A Lei de Responsabilidade Fiscal é, teoricamente,
uma barreira à improbidade no setor público. Mas só teoricamente, porque se há
uma coisa que o brasileiro sabe fazer muito bem é driblar. O drible é uma arte
do futebol, celebrizada pela dupla Pelé e Garrincha, mas que na política tem
vários adeptos e hábeis dribladores. Uma das saídas para auferir vantagens é
pelas laterais do campo, com dribles chamados aditivos em contratos de execução
de obras licitadas. Outra, que pode ser chamada também de “pedala Rodinho” é a
colocação de venda nos olhos da fiscalização de prédios públicos, para evitar obras de boa
qualidade, o que impede reformas em curto espaço de tempo. Talvez fosse o caso
do Ministério Público ser melhor instrumentalizado ou, quem sabe, dos
observatórios dito sociais usarem lentes “olho de peixe” no seu trabalho de vigilância
e proteção do erário.
Sérgio Moro deu entrevista à CNN e mostrou-se despreparado e por fora de tudo quando foi instado sobre problemas sociais. Não consegue se aprofundar em nada, não vai além do senso comum, seja qual for o tema abordado. Ele só não é tão raso quanto seu ex-chefe Bolsonaro, mas consegue ser pior do que o cabo Daciolo. O papo do ex-juiz tem a profundidade de um pires. Essa é a terceira via que a Globo e certos setores da elite e da classe média metida a besta defendem?
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