Quando há um pedido de CPI na Câmara , no Senado ou
nos dois (CPI mista), a condição básica
para que ela seja instalada é o número mínimo de assinatura de parlamentares,
exigido pela Constituição. No caso da CPI da Pandemia a exigência era de 27
assinatura de senadores, atingiu 32. Diante disso, o presidente da Casa não
tinha nada que fazer corpo mole,
postergar o impostergável. Tinha
era que cumprir seu dever e instalar a Comissão Parlamentar de Inquérito. O
Bolsonarista Rodrigo Pacheco não fez isso e então o STF, por meio da decisão
monocrática de um ministro, mandou que fizesse. E mandou bem mandado, porque se
a Constituição Federal assim determina, porque um poder tem que se contrapor à
Carta Magna?
A reação de Bolsonaro é de desespero, porque ele
sabe, que mesmo que a CPI seja instalada com o freio de mão puxado, ela é como
briga de faca: sabe-se como começa e nunca como termina. E pode terminar com
descobertas capazes de horrorizar ainda mais o país e estremecer a Praça dos
Três Poderes. O medo de ser impichado é tanto, que Bolsonaro está cada vez mais
desequilibrado, invocando sua influência sobre milhões de seguidores para
promover a guerra civil que ele desejou lá atrás, quando deputado. Lembram
quando ele disse que era preciso matar pelo menos 30 mil, começando por FHC ? Se
você não lembra, bastar procurar no Youtube , porque a vociferação vou em um
programa de entrevista da Band.
Não tem como, mais cedo ou mais tarde, mais dia,
menos dia, Bolsonaro será responsabilizado pela tragédia da pandemia em nosso
país. E para muitos juristas, o futuro dele e provavelmente dos filhos, é Bangu
8 ou a Papuda.
Comentários
Esta frase infeliz do General Pazuello, que diz: "um manda e o outro obedece", não o ampara legalmente dos desmandos em seu ministério, pois ele sabe muito bem que ordens absurdas não se cumpre. Como oriundo da caserna ele deveria ter aprendido isto. Este governo está desmoronando igual a um castelo de cartas. Tem muita coisa ainda sob o tapete a ser desvelada, casos como a morte do Bebiano, do Cap Adriano e do seu sócio, da Marielle e outros.