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O problema dele é ele mesmo



O presidente Bolsonaro deu ordens para que a caserna celebre a ditadura militar, o regime que prendeu, torturou e matou adversários políticos com a justificativa de uma falsa (e ridícula) ameaça comunista.
Até os generais da ativa devem estar constrangidos com isso. Principalmente se lembrarem de que Bolsonaro era desprezado pela cúpula do Exército, que o via como um desequilibrado e inconsequente. O presidente Geisel, por exemplo, achava Bolsonaro um mau militar, “completamente fora do normal”.
Numa entrevista concedida ao site Terra Magazine o ex-ministro e senador Jarbas Passarinho (+), que era militar, disse sobre Bolsonaro: “ Já tive com ele aborrecimentos sérios. Ele é um radical e eu não suporto radicais, inclusive os radicais da direita. Os da direita me fazem lembrar aquele livrinho da Simone de Beauvoir sobre “O pensamento de direita: “O pensamento da direita é um só: o medo”. O medo de perder privilégios”.
Com seu discurso tosco de preservação dos valores éticos da família e de enfrentamento ao “perigo vermelho”, Jair Messias Bolsonaro conquistou corações e mentes. O analfabetismo funcional fez do capitão presidente da república em 2018.Mas o comportamento político do presidente continua igual ao do candidato, o que é ruim para ele e péssimo para o país.
Nos Estados Unidos nos envergonhou com tanta vassalagem. No Chile, constrangeu até o presidente chileno com elogios ao ditador Augusto Pinochet, de quem copia o sistema previdenciário que quer enfiar goela abaixo dos brasileiros.
Que não venham os bolsominions dizer que estão perseguindo o mito e apostando no quanto pior melhor. O problema de Bolsonaro não são seus adversários políticos. O problema dele é ele mesmo.

Comentários

Hudson disse…
Defender a ditadura militar é apologia ao crime e deveria dar cadeia. É um absurdo um presidente da república fazer o que está fazendo e sair impune.
Um governo sem atitude, sem vergonha na cara, sem proposta, sem plano. Comemorar a ditadura além de vergonhoso é inaceitável.
Não há nada a ser celebrado no aniversário do golpe militar de 1964. A ditadura abriu uma ferida em nosso país que sangra até hoje. Seu legado é de violência, ilegalidades e corrupção.
Décio disse…
Bolsonaro querer comemoração do período marcado por mortes, tortura e desaparecimento é uma ofensa à democracia.

Para o período mais vergonhoso da nossa história não há comemoração.
Patricia Oliveira disse…
Que vergonha!!! Um presidente que estimula homenagens a um dos piores momentos da nossa história. Crimes contra a humanidade na prática serão comemorados no Brasil de 2019. Esses nossos tempos serão de luta contra o autoritarismo.
Andrade disse…
O Paraguai certamente não comemora o pedófilo Stroessner. O Chile não comemora Pinochet. Ou qualquer ditador envolvido na Operação Condor.
Por que ainda temos esse tipo de absurdo no Brasil? Qual a diferença? Todos os países sul americanos puniram seus ditadores. Menos nós.
Rodrigo disse…
Alguém consegue imaginar a Alemanha celebrando a era Hitler ou a França comemorando a ocupação nazista? Esses episódios são vergonhas para a humanidade, assim como a ditadura no Brasil entre 1964 e 1985. Só alguém que tenha desprezo pela democracia pode fazer isso
Anônimo disse…
Periódo negro na história do brasil, sob domínio de militares, a população teve sua liberdade cerceada. O número de desaparecidos, não se pode calcular, dada a repressão existente. Torturas. Agressões a estudantes. Intelectuais, artistas e pessoas influentes que ousavam ir de contra ao regime era banidas do país. Sofrimento de toda ordem, a imprensa não tinha liberdade de se expressar, a censura atuando. Ditadura nua e cruel. A polícia federal se encarregava de sumir com aqueles que era considerados contra o regime, em carros descaracterizado levava preso pessoas idôneas e cultas. Sarcasmo Bolsonaro vir a público e seu porta-voz dizer que não houve Ditadura. Questione Chico Buarque, Caetano Veloso, Fernando Henrinque dentre outros. O país precisava de um presidente cívil , diplomata, culto, inteligente e não um deslumbrado com o poder, que vivia até ontem num pequeno apartamento de classe média ou funcional, agora ocupa o palácio da alvorada, com obras de arte , que não deve saber nem mesmo quem é o artista.
Thiago disse…
Precisamos urgente defenestrar esse miliciano da presidência. Ele não é dono do Brasil, ele não tem o direito de intervir na história do nosso país.
Bolsonaro é um doente! O que me preocupa é a quantidade de pessoas que ele inspira a agir como ele!
Rafael disse…
Uma pessoa cristã não pode apoiar o regime militar no Brasil, torturar e matar seus semelhantes não condiz com a doutrina cristã.
Felipe disse…
O desgoverno Bozo apenas mostra-se, agora, o que muitos já sabiam desde a campanha eleitoral. Não há governo na acepção correta da palavra. Há um balaio de gatos loucos descontrolados, sem rumo algum. O único rumo que se avista é o total colapso da máquina governamental. Até quando o "mercado" e a ala mais burra e atrasada das forças armadas aguentarão carregar essa tremenda "mala sem alça" é que se torna a dúvida mais cruel do momento. O governo não acabou por uma simples razão: JAMAIS iniciou.

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