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O Senado e a dimensão burlesca do golpe

O pedido de impeachment é um lixo que carece de fundamento jurídico. É um ventilador de besteiras nas bocas de personagens dantescos. Jeferson Miola (Carta Maior) O pedido de   impeachment   defendido no Senado ontem, 28 de abril, pelos advogados do PSDB Miguel Reale Jr. e Janaína Paschoal, não seria sequer aceito para discussão em qualquer Parlamento digno e sério do mundo moderno.   Além disso, está por ser inventada uma republiqueta na face da Terra capaz de aceitar como válida para a deposição de uma Presidente eleita por 54.501.118 votos uma denúncia tão desqualificada apresentada daquela maneira tresloucada.   O pedido de   impeachment   é um lixo que carece de fundamento jurídico e de razoabilidade intelectual. É um ventilador de besteiras nas bocas de personagens dantescos.   É impossível conter o sentimento de vergonha alheia causado por Miguel Reale e Janaína Paschoal: são seres burlescos que causam vergonha nos demais seres humanos que pertencem à espé

Vergonha, vergonha!

Blog do Angelo Rigon “Recentemente a prefeita de Campo Mourão, Regina Dubay (PR), ganhou o noticiário nacional ao substituir os cargos comissionados de sua administração por parentes deles. Eram cinco, que se desincompatibilizaram para disputar a eleição deste ano, mas, diante da péssima repercussão da notícia, três deles foram exonerados. Pois não é que o prefeito Carlos Roberto Pupin (PP) fez a mesma coisa em Maringá? Dos vários cargos comissionados que deixaram a administração no final de março, prazo fatal para a desincompatibilização, pelo menos três tiveram parentes nomeados na sequência. Sergio Marcos Bueno, pastor da Igreja Universal do Reino de Deus, que veio de São José dos Pinhais no ano passado, pré-candidato pelo PRB, foi substituído pelo próprio filho, William Marcos Scheffer Bueno. O filho vai ganhar o mesmo que o pai: R$ 7.140,83. Bueno estaria em disfunção; nomeado no Gabinete do Prefeito, dava expediente no CSU Deputado Rivadávia Vargas. Outro caso é o d

O impeachment aos olhos do mundo

Show de hipocrisia

por Conceição Lemes A hipocrisia despudorada da deputada federal Raquel Muniz (PSD-MG), na sessão da Câmara de 17 de abril de 2016, jamais será esquecida. Ao proferir o 303º voto a favor da abertura do impeachment contra a presidenta Dilma Rousseff, a saltitante parlamentar afirmou: “Meu voto é em homenagem às vítimas da BR-251. É para dizer que o Brasil tem jeito,  e o prefeito de Montes Claros mostra isso para todos nós com sua gestão . O meu voto é por Tiago, David, Gabriel, Mateus, minha neta Júlia, minha mãe Elza. Meu voto é pelo Norte de Minas, é por Montes Claros, é por Minas Gerais, meu voto é pelo Brasil. Sim, sim, sim, sim, sim, sim…”

Imperdível

A mídia internacional fala em golpe,que só não existe para a grande imprensa brasileira

Olha quem vai pagar o pato?

por Francisco Luís, especial para o Viomundo Os empresários que financiaram o impeachment, bancando inclusive os jatinhos para deputados votarem nesse domingo, já começam a cobrar a fatura de um possível governo Temer. Segundo o jornal  Folha de S. Paulo,  pretende-se acabar com a obrigatoriedade de gastos fixos na Educação e Saúde (diminuindo os recursos para essas áreas), fazer a reforma da previdência e das leis trabalhistas, e talvez recriar a CPMF. No jornal impresso, o título da matéria é “Empresariado pede reformas impopulares em seis meses”, mas agora, na versão  online , foi alterado para  “Reformas impopulares são sonho de empresários no governo Temer”. A sinalização é clara. Eles elegeram os trabalhadores para pagar o pato da crise e a fatura chegará nos próximos meses. Muitos que festejaram o impeachment, logo, logo  sentirão o amargo gosto de seu ódio. Ódio pode destruir muito coisa, mas jamais ajudará a construir algo de bom. Os que foram às ruas defender

Detalhe prosáico, mas nem tanto

A imprensa não comentou e nenhum cientista social gastou minutos do seu tempo para analisar a questão. Passou batida, talvez por ser mesmo um detalhe prosaico, a separação que Eduardo Cunha fez no Plenário da Câmara para evitar o contato físico mais direto entre  os parlamentares manifestamente contra e os manifestamente a favor do impeachment. Os da oposição ficaram à direita da mesa diretora e os da situação, em sua maioria vinculados a partidos vermelhos (ou rosa - choque) à esquerda.  Teria sito proposital ou foi uma separação aleatória? Em se tratando de Cunha, ardiloso que só o cramulhão , é difícil imaginar que não tenha sido de caso pensado. Bem, os termos direita, para quem está do lado do rei (no nosso caso aqui, o rei mercado) e e esquerda (teoricamente os que se colocam do lado do povo)  podem ser sintetizados a partir de explicações, como esta do O filósofo inglês Roger Scruton, em sua obra “Os Pensadores da Nova Esquerda”: “ O uso moderno do termo 'esquerda

Deputado pernambucano detona Cunha e Temer, para ele, dois canalhas

Vale a pena ouvir

O republicanismo suicita do PT

Paulo Nogueira, no Diário do Centro do Mundo Imagine um jogo de futebol em que um time compre o juiz e entre com 13 jogadores. Você sabe disso. E mesmo assim entra em campo com 11 jogadores e finge não notar a roubalheira do árbitro. Este é, em suma, o republicanismo à PT. O melhor adjetivo para qualificá-lo, como se vê hoje, é suicida. Republicanismo suicida. Na política, sobretudo num país dominado por uma plutocracia corrupta e predadora, você tem que jogar o jogo de acordo com o adversário, e não com princípios românticos que podem ser facilmente destruídos por gente interessada em manter a sociedade num estágio de desigualdade primitiva. Nas circunstâncias brasileiras, republicanismo é uma palavra que a direita usa para minar os outros – sem que jamais pratique. O republicanismo conservador é FHC nomeando Gilmar Mendes para o STF ou Mário Covas colocando seu chapa Robson Marinho no Tribunal de Contas do Estado. Roosevelt, nos Estados Unidos, só conseguiu impla

"Um bando de ladrões querem atentar a uma presidenta honesta" Ciro Gomes

Sinal de alerta

"O clima de punição a todo custo em voga no Brasil tem levado instituições e opinião pública a naturalizarem ilegalidades. Com a democracia em jogo, o movimento que o País vive hoje é temeroso e lembra o cenário de países que foram palcos de  golpes de Estado recentemente na América Latina . O diagnóstico é feito pelo magistrado Roberto Caldas, presidente da Corte Interamericana de Direitos Humanos (CIDH), órgão judicial ligado à Organização dos Estados Americanos (OEA). Caldas, ex-membro da Comissão Nacional para Erradicação do Trabalho Escravo e à frente da Corte desde o início do ano, alerta para características de um curso similar aos casos da Venezuela em 2002, quando da tentativa de golpe contra o presidente Hugo Chávez, de  Honduras  em 2009, quando Manuel Zelaya foi retirado de casa ainda de pijamas e enviado em um avião para a Costa Rica, e do  Paraguai  em 2012, quando o Congresso votou em menos de 48h pelo impeachment de Fernando Lugo".      .  Carta Capital

Um golpe na agenda social do país

Faz parte do pacote , embalado pelo projeto “Ponte para o futuro”, do PMDB de Michel Temer: desvinculação de 25% de receitas dos estados, municípios e do Distrito Federal dos recursos de áreas vitais como saúde, educação e tecnologia. A PEC 143/2015 foi aprovada na surdina pelo Senado. Digo na surdina porque não mereceu uma linha nos grandes jornais e nem qualquer menção nos telejornais das grandes redes de televisão, que só tem olhos para o impeachment. Adverte o senador Requião que isso é apenas uma mostra do que virá por aí, caso Michel Temer vire presidente da república, com Eduardo Cunha na vice. Veja o discurso feito no senado sobre o assunto pelo senador paranaense Roberto Requião que, gostem ou não, ainda é um dos poucos que levantam no parlamento brasileiro a bandeira da justiça social.            

Acreditem, mas aplaudiram o assassinato dos sem terra na ALEP

Na sessão de sexta-feira na Assembleia Legislativa do Estado, muita gente que ocupava as galerias, aplaudiu a morte dos sem-terra na Fazenda Araupel. A PM se disse surpreendida por uma tocaia, mas o senador Requião denuncia que um dos trabalhadores mortos levou um tiro nas costas. Como pode alguém que está de tocaia ser alvejado nas costas? O aplauso pelo assassinato de dois seres humanos  seria caso de prisão em qualquer país democrático  do mundo, por incitação à violência. Ainda mais que está provado que as terras da Araupel são devolutas. Já há decisão judicial determinando que tal propriedade pertence à União. Portanto, os invasores da fazenda não são exatamente os trabalhadores sem-terra.

Carta Aberta à Comunidade Acadêmica Internacional

"Nós, pesquisadores e professores universitários brasileiros, dirigimo-nos à comunidade acadêmica internacional para denunciar um grave processo de ruptura da legalidade atualmente em curso no Brasil. Depois de um longo histórico de golpes e de uma violenta ditadura militar, o país tem vivido, até hoje, seu mais longo período de estabilidade democrática – sob a égide da Constituição de 1988, que consagrou um extenso rol de direitos individuais e sociais. Apesar de importantes avanços sociais nos últimos anos, o Brasil permanece um país profundamente desigual, com um sistema político marcado por um elevado nível de clientelismo e de corrupção. A influência de grandes empresas nas eleições, por meio do financiamento privado de campanhas, provocou sucessivos escândalos de corrupção que vêm atingindo toda a classe política. O combate à corrupção tornou-se um clamor nacional. Órgãos de controle do Estado têm respondido a esta exigência e, nos últimos anos, as ações anticorrupçã

É bem isso

DEPENDÊNCIA DO DINHEIRO PÚBLICO. ISSO EXPLICA, EM PARTE,  A POSTURA DA GLOBO E A VASSALAGEM DOS SEUS APRESENTADORES E COMENTARISTAS.                  . Paulo Nogueira (Diário do Centro do Mundo) O que leva jornalistas graduados da Globo a se engajarem tão ferozmente na tentativa de golpe comandada por sua empresa? É uma pergunta fascinante, e de resposta complexa. Existem as razões miseráveis de sempre, mas há mais que isso. Bajulação, vassalagem e coisas do gênero contam apenas parte da história. Há um fator provavelmente mais importante que tudo isso: medo. Pavor. Jornalistas como Merval, ou Waack, ou Míriam Leitão, para citar alguns entre tantos, sabem que seu emprego corre enorme risco caso não se concretize um golpe que mantenha franqueado o acesso irrestrito da Globo aos cofres públicos. A Globo tem uma dependência brutal do dinheiro do contribuinte. Apenas em publicidade de estatais, e estamos falando somente da tevê, arrecada cerca de 500 milhões de reais por a

Orgulho do Nrdeste

Empresa de energia lança campanha Orgulho De Ser Nordeste " A Coelce, distribuidora de energia do Ceará, lança, segunda, nas redes sociais, o movimento  ‪#‎ OrgulhoDeSerNordeste‬ . Vai incentivar que os internautas manifestem carinho pelas raízes nordestinas. Além disso, a campanha vai promover, pelo Facebook, um “desafio de cordel”. . Blog do Ancelmo Góis 

Temer quer nos dar um cavalo de troia de presente

A Constituição prevê o impeachment, isso todo mundo sabe. Mas o que se discute é a forma como se quer chegar ao impedimento da presidente Dilma e a maneira sórdida como se busca crime de responsabilidade, onde respeitáveis juristas insistem que crime não há. Por isso é que se diz que o impeachment é golpe. O que foge à compreensão da esmagadora maioria dos brasileiros, gente de bem com toda certeza, é o que se esconde por trás do que se trama nos bastidores do poder político. O golpe, adverte o professor de Economia da Unicamp, Eduardo Fagnani , “é o cavalo de troia da implantação definitiva do projeto neo liberal no Brasil”. Já ficou claro no projeto “Ponte para o Futuro” do vice Michel Temer que , uma vez concretizado o impedimento da presidente, ele assume a coloca em andamento projetos de redução, ao mínimo possível, da participação do Estado na economia brasileira. Tudo começa pelo desmonte de mecanismos de proteção social, como alguns subsídios e políticas compensatórias,

Temer é sério candidato ao troféu da indignidade

Do alto da sua experiência política, que não é pequena, o senador Álvaro Dias aconselha  Michel Temer a também entregar o seu cargo de vice-presidente da república, já que o PMDB por ele comandado exigiu que todos os ministros e ocupantes de cargos de confiança no governo pulassem do barco. Agora no PV, o ex-tucano escreveu em sua página do Facebook:"Renuncia. E o cargo mais importante do partido, o de vice-presidente? Temer não vai entregar? Assim fica consagrado o maior espetáculo de traição, covardia e oportunismo político de nossa história". Álvaro vai mais longe dizendo que se assumir no lugar de Dilma, Michel Temer receberá o Oscar da indignidade política. Como discordar disso?

Primeiro de abril

Cuidado com o conjunto da obra

“Conjunto da obra”  é a nova expressão exaustivamente usada por defensores do impeachment  para justificar suas posições. Até o Sardemberg, comentarista da   CBN  anda mudando o tom da conversa. Não fala mais em pedaladas fiscais como crime de responsabilidade, mas como crime que pode ser perdoado “e no caso da presidente Dilma seria se a economia estivesse crescendo, se a situação econômica do país estivesse um pouco melhor”. Mas,  diz  Sardemberg , fazendo coro com lideranças partidárias , com alguns juristas e economistas: “a presidente da república deve ser impichada pelo conjunto da obra”. Hoje de manhã ouvi o ex-presidente Fernando Henrique dizer na Globo News que o problema da Dilma, que alimenta o processo de impedimento é o conjunto da obra. Até  Janaína Paschoal, a advogada que virou estrela ao defender o pedido de impeachment que ela protocolou na Câmara junto com Miguel Reale e Hélio Biudo,  falou em conjunto da obra.E se tornou a nova musa do golpe midiático. Então

O nosso incrível Dr. Flamel

Ele parece ter poderes mágicos de fazer inveja ao incrível  Nicholas Flamel, o da pedra filosofal O esforço, quase desesperado, do governo , em recompor minimamente a  sua base de sustentação no Congresso Nacional inclui segurar mais pela verba do que pelo verbo, o apoio do PP. Como Ricardo Barros é comandante em chefe  do partido , um dos  mais atingidos pela Lava-Jato,  o deputado está, naturalmente, buscando todo e qualquer recurso federal para projetos de infra-estrutura do seu interesse pessoal na cidade de Maringá. Um desses projetos é o da correção de uma das maiores cagadas de que se tem notícia na engenharia brasileira. Refiro-me aos viadutos sacis do Contorno Norte, que por si só, constituem verdadeiro aborto da natureza. Mas aí vem a correção, tardia, mas enfim, antes tarde do que nunca. Segundo informações do Blog do Rigon, o governo federal acaba de liberar R$ 12 milhões para a Prefeitura de Maringá iniciar a construção da segunda pista de oito viadutos do Contorno

A "Ponte para o Futuro" do Temer

O Senador Roberto Requião (PMDB-PR) vem detonando não é de hoje o projeto de governo de Michel Temer, que também não é de hoje, chamado “Ponte para o futuro”.    Qualquer pascácio percebe que a jogada é reduzir o poder do Estado na economia, o que significa o fortalecimento cada vez maior dos grandes grupos privados , em detrimento de quem não detém modo de produção, tem apenas a força do trabalho.  “Ponte para o Futuro que se pretende como programa após deposição da presidente Dilma Rousseff ainda que proposta encabeçada pelo vice-presidente da República, Michel Temer, visa desmantelar programa  Minha Casa Minha Vida , congelar os salários, aumentar estoque de mão de obra (desemprego), destruir o Sistema Único de Saúde (SUS), manter política de juros estratosféricos, e privatizar o ensino médio no país; em síntese, há uma  tentativa de aniquilamento do Estado Social e da Constituição Cidadã de 1988”, denuncia Requião um  dos poucos parlamentares do PMDB que não apoiam  a forma

Quem é o herdeiro?

Tanto o deputado Pedro Correa( ex-presidente do PP) quanto o doleiro Alberto Youssef detalharam a participação do então deputado José Janene (falecido em 2010) nos principais esquemas de corrupção que pipocaram no país nos últimos anos, inclusive o da Petrobras. Pelo que li e pelo que vi (em vídeos) até agora, nenhum promotor ou mesmo o juiz Moro perguntaram aos delatores quem substituiu Janene nos esquemas depois que ele se foi. Seria interessante saber quem foi o herdeiro do espólio.

Nem tudo é o que parece ser

1968 -2016 - O QUE PARECIA SER, ERA; O QUE PARECE SER NÃO É Instado por uma jovem da platéia a traçar um paralelo entre as manifestações de rua de 1968 e as de hoje, Caetano Veloso foi enfático ontem no programa Altas Horas: “O momento era outro, havia um objetivo claro que era combater a ditadura, que sufocava, prendia e matava. As manifestações de hoje se dão num quadro muito confuso e os objetivos parecem pouco claros”. De fato, o objetivo explicitado nas ruas com multidões vestidas de verde e amarelo é , aparentemente, de indignação contra a corrupção. Digo aparentemente porque há outros interesses por trás, como o de varrer a esquerda do mapa, ressuscitar um projeto neoliberal que contemple o estado mínimo, pondo fim às políticas compensatórias implantadas pelos governos Lula e Dilma e retroagindo em conquistas sociais importantes, principalmente na área trabalhista. A esmagadora maioria das pessoas que vai, de boa fé protestar , não propriamente contra a corrupção em

Quem vai atirar a primeira pedra?

Que o juiz seja juiz e não justiceiro

A jornalista Tereza Cruvinel (Rede TV e portal Brasil 247)  lembra que ao autorizar a divulgação da conversa entre Lula e Dilma, o juiz Sérgio Moro alegou interesse público. E acrescentou que os governados têm o direito de saber o que fazem (inclusive na intimidade) os governantes. Tal posição manifestada pelo magistrado da Lava-Jato torna intrigante o seu desinteresse pelas revelações da Odebrecht , cuja lista de beneficiários de um sistema de distribuição de “caplilés”  elenca mais de 200 nomes, de quase todos os partidos, inclusive do PSDB , que tomou o lugar do PT no papel de vestal. A lista é importante e precisa ser investigada, não para execrar fulano ou cicrano , mas como um passo importante para que enfim, a Polícia Federal, o Ministério Público, a CGU e a Justiça comecem a desnudar  o sistema dominante, que é ilegal e viciado, de financiamento privado de campanhas. Enfim, desnudar uma prática deletéria que predomina na política brasileira não é de hoje. Ora, se os gover

São todos iguais nessa noite...

O ex-presidente nacional do PP, Pedro Correa fez delação premiada, que ainda será homologada pela justiça, mas o que a Folha de São Paulo antecipa hoje é o suficiente para deixar muita gente com desarranjo intestinal. Ele detona Augusto Nardes (ministro do TCU), Fernando Henrique Cardoso, pela compra de votos na emenda da reeleição e muitos outros figurões da república. Não escapa quase ninguém, todos sujos na dedoduragem de um sabujo. São rodos iguais nessa noite...

Ricardo Barros, que já fazia parte da Lista de Furnas está na lista dos beneficiários do propinoduto da Odebrecht

Um filho da puta bem dito

 Ayrton Centeno — Eu estou protegendo você, seu filho da puta! A última vez que tal conselho deixou de ser ouvido custou 21 anos de ditadura ao Brasil. — Eu estou protegendo você, seu filho da puta! Em 1964, no momento em que articulava o golpe contra Jango, o arquiconspirador Carlos Lacerda desconsiderou a possibilidade de reversão do que urdia. Embora sagaz, não imaginou que a usurpação de um presidente eleito, que parecia abrir-lhe o caminho para a presidência, viesse a ser, como foi, o começo do fim de suas próprias ambições presidenciais. Aos 50 anos, vivia o auge de sua carreira. Foi preso e cassado pelos novos inquilinos do poder que ajudou a implantar. Morreria em 1977 sem recuperar seus direitos políticos. Provavelmente lamentaria não ter sido admoestado — antes da vitória que se transformaria em derrocada — por um adversário mais atrevido que lhe dissesse nas fuças: — Eu estou protegendo você, seu filho da puta!

Calafrios

Ao saber que sete das dez ações contra a posse de Lula que foram protocoladas no Supremo Tribunal Federal haviam ido parar na mesa do ministro Gilmar Mendes, a presidente Dilma Rousseff teve calafrios. Não era pra menos: o ministro não esconde de ninguém, e nem mesmo das câmeras, o seu ódio do PT, de Lula e Dilma. Mesmo tendo externado por diversas vezes seus maus bofes, o ministro vai atuar como juiz em processos que envolvem aqueles que ele elegeu como desafetos. Como pode isso? Até onde se sabe, o magistrado deve não só ser isento, como parecer isento. Se num embate político como o que vem ocorrendo no Brasil o mesmo toma partido , como ele pode julgar os personagens principais da parte contrária? E o que dizer do juiz Cata Preta, que foi às manifestações de domingo, fez declarações duras contra  o governo e quinta decidiu pela suspensão da posse de Lula como ministro-chefe da Casa Civil? Tá tudo dominado.

Amor e ódio com igual intensidade

"No século XX, os dois políticos brasileiros mais amados e odiados foram Getulio Vargas e Carlos Lacerda (Juscelino Kubitschek não era unanimidade, mas era difícil odiá-lo). Com o anúncio do ex-presidente Lula como novo ministro da Casa Civil, amor e ódio são proclamados com exaltação e cólera. Nunca vi nada igual. Mas já li e ouvi muito sobre os tempos de Lacerda e Getulio. Será que eles despertaram tanta paixão, contra e a favor, como Lula hoje?".    . Mário Magalhães (blogueiro do UOL)

Pode ser, pode não ser. Se for será...

A grande pergunta do momento é: Dilma acertou em levar Lula para dentro do seu governo, ainda mais para a Casa Civil? Como uma pergunta puxa a outra , esta vem em seguida: Estaria Lula tentando salvar a própria pele com o foro privilegiado que o tira do alcance do juiz Sérgio Moro? Pode ser, pode não ser. Se for, será; se não for, continuará não sendo. O quadro é tão confuso quanto essa assertiva desacertada. Mas uma coisa é certa: a partir de agora quem vai dialogar com o Congresso é o dono dos porcos. Os partidos aliados não conversam mais com a bancada do PT, que não tem credibilidade e nem poder de decisão para prometer alguma coisa no balcão de negócios em que se transformaram os espaços reservados ao cochicho na Câmara e no Senado. Agora é diferente: o que Lula prometer em nome do governo, o governo cumprirá, o que de certa forma acalma um pouco os ânimos dos partidos da base, todos fisiológicos. Mas ao mesmo tempo, a presença de Lula na articulação política do Planalto ir