, politica, econômica e moralmente. De repente se calou. E tem recebido elogios pelo seu silêncio, que não é decorrente de outra coisa que não da prisão de Queiroz. Até o Baianinho Engraxate sabe que se Queiroz abrir a boca a casa cai. Para piorar, além de Queiroz, tem a mulher do Queiroz, o “Anjo” e o celular misterioso do Bebiano.

Devolva que esse filho não é seu !

Brasilia nasceu do sonho do imperador Dom Pedro II. Foi até colocada na primeira Constituição do Brasil. Está lá no artigo 3º. : “ Fica pertencendo à União, no planalto central da República, uma zona de 14.400 quilômetros quadrados, que será oportunamente demarcada para nela estabeIecer-se a futura Capital federal” . Só na década de 1950, um mineiro de Diamantina, peitudo como ele só, transformou o sonho em realidade. Pois não é, esse menino, que Dom Pedro também sonhou com a transposição do Rio São Francisco? Pois é, a materialização desse sonho começou bem mais tarde, pelas mãos de um pernambucano de Garanhuns, que de torneiro mecânico chegou a líder sindical e a presidente da república. Mas aí, quando 94% da obra estava concluída, chega um ex-capitão metido a besta , ergue os braços e toma para sim a paternidade de uma obra que ele jamais teria peito e capacidade para se quer começar.

Privatizar a água é um crime de lesa pátria

Em lugar nenhum do mundo a privatização da água e da coleta e tratamento de esgoto deu certo. No Brasil, um dos países com maior potencial de água doce do planeta, entregar essa riqueza para o capital privado é criminoso. Olha só: França, Argentina, Índia e Japão, bem que tentaram mas estão voltando atrás. Motivo: aumentos absurdos das tarifas e falta de investimento. Nos Estados Unidos, segundo levantamento do deputado carioca Marcelo Freixo, apenas 6% dos municípios entregaram seus sistemas de saneamento a empresas privadas. A Inglaterra caiu na esparrela de privatizar a sua água e se deu mal. A população passou a pagar tarifas abusivas e as empresas tiveram lucratividade de 142% nos últimos 9 anos. Aprendamos com a Alemanha, que rompeu uma parceria público-privada que tinha para abastecer Berlim, porque ao capital privado só interessava os lucros. Então, voltemos ao caso do Paraná, que está aqui bem pertinho de nós e conhecemos bem. A Sanepar foi semiprivatizada a partir

Quando a autofagia merece a celebração dos sensatos

Moro foi a cereja do bolo da direita, facilitando o caminho de Bolsonaro, ao liberar a delação premiada de Paloci às véspera da eleição de 2018. O problema é que o Ministério Público tinha rejeitado a delação devido a inconsistência das provas apresentadas. Mas o juiz seguiu em frente, preferiu soltar as acusações raivosas de Paloci, causando impacto devastador na campanha de Haddad. Como prêmio, foi convidado para assumir o Ministério da Justiça, com a promessa de ser indicado para o STF, na cadeira de Celso de Melo, que se aposenta este ano . Moro ficou menos de ano e meio no cargo, tempo suficiente para mostrar que foi tão deletério para o Brasil quanto está sendo o presidente que ele ajudou a eleger. De aliado virou desafeto e acabou, por vias transversas, prestando um grande serviço à nação. O escândalo da tal reunião de 22 de abril só veio à tona por causa da sua exoneração. Agora, picado pela mosca azul, Sérgio Moro tenta com o apoio da Globo, alavancar sua candida

Conde, sem meias palavras

"Que se dê nome aos bois de uma vez: este governo é composto, em toda a sua extensão, por bandidinhos pé de chinelo de quinta categoria. Quando a gente entender isso e perder o medo, Bolsonaro mergulha na lixeira tóxica e dá adeus à brincadeira de achar que é presidente. Nem como nazista será lembrado". . Gustavo Conde (jornalista e linguista) em artigo no 247