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O bruxo e seus cães adestrados

  É fácil entender porque Bolsonaro não está nem aí quando lhe chamam de homofóbico, machista , sexista e o diabo a quatro. A matriz desse comportamento criminoso foi alimentada lá atrás pelo bruxo americano Steve Banon, guru de gente como Trump, o próprio Bolsonaro e Marine Le Pen, que ameaça Macron nas eleições francesas desse domingo. Banon costuma dizer aos cães que adestra: “Se chamarem você de homofóbico e xenófobo, por exemplo, use a acusação como medalha de honra”.

Os iguais se entendem

  O primeiro-ministro da Hungria, Viktor Orbán, é um dos poucos chefes de estado que mantém relações de amizade com Bolsonaro. Faz sentido: Orbán é um populista totalitário, amante da violência e inimigo da democracia. Se mantém no poder graças a manipulação do processo eleitoral do seu país, o que aliás, é um desejo confesso do presidente brasileiro.

O buraco é mais embaixo

  Lá se vão   42 anos da entrega do serviço de água e esgoto de Maringá para a Sanepar. Desde então a cidade cresceu muito e o saneamento básico   precisou acompanhar, com investimentos pesados e planejamento de médio e longo prazo. Reconheçamos: a Sanepar deu conta do recado. O problema está no fato do preço do seu serviço ter desagradando muito   o maringaense. E tudo piorou quando a empresa fixou em 80% a tarifa do esgoto sobre o total da fatura da água. Ignorando um pouco os maus bofes do consumidor para com a Sanepar, o então prefeito Said Ferreira (in memoriam) decidiu prorrogar o contrato de concessão por mais 30 anos. O fez sem licitação, por considerar que a empresa era pública, e na relação de ente federados tal mecanismo seria dispensável. O Ministério Público não teve o mesmo entendimento do prefeito, que por óbvio, fez a prorrogação orientado pela Procuradoria Jurídica do Município. Deu no que deu: o contrato foi judicializado e a Companhia de Saneamento perdeu em toda

Nem dignidade, nem respeito...

  “Em cada frase do senhor ou de seu pai, há uma violação dos direitos humanos das vítimas da ditadura, submetendo cada uma delas a um tratamento desumano”, escreveu sobre Eduardo Bolsonaro o experiente jornalista Jamil Chade, há anos correspondente internacional de diversos jornais brasileiros. Chade, como de resto o Brasil civilizado, está indignado   com a chacota que o deputado Eduardo Bolsonaro fez da tortura sofrida pela jornalista Míriam Leitão nos porões da ditadura. Ele escreveu: “Cada vez que usam seus cargos e imunidades para fazer apologia à dor, vemos em nossas almas o verde e amarelo se transformar nas cores do luto e da angústia. Cada vez que os senhores tentam reescrever o passado, sabemos que é o nosso futuro que está ameaçado. Nestes últimos três anos, as lágrimas que vocês nos deram foram engolidas com a força de algo que os senhores desconhecem: dignidade. Com uma arma que vocês não terão onde comprar: o respeito”.

Aras, bajulador e omisso

  Augusto Aras não considera que houve prevaricação quando Bolsonaro fez ouvidos de mercador à denúncia de superfaturamento de bilhões da vacina Covaxin. A roubalheira só não se concretizou graças à CPI da Covid. Tivemos o recente escândalo envolvendo o MEC e pastores e mais uma vez Aras se vez de cego e surdo. E continuou sem ouvir e sem enxergar no caso da compra dos ônibus escolares, cujo pregão será hoje, com superfaturamento previsto de quase R$ 1 bilhão. Aras vem ignorando os crimes de Bolsonaro não é de hoje. Seu papel como Procurador Geral da República é   apurar e encaminhar os processos à instância máxima da justiça que é o STF. Aras   faz média com o presidente que o indicou, porque sempre sonhou e continua sonhando com uma cadeira de ministro do Supremo. Levou rasteira duas vezes quando das aposentadorias de Celso de Melo e Marco Aurélio Mello. A expectativa do PGR agora é que Bolsonaro se reeleja e possa indicá-lo lá na frente para as vagas de Rosa Weber ou Carmem Lúcia.

O perigo de golpe é real, advertem Jânio e Fachin

  Jânio de Freitas, um dos mais qualificados jornalistas políticos do Basil, alerta em artigo hoje na Folha de São Paulo: "Os indícios atuais de golpe já ameaçam o episódio eleitoral”. O discurso do presidente e dos militares que o rodeiam repete a lógica de 1964, insinuando que uma intervenção militar seria anseio da sociedade. Jânio menciona o receio manifestado pelo presidente do TSE, ministro Edson Fachin, que disse claramente esta semana sentir que a democracia está sob ameaça. O que mais espanta é o silêncio da elite política e da própria oposição. Era hora dos pre-candidatos Lula, Ciro e até os de centro como Simone Tebet e o vai-não-vai João Dória estarem botando a boca no trombone. As ameaças de golpe são cada vez mais claras, principalmente porque as pesquisas indicam a possibilidade real da vitória de Lula. Fosse qualquer outro candidato a ameaçar a reeleição de Bolsonaro o discurso golpista não estaria sendo potencializado como está. O fato concreto é que as instit

Pra não dizer que não falei das flores

  Bolsonaro está exultante e seu ministro da defesa, provável vice na chapa que buscará a reeleição, esfuziante. E por que? Porque estão comemorando uma data que era pra ser esquecida por todos os brasileiros bem informados, bem formados e de bom senso. Hoje faz 58 anos do golpe militar que infelicitou a sociedade brasileira de 1964 a 1985. Foi um período terrível uma longa noite de escuridão, que durou exatamente duas décadas. Um dos símbolos mais horripilantes daquele período de tortura de cidadãos que questionavam o regime, atendia pelo nome de Brilhante Ustra, o ídolo do atual presidente do Brasil e que um professor da Unicamp, preso e torturado,   chamava de degeneração humana. Hoje os três ministros militares (Exército, Marinha e Aeronáutica) emitiram uma nota conjunta enaltecendo o golpe que eles chamam de revolução. Muita gente foi presa , torturada e algumas mortas, por pensar diferente e por questionar a supressão das liberdades democráticas.   É sempre bom lembrar que

Zelenske, Putin ou Biden? Qual desses três atrasa o fim da guerra?

  Quanto Stálin invadiu a Finlândia em 1940, os finlandeses resistiram enquanto puderam e conquistaram, afinal, a independência do país. Perderam território, porque o invasor não recua enquanto seu líder não achar que obteve uma vitória, por menor que seja. A vitória de Putin, já se assemelha à de Stálin, que é a conquista de um pedaço da Ucrânia, ainda que os ucranianos mantenham a independência do seu país, já convencidos de que não devem fazer parte da Otan, o que é outra vitória do Vladimir contra o Volodymyr. Putin já tem a Crimeia, anexada em 2014 e agora já se contenta com a consolidação da independência de Donetsk e Luhansk. Portanto, quem está retardando o fim da guerra neste momento é o presidente dos Estados Unidos,   que está se tornando, mais até do que Trump, o rei da bravata.

A qualidade despencou

  Quando participei de um estágio universitário na Câmara Federal nos anos 1980, haviam no parlamento brasileiro nomes de peso. Na Câmara, tínhamos Freitas Nobre, Ulysses Guimarães, João Cunha, Roberto Freire , Heitor Alencar Furtado e Hélio Duque, entre tantos outros. No Senado, nomes como Teotônio Vilela, que eu tive a honra de conhecer pessoalmente, José Richa, Paulo Brossard, Jarbas Passarinho, Fernando Lira e Josapha Marinho. Hoje o que temos? Temos Ricardo Barros, Eduardo Bolsonaro, Luis Nishimori, Sargento Fahur. Sentiu a diferença? O nível piorou muito também nas assembleias legislativas e câmaras municipais. De quem é a culpa? Dos partidos, que também perderam substância? Do eleitor, que apesar de ter maior número de informação ao dispor parece ainda mais desinformado? Sei não. O que sei é que o país precisa se reencontrar com a política com P maiúsculo, com valores verdadeiramente democráticos e com o bom debate. E olha que estou falando apenas da representatividade parla

Me deu um ataque de riso

  O castigo veio a cavalo, no lombo de um manga larga puro sangue, que atende pelo nome de Power Point.

Incompetência e negligência . A soma é criminosa

  Matéria do jornal O Globo mostra que a queda absurda da cobertura vacinal no Brasil pode trazer de volta doenças infeciosas que o país já dava como erradicadas, caso do sarampo, da catapora e da paralisia infantil. O PNI, que funciona aos trancos e barrancos na pandemia, tirou o seu foco de outras doenças e isso é assustador, segundo os infectologistas. Essa desaceleração do Plano Nacional de Imunizações não pode ser atribuída à sobrecarga provocada pela Covid, porque ela começou antes da pandemia, segundo o jornal. Quem viveu a era do sarampo, por exemplo, sabe a tragédia que seria a volta dessa doença infecciosa. Eu tive sarampo na infância e sei o que é isso. Perdi um irmão para o sarampo e portanto falo de cadeira. Gente, não dá pra acreditar que o Brasil tenha involuído tanto, que tenha chegado a ter um presidente da república como Bolsonaro. Nosso país não merece isso.

Qualquer semelhança pode não ser mera coincidência

  Se você está no time dos que acham que colocar freios no Telegram é censura, então é bom que se informe melhor sobre a propagação dos ideais nazistas por meio dessa plataforma. E se você se aprofundar um pouco perceberá que a maioria das mensagens de ódio e críticas à vacinação e ao distanciamento social que circulam no Brasil tem como fonte geradora o bolsonarismo. A extrema direita avança em nosso país de forma muito perigosa. Bolsonaro é o ovo da serpente que foi galado nas eleições de 2018. O ministro Alexandre de Moraes agiu com presteza cirúrgica no combate ao avanço do neonazismo no Brasil. Uma eventual reeleição de Bolsonaro seria uma tragédia para a nossa tenra democracia e o sepultamento do que ainda resta de agenda social no país.

Ah, Putin mete medo? Que tal ficar de olho no Iran?

  Quando Stálin invadiu a Finlândia em 1939, pensou que seria barbada. Não foi. Putin invadiu a Ucrânia em 2022 e imaginou que dominaria Kiev e derrubaria Zelenske em dois tempos, mas ainda não caiu na real de que o buraco é mais embaixo. Kennedy também projetou devolver à Sierra Maestra os revolucionários cubanos que em 1959 derrubaram o presidente pró-americano , Fulgêncio Batista. Resultado: seu exército de mercenários levou uma surra na Baia dos Porcos. Os objetivos de Stálin e Putin eram parecidos mas não iguais. Um queria anexar e o outro usou o pretexto da autoproteção para mandar recado ao inimigo do Atlântico Norte. Kennedy não engoliu Fidel Castro e seus comandados mas o fracasso da sua investida acabou jogando Cuba no colo de Nikita Krushev , que   até usou a ilha para montar uma base de mísseis direcionados para a Flórida. Desastres estratégicos tem sido comuns nas grandes potências, que parecem pouco se lixar com a vida humana, como tem acontecido com os próprios Esta

Lucro dos acionistas em cima da miséria de milhões de brasileiros

  Luís Nassif, um dos mais qualificados do jornalismo econômico, saiu de pau em cima da mídia corporativa, que critica os preços dos combustíveis mas defende a política da Petrobrás, que vem abusando do seu poder monopolista desde o golpe de 2016 contra a presidente Dilma Rousseff. "A estatal vem sistematicamente transferindo recursos da sociedade brasileira, que padece com a fome, a inflação e o desemprego, para um pequeno grupo de acionistas privados da companhia", diz Nassif.

Zelenske , que faz da populaço da Ucrânia bucha de canhão, quer a III Guerra

  Alguns países do grupo resistem à entrada da Ucrânia na Otan, enquanto outros não só apoiam como incentivam. Esta adesão é considerada provocação à Rússia, que se sente ameaçada com o avanço da Organização do Tratado do Atlântico Norte sobre países da antiga União Soviética, caso da   Polônia,   República Checa e a Hungria. Putin vem mandando sucessivos recados desde a anexação da Criméia em 2014, de   que a cooptação da Ucrânia, que teve um presidente pró-moscou deposto, poderia significar um conflito de proporções   alarmantes   para o mundo todo. O risco ainda existe, principalmente porque o neonazista Zelesnke   insiste em flertar com as potencias ocidentais e até chega ao absurdo de pedir que a Otan torne   seu país   uma zona de exclusão aérea . Pra isso, as forças militares da Otan teriam que entrar no território ucraniano para derrubar qualquer avião russo que entrasse no espaço aéreo   da Ucrânia. Os próprios Estados Unidos rejeitam a ideia, porque isso seria, de fato, a def

A insensatez que ameaça o mundo

  Aonde está a maior insensatez?   Em Putin, que massacra a Ucrânia como um psicopata sanguinário ou na Otan, que cercou a Rússia, quando ela ficou fragilizada com a desintegração da União  Soviética? Acho que está dos dois lados. Não se pode colocar a Organização do Tratado do Atlântico Norte, liderada pelos Estados Unidos, num pedestal.   Enquanto Putin bombardeia o território ucraniano, Joe Biden e seus aliados agridem o bom senso e botam lenha na fogueira em que ardem corpos de milhares de inocentes, ao mesmo tempo em que apavora o mundo com a possibilidade de uma guerra nuclear.  Buden anda cheio das bravatas, mas esquecendo que nenhuma potência é tão invasora quanto os EUA. Ele se finge, então,  de macaco, que enrola   o rabo e senta em cima.  

Se Kennedy e Khrushchov negociaram por que Biden e Putin não sentam pra coversar?

  A OTAN foi criada para unir as potencias ocidentais, Estados Unidos à frente, contra a União Soviética. Se a União Soviética e seu braço armado Pacto de Varsóvia deixaram de existir, para que continuar existindo a OTAN? Claro que a Organização do Tratado de Atlântico Norte continuou e se fortaleceu para ameaçar a Rússia,   que nem por isso deixou de ostentar um grande poderio bélico, se afigurando como o gigante do Leste Europeu. Por óbvio, o avanço da OTAN sobre , principalmente , os países da região dos Bálcãs, nunca deixou de ser uma provocação a Moscou.     O mundo já esteve perto de uma guerra nuclear desde o início dos anos 60. Basta lembrar o episódio da Baia dos Porcos, por onde os EUA tentaram derrubar o governo revolucionário de Fidel Castro e acabou   levando uma surra, que até hoje envergonha   o povo americano. Mas isso serviu para que o presidente Kennedy assistisse, impotente, a instalação de mísseis balísticos soviéticos na Ilha, distante pouco mais de 100 quilôme

Mais um atestado de incompetência

  O Brasil foi um dos poucos países cuja diplomacia não preparou um plano de retirada emergencial dos seus cidadãos quando a invasão da Ucrânia já era iminente. Os brasileiros que conseguiram sair do país sob bombardeio foram poucos, sobretudo aqueles que tinham recursos próprios, caso dos jogadores de futebol. Atualmente, ainda tem muito brasileiro no território ucraniano sem ter o que fazer. O governo brasileiro deu apenas mais uma prova da sua total incompetência , do fiasco da diplomacia do país sob a presidência de Jair Bolsonaro, que continua em cima do muro em relação à guerra.  

A Casa Branca é tão responsável pela guerra quanto o Kremlin

  Putin sinalizava desde 2014, com a invasão da Criméia que a Ucrânia seria questão de tempo. O recado foi ignorado pela OTAN, que continuou , irresponsavelmente, avançando sobre o Leste da Europa. O pior de tudo, é que as provocações continuam. Putin está ensandecido, mostra-se um líder insensível, um psicopata disposto a tudo . Por outro lado, os Estados Unidos, que lideram uma organização desnecessária, pilota sanções que prejudicam não apenas o Kremlin , mas afeta todo o mundo. E qual o progresso obtido até agora ? Nenhum. Putin está cada vez mais raivoso e ameaçador, enquanto o presidente da Ucrânia continua flertando com a OTAN e transformando os ucranianos em buchas de canhão.   Em uma entrevista coletiva a jornalistas estrangeiros, Vladimir Putin foi taxativo já em 2021 sobre sua intenção de conter o avanço da OTAN rumo ao Leste. “Isso é inaceitável”, disse, lembrando de maneira enfática e com certa irritação: “Fomos nós que colocamos mísseis na fronteira com os Estados Unido