O pouco que sei de
jornalismo, inclusive no campo da ética , aprendi com ele. Trabalhei com seu
Rubens, o Rubão, na Folha de Londrina (sucursal de Maringá) e na TV Cultura.
Era um chefe exigente, duro nas cobranças, mas de uma generosidade imensa. Cada
chamada de atenção que ele dava nos seus comandados era uma aula de
profissionalismo. Fui no velório dele em Londrina e chegando lá o bispo que
rezava a missa de corpo presente me reconheceu e veio me abraçar após a
celebração.Era Dom Geraldo Ávila, irmão de Rubens, que fui visitar em Brasília,
onde era bispo auxiliar, quando participei do estágio universitário
(representando a UEM) então organizado pela 4a. Secretaria da Câmara dos deputados.
Ao vir na minha direção, dom Ávila lembrou da pergunta que me fez quando lhe
entreguei uma encomenda que o irmão de Maringá mandara: "O Rubens continua
fumando muito?". Respondi que fumava um bucado, e o sacerdote ironizou:
"Falo há anos para ele parar com o tabaco, porque ainda morreria
disso". Na verdade nunca soube do que seu Rubens morreu, mas o que sei é
que ele continua mais vivo do que nunca na memória daqueles que, como eu, tivemos o privilégio de trabalhar com ele. Saudade, muita saudade.
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