. Fernando Brito (Blog Tijolaço)
O retrato aí de cima, da “cola” escrita na mão de Jair
Bolsonaro, na foto de Diego Pardgurshi, da Folhapress, é o melhor retrato do
grau de indigência dos candidatos à Presidência no debate da Rede TV.
Indigência intelectual, indigência política,
indigência moral e ética.
Dizer o quê de um candidato dito “favorito” que
precisa rabiscar na mão, a caneta, como um ginasiano apavorado, sobre o que
deveria falar, olhando a toda hora o que havia garranchado .
Sua resposta à questão da educação, dizendo que
vai “militarizá-la” colocando gente do exército para dirigir escolas é de
chorar.
Mas não foi o único indigente e nem é preciso
falar das invocações de Jesus do Cabo Daciolo.
Marina Silva quer fazer o desenvolvimento à base
de “turismo sustentável”. Mesmo que não fosse um quinquilharia para o
quinto maior país do mundo, qualquer um sabe que não há atividade mais
predatória ao meio-ambiente que o turismo.
Álvaro Dias posava de “dono da Lava Jato”,
ridículo, disputando-o com Marina.
Henrique Meireles era de dar dó, porque era
impossível dizer se eram mais trôpegos seus pés do que trôpega a sua língua. De
qualquer forma, nada era mais reumático que seu discurso de autoelogios vazios.
Até “bancário” quis dizer-se.
Geraldo Alckmin não é nada, transpira falsidade,
frieza, é daqueles caras que ninguém chamaria para tomar uma cerveja e
conversar. Não envolve, não cativa, não convence e apresenta um “programa” que
caberia a um candidato a síndico de prédio, nada mais que isso.
Ciro Gomes, lamentavelmente, mostrou ter um
comportamento ético tão burro quanto deplorável. Suas três invocações gratuitas
e agressivas contra Dilma Rousseff o levaram ao nível de Dias e Marina, mesmo
tendo condições intelectuais visivelmente maiores que as deles.
Mais grave fazer isso, portanto, porque não se
bate em quem não pode se defender.
Escrevam o que digo: Ciro não irá além dos 3% no
final destas eleições. Não porque não merecesse mais, mas porque infelizmente
escolheu ser um Cristovam Buarque 2 ponto zero.
Um pouco melhor, porque seus diagnósticos são,
basicamente, corretos, mas ele escolheu parecer “bonzinho” e “educado” nos
debates à custa de agredir aqueles que foram seus companheiros ao longo de mais
de dez anos.
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