Quem são os Black Blocs? Para a polícia
e a grande imprensa, são vândalos e drogados, marginais que ganham o asfalto
para quebrar tudo e afrontar o establishment. Mas cientistas
políticos sintonizados com a dialética dos movimentos sociais preferem
enxergá-los como ativistas que, valendo-se de táticas anarquistas, procuram
destruir os símbolos do capitalismo e afrontar o poder do Estado .
Seus rostos são cobertos por tocas e
seus peitos, até aqui de mágoa, tentam se vingar da violência da polícia nas
periferias, principalmente nos confrontos com os sem teto ou mesmo com o crime
organizado, cujas balas perdidas atingem exatamente as vítimas da desigualdade.
A Veja tem sido alvo da fúria dos Blakc Blocs , porque na visão deles a
revista se esmera na criminalização dos movimentos sociais, principalmente
daqueles que saem às ruas para gritar contra a violência do Estado. A
deturpação das suas bandeiras pela grande mídia, faz desses neo-anarquistas grupos de “manifestantes enfurecidos”, que
incomodam, ameaçam, assustam. Quem são eles? De onde vêm? Segundo apurou o portal Brasil de Fato, são oriundos de bairros pobres e periféricos, em sua maioria trabalhadores e estudantes que convivem diariamente com a insegurança. Estão ali “por um motivo muito claro que é a luta contra o símbolo do capital, visando proteger aqueles que se propõem a ir contra o capitalismo”. E então, passam uma mensagem ainda mais clara: “Aqui ninguém manda e ninguém obedece. Destruímos bancos porque eles servem ao capitalismo. Eles geram miséria, ódio, tristeza e desavença na população”.
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