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A direita também ensina

Nem tudo causa asco na direita rançosa. Nem todos os políticos que habitam a fauna do reacionarismo passam pela vida partidária sem nos deixar boas lições, de comportamento e de ética, inclusive. Lembro de Josapha Marinho, um liberal de respeito, com grandes preocupações sociais e com uma virtude inquestionável: era adversário figadal de Antônio (Malvadeza) Carlos Magalhães na Bahia, meu querido estado natal, estado de ambos. Um ano antes de morrer, ainda senador da república, foi questionado sobre sua permanência no PFL, mesmo partido do adversário e como seu adversário, um udenista de quatro costados: " Ora, ora, dizem que às vezes falo e atuo como um político de centro e, eventualmente, até como um político da esquerda. A esta inquietação que não é só do nobre repórter, mas de correligionários meus, costumo responder o seguinte: é importante que eu esteja do lado oposto aos reacionários de carteirinha, porquie afinal de contas, alguém precisa ter juízo nessa nossa direita".

Agora há pouco li no blog do Ricardo Noblat uma explicação do ex-senador e ministro da educação no regime militar, Jarbas Passarinho, sobre sua reconhecida coerência partidária. Disse: "Quando entrei para a Arena - o primeiro partido a que me filiei - assumi comigo mesmo o compromisso de só sair do partido quando eu morresse ou qundo ele morresse antes de mim". A Arena morreu com o bipartidarismo e Jarbas Passarinho, como Josapha uma das grandes inteligências da política brasileira nas últimas décadas do século XX, continua vivinho, engrossando as fileiras do PP. Isso é coerência partidária.

Lembro a propósito, que o PT foi o primeiro e até agora único partido do ex-prefeito de Maringá João Ivo Caleffi. Embora não seja um petista orgânico, como costumam desdenhar seus "companheiros" orgânicos da tendência majoritária, acho difícil que ele mude de sigla...mesmo que esteja sempre sobre um tapete pronto para ser puxado.

Comentários

Anônimo disse…
Messias;

Vc sempre bom, amigo (me permita)
Abraços


Marta

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