Ignorância, despreparo e método se somam para destruir instituições
KENNEDY ALENCAR
BRASÍLIA
BRASÍLIA
O ministro da Educação, Abraham Weintraub, já deu prova do despreparo e incapacidade para a função que ocupa. É mal-educado no trato pessoal, fala português de modo pobre para um titular da pasta da Educação e virou um valentão de rede social disposto a ofender quem o critica, sendo particularmente agressivo com mulheres.
A misoginia é uma marca do governo Bolsonaro. Weintraub está no batalhão de frente do ódio às mulheres.
Ao comentar os exames do Enem, comportou-se de forma autoritária e infantil ao falar com repórteres. Exibiu sua imensa ignorância histórica ao falar da Proclamação da República no feriado de 15 de Novembro.
Num governo normal, já teria sido demitido do ministério. Mas Weintraub é a perfeita tradução da gestão Bolsonaro. Quem paga o pato é o Brasil, que passa por um retrocesso muito grande.
Infelizmente, não há possibilidade de arrefecimento das forças do atraso. Bolsonaro e cia. dobram a aposta. É uma estratégia. É uma mistura da ignorância com a agressividade, mas tem método, tem estratégia: destruir as instituições brasileiras.
Nos Estados Unidos, num jantar em 17 de março na embaixada brasileira em Washington, Bolsonaro evocou Steve Bannon, ex-estrategista de Donald Trump. O presidente brasileiro disse que, antes de construir, era preciso destruir. Ele está empenhado nisso.
Estamos vendo a política ambiental colocar a Amazônia sob risco. Ocorre retrocesso na política educacional do Weintraub. Acontece também na política de segurança pública do ministro Sergio Moro.
Estamos vivendo tempos muito tristes. É preciso reagir. Como jornalistas, não podemos dourar a pílula e fechar os olhos para o que está acontecendo.
A milícia digital está muito agitada nos últimos dias, especialmente em relação aos comentários legítimos de ontem e hoje no “Jornal da CBN – 2ª Edição”. Aceitar críticas é natural, mas não desrespeito e intimidação. A milícia digital está sentindo que os resultados positivos não vêm, o que explica o desespero.
O desmatamento recorde em uma década mostrou que Bolsonaro errou ao desacreditar Ricardo Galvão, ex-presidente do Inpe. O presidente disse que os dados estavam errados. Os dados saíram e confirmaram o que Galvão dissera.
É grave o que está acontecendo. A imprensa tem um papel a cumprir. Os jornalistas têm um papel a cumprir. O equilíbrio e a imparcialidade demandam a capacidade de apontar que algo está errado sem igualar diferentes.
A suposta isenção total beneficia, muitas vezes, aqueles que estão cometendo crimes de responsabilidade. Nivelar desiguais não é boa prática de imprensa. Os jornalistas têm a obrigação, sobretudo quem tem a honra de ser comentarista, de expor argumentos sem medo de crítica. Milícia digital não intimida.
Comentários
Essas pessoas não são só desqualificadas, são ignorantes. Cortar investimento ao invés de aumentar, ser um governo contra a classe popular no ensino superior é maldade.
Quem causa angústia, incógnitas, faz pessoas perderem o sono com um sonho cada vez mais difícil por meios externos não é o presidente ou esse arrombado aí. É quem votou. Não consigo perdoar esses, jamais perdoarei.
O Bolsonaro e o terrorista fundamentalista Weintraub , não são seres humanos, eles são mutantes, FREAKS. ,possivelmente gerados a partir de fezes humanas ingeridas por algum animal infectado por radiação nuclear.
Acho muito estranho que eles ainda não estejam em algum Circo de Aberrações,recebendo bolinhas de pão dos que passam na frente de suas jaulas imundas.
Esses loucos vão acabar com o Brasil e o pior com a conivência do nosso povo!