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O tempo não pára...

O filme de Cazuza exibido esta semana na Rede Globo está gerando muita polêmica no Brasil inteiro. As relações homossexuais e as rodadas de consumo de drogas deixou a sociedade estupefata, mas não era pra tanto. Não creio que as cenas fortes tenham poder de influência sobre os jovens, pelo contrário, servem mais de alerta do que de indução. Alguém disse em comentário que li no Factorama, que Cazuza não era exemplo de vida pra ninguém, mas não dá pra ignorar a contribuição que ele deu para a cultura musical do país. Era um grande poeta, um irreverente artista, que conquistou o coração de uma juventude de bom gosto, pelo menos aquela parte avessa ao lixo musical.
De Cazuza fica registrado na meória nacional, a força da sua poesia cortante...a burguesia fede/ e o tempo não pára quando a sua piscina está cheia de rato. O Brasil mostrou a sua cara com Cazuza, cujo modelo de vida pessoal não deve ser imitado por ninguém. Mas reconheçamos que Cazuza foi de uma dignidade comovente quando em estado terminal. Lembremos do Cazuza poeta, lembremos do Renato Russo contestador e visionário. A obra é o que realmente interessa, o modo de vida de ambos pode até ficar, mas como exemplos que não devem ser seguidos.
Não sou da geração Cazuza e Renato Russo , mas devo admitir que musicalmente os dois estão no nível de alguns ídolos que curti na juventude, caso de Sérgio Ricardo, João do Vale, Elomar, Chico, Caymi, César Costa Filho e Sidnei Miller (Pois é, pra que? ).Meus filhos mais velhos (27 e 25) andaram cantarolando músicas de Cazuza, Russo, Engenheiros do Avaí, Kleiton e Cledir e Luiz Caldas (por onde anda?), mas depois foram tragados pela onda do breganejo e pagode brega. Hoje, entopem meus ouvidos aqui em casa com porcarias tipo Bruno e Marroni, Leonardo, não sei o que lá e Menoti, Daniel (pobre Canção da América! ) , Exalta Samba, Negritude , Só pra Contrariar, etc e tal.
Pelo menos o filme serviu para alguma coisa: balançou a roseira do conservadorismo e colocou a verdadeira MBP no centro da discussão. Uma discussão que por enquanto se resume aos blogs, mas que pode (e deve) avançar .

Comentários

Anônimo disse…
Messias,

quem serve de exemplo? Se o Cazuza não serve, servirão os políticos? Bruno e Marrone? Xitãozinho e Xororó, Xuxa? Valha-me este conservadorismo.

Como vc disse: o filme, um mero filme balançou o conservadorismo desta elite bem sem vergonha do Brasil.

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